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[Campo de Treinamento] Time 13

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Mensagem por Ilusionista Sáb Jun 05, 2021 8:07 pm

[Campo de Treinamento] Time 13 Latest?cb=20140827195433&path-prefix=pt-br

Observação: Nesse lugar ocorre os treinamentos, tanto individual quanto coletivamente, dos membros do Time 13 - Maquiavel, Asami, Rize e Kaneki.
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[Campo de Treinamento] Time 13 Empty Re: [Campo de Treinamento] Time 13

Mensagem por Ilusionista Sáb Jun 05, 2021 8:12 pm

Rize Treinamento Individual I


Rize POV
Repouso uma vez mais nessa floresta, longe das basteiras de meu clã: longe de suas regras infernais. Estava sentado na grama, aproveitando para admirar o sol em um silêncio quase inervante. Sou mais chegada em uma pegada de caos, apaixonada pela adrenalina quando ela soube minha cabeça e passeia pelo meu sangue. Dentro das famílias, como uma formiga perdida no sistema, um sorriso errado pode leva-ló para o descanso eterno.
- Realeza idiota. - Berrava para o mundo em meio de um bocejo sem compromisso. Aqui, só o canto dos pássaros vai me encher o saco.
Agora, em posse de meu arco e aljava, estava na hora de testar uma novidade que peguei emprestado com os cientistas - os auto declarados nerds - da vila.
- Acho que nunca viram uma garota na vida, bando de... - Dizia em tom de desdém enquanto introduzia, com maestria, a flecha entre as cordas. - Perdedores!
Em um ato fugaz a flecha rasga levemente meus dedos e a parte a toda até seu alvo. Ele, em questão, era metálico e resbuto. Parecia, aos meus olhos esquentados, um humanoide sem face feito de metal. Antes que eu pudesse clamar minha vitória entretanto, o objeto outrora estático se moveu no derradeiro segundo frustando meus planos e fazendo a raiva possuir meus lábios.
- Robô de treinamento idiota! - verbalizava de maneira bruta, já preparando com um - dos meus seis - pares de braço o próximo disparo. - 1... 2... 3... Round Two!
Minha respiração estava leve apesar de toda essa emoção, eu não me esconde em mascaras sociais. O segundo tiro, seguido a tradição, foi esquivado pelo robô através de suas pernas velozes - muito além do que a carne humana é capaz. Por mais que a falha fervesse o meu sangue sem piedade, o avanço da ciência era algo que me fascinava.
Continuei sacando em minha aljava, flecha após flecha tocava os meus dedos. Inicialmente, era leve e habitual mas, ao rítimo que meus disparos cortavam - de maneira rebelde - o vento. O sangue, pelos breves cortes, ao pouco pintava essa grama, essa natureza, de vermelho.
Mesmo com a dor, mesmo com os dedos cada vez mais ralados, continuava disparar os projeteis na máquina que se movia astutamente. Horas se passaram, a lua usurpou o trono do sol e eu, como filha digna da teimosia, ali continuava. Já era a flecha número trinta que errava o alvo, caia no meio das arvores: longe do meu alvo, dessa peça de sucada apática.
Ofegante estava minha respiração, a paz havia me abandonado e apenas a exaustão em meus ossos restava como minha companheira. As mãos tremiam, há horas suplicando uma pausa - perversamente - negada. Entretanto, diferente dessa perfeição feita de aço perante meus olhos negros, eu tinha um limite: eu tinha um coração cansado, batendo em desespero.
Em um ato, sem fazer cerimônia, larguei meu arco no chão e me esbarrei no toque irritante dessa grama. Estava deitada, a testa suada e meus olhos - finalmente - abraçavam a escuridão. O baque do arco caído ao meu lado, junto das diversas flechas tombadas e espalhadas no cansaço, foi a derradeira gota de realidade antes de cair no mundo dos sonhos em pregos árduos.
Fim do Treinamento
   
ATRIBUTO TREINADO:

DES: Através do uso - por um longo período - de arco e flecha.
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[Campo de Treinamento] Time 13 Empty Re: [Campo de Treinamento] Time 13

Mensagem por Shinju Dom Jun 06, 2021 1:54 am

!! Atualizado !!



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Mensagem por Ilusionista Sáb Jun 12, 2021 10:43 pm

Rize Treinamento Individual II

Rize POV
Um sorriso de milicia atravessou meus lábios sem pensar duas vezes, nada melhor do que uma floresta deserta e um saco de pancadas metálico para descontar minha raiva de todo dia. Para a sociedade, e para meu clã, nada além de uma cara indiferente é o desejo de meus amos malditos. Apenas nós, aqueles que tiveram o selo marcado em sua testa, sabem o preço do sacrifico: do gosto amargo a seco cortando as entranhas da minha garganta. Eles, os homens de nossa ramo nobre, choram por qualquer coisa. Vivem numa bolha, numa fantasia amena e esquecem do que realmente importa: o real, as suplicas de um povo faminto.
- Lata velha, é bom que os nerds tenham te feito melhor dessa vez... - preparado meu arco, passo a flecha com um esmero estranho para quem só me observa distante. - Vou ser uma boa menina, te deixo fazer o primeiro movimento.
Estava com um alvo na mira e, apesar do sorriso estampado em minha face ou palavras que bebem de um orgulho infante, meus dedos estavam tensos e brutos: puxando mais do que era necessário, desenhava em ato aquilo que meus lábios eram proibidos de dizer. A rebeldia inerte, a chama ocultada por meus olhos pálidos e mornos.
Meu pensamento morre subitamente quando, em um piscar de olhos, o robô de treinamento está cara á cara comigo - quase intimo, quase como se estivesse rindo em silêncio. Sua figura está mais humana deste nossa ultima sessão, ainda que o faltasse uma boca e sua face, na melhor das hipóteses, se resumia a um par de olhos opacos e ardentes. Antes que o tempo me deixe uma brecha uma piada sarcástica nascesse de meus lábios, um conjunto de socos bem dados voam em minha direção.
Saltei para trás, por pouco não largando meu arco no processo, em uma tentativa de me esquivar. Agora, com cada um de nos há metros de distância, meu olhar explode em surpresa e curiosidade. A maquina assumia uma invejável posição de um boxeador, como se estivesse aprendido esta arte da noite para o dia. Porém, atrás de meu fascínio, o suor descia de meus cabelos desarrumados.
- Eles te melhoram, uau, você realmente parece um lutador de verdade: me diz, colocaram isso no seu banco de dados ou você aprendeu por experiência?
Em meio a chuva de palavras lancei diversas flechas que almejavam acertar a cabeça dessa criatura de maneira veloz e eficiente. O vento, outrora calmo, era violentamente cortada por cada um de meus projetis. Entretanto, como tudo na minha vida, a palavra "fácil" não se encaixaria. Como um borrão, o oponente saia do caminho de cada investida como se estivesse dançando comigo e, no instante que seguiu a derradeira flecha, meu estomago sentiu o gosto de sua mão cerrada.
- Você tem um bom gacho de direita... Bem, para um escravo de bunda de aço né? - falava enquanto estava deitado ao chão e cuspia um pouco de sangue nessa grama irritantemente verde. Ele era forte e veloz, tenho que admitir: estou ansiosa para desmontá-ló com minhas próprias mãos.
O robô, cientificamente, não tinha expressões. Porém, no fundo de minha alma, podia sentir um certo sadismo vindo dele: como se estivesse gostando de toda essa violência. Eu tinha dificuldades para me levantar, meus ossos vacilavam em suplicas de dor silenciosas. Fazendo jus aos seus criadores humanos, a sua natureza, o robô tenta me acertar com um chute ainda que meu corpo se encontra-se no chão. De barriga para cima igual uma presa indefesa, um animal abatido na serva.
Rolo para fora de seu chute deixando feridas em meus joelhos e cotovelos como um presente. O golpe da maquina faz uma pequeno buraco no solo e a resultante de sua força me lança para longe. Por um instante apaguei e, por um segundo, a morte se aproximou de minha carne infante. O baque violento de minhas costas quanto uma árvore me fez voltar ao mundo real. Gemia de dor enquanto olhava para as nuvens, as testemunhas caladas dessa cena, tinha certeza que havia quebrado uma duas costelas nessa brincadeira.
Levantei-me com certa dificuldade, a dor já era a mestra de minha frágil - e humana - carne. Um par de costelas deslocadas me fazia ter, pela primeira vez, vontade de segurar os lábios. Eu não daria o sabor do meu grito para essa coisa. Meus dedos, mesmo banhados em sofrimento momentâneo, alçam até minha aljava com brilho da esperança em seu olhar. Porém, nessa altura do campeonato, eu devia saber o quanto ela é fútil.
A Aljava estava vazia, as flechas estavam todas no chão. O baque diante a árvore cuidou delas. Sem escolhas, ativo meu Byakugan e me preparo para o pior. O arco, mesmo sem sua seta, está apontado para essa criação metálica. Ele, sem medo, está parado diante de mim. Seus olhos de ébano artificial, por um instante, pareciam amanar algo além de um mera programação, parecia ter a centelha de uma emoção esquecida.
Antes que eu pudesse fazer minha jogada ele, como um borrão, desapareceu mais uma vez. Entretanto, a história não está fadada a repetição aqui: por agonia de meus ossos, quando ele novamente surgiu, esquivei de seu golpe por centimilímetros marotos. Continuamos com essa dança por mais de trinta minutos, com eu me afastando da árvore e indo para um espaço mais aberto enquanto - um a um - de seus chutes e socos falharam em alcançar seu destino.
A essa altura estava suando como um pouco e gemidos de dor escapavam - sem cerimônia - de meus lábios cansados. O robô, devo admitir, ganhou minha atenção. Essa maquina foi bem feita, algo que nunca poderei falar de mim. Ela não me dava brecha, ficava perto demais... Entre cada esquiva sucedida, nossos corpos se aproximavam. Se continuar assim, selarei meu próprio destino.
- Está na hora de acabar com isso, lata velha!- saltava subitamente e, do alto, lancei dois pares de flechas de  com papéis explosivos anexados em direção ao androide de treinamento. Puxar a corda, depois de tudo, arranhava até meus dedos mais calejados e, assim, minha queda foi acompanhada de meu próprio sangue.
As "flechas explosivas" foram disparadas em um breve intervalo, tentando prever o movimento de seu alvo. Porém, cansada, só tive tempo de vê - lo esquivar de todas as minhas tentativas. Pequenos buracos no chão, filhos desses tiros, é a única lembrança dessa batalha antes - no caminho da queda - eu apagar.
Fim do Treinamento


ATRIBUTO TREINADO:

- DES: Esquiva de golpes de um robô com velocidade sobre humana, disparos de arco e flecha em um alvo em movimento no meio da batalha/treino contra o Robô - embora, Rize mais apanhou do que qualquer coisa aqui
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Mensagem por Shinju Dom Jun 13, 2021 10:43 pm

!!Atualizado!!



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Mensagem por Ilusionista Dom Jun 20, 2021 3:36 pm

Treinamento Individual III: Rize

Rize POV
O sol estava aos poucos chegando em seu auge, no medo dia tão esperado. Se eu estivesse em casa, antes da Prisão de Sangue, eu estaria almoçando com meus pais e discutindo os próximos afazeres... O que, em sua grande maioria, se resumiria ao puxar o saco da nobreza e garantir que seu ego continuasse inflamado. Mas, me digam, do que serve uma realeza que não suja as mãos pelo seu povo? Todos eles viviam em sua bolha pessoal, preocupados demais com seu umbigo, para notar as necessidades de seus servos, os desejos daqueles que dariam sua vida por eles.
A grama toca meus dedos nus, fazendo um pouco de mimo em meus pés calejados. As cicatrizes em meu corpo não me deixavam em paz, mesmo sob o silêncio pleno da natureza, elas gritavam: não descansariam até que a raiva em meu coração engolisse tudo a sua volta, corresse por todos os caminhos - todas as trilhas - de minha carne.
A emoção era meu governante mais atroz, fazia eu puxar a corda de meu arco com força, quase como se estivesse sufocando algo ou alguém no processo. A flecha estava alinhada com esmero, dona de um  foco que invejo. Meu olhar, por sua vez, tentava seguir esse exemplo. Uma frieza, ainda que não totalmente franca, me abocanhava aos poucos. Um mero segundo passou e, tal como a flecha, o vento cortou.
O barulho logo cessou, alguns pássaros na proximidade alçaram voo - o temor era seu motor, eles sabiam que minha seta havia acertado seu alvo: um tronco ordinário, um entre muitos nessa floresta,  que teve a sorte de ser algo mais: a sorte de me ajudar com meu sonho, com o futuro que, de degrau a será meu.
Afego, ainda que de maneira breve, os dedos das mãos. Não havia nada de novo neles, são calejados como o resto de tudo que me pertence. Com um dos meus braços extras, musculosos e firmes, capturo uma flecha a mais de minha aljava. Tirando a ponta, sua estrutura era feita de madeira. Uma madeira que, como eu, era áspera e arredia.
A flecha estava pronta e a corda do arco, mais uma vez, era puxado com violência. Mesmo muda em meus lábios, aquele ato dizia tudo aquilo que minha boca não podia dizer. toda rebeldia, toda amargura, cozida em meu interior. Houve a calmaria, a mesma calmaria que nós visita antes da tempestade - nesse caso, era o projetil instantes antes de viajar até o seu alvo: instantes antes do tronco ser perfurado e, como eu, ficar para sempre marcado.
De maneira modesta me ajoelhei, clamei pela terceira flecha. A sua ponta, diferente das outras, não gozava da perfeição. De fato, arrisco dizer que estava um pouco enferrujada. Porém, meus olhos apenas se reviraram por um breve momento, esses pequenos detalhes de pouco me abalava. Apenas um único minuto eu precisava para preparar tudo, puxar a corda e posicionar essa seta pateada em seu canto.
A respiração, dessa vez, traiu-me de maneira vulgar. Mesmo com meu olhar estreito, visualizando aquele tronco cheio de furos, algo me faltava, ou melhor, algo me assombrava. Podia ouvir meu coração acelerar e ódio - que tanto tento espulgar - se acumulando sem, nem a sua própria liberdade, ter. Ofegante, confusa, a flecha que disparei era apenas meu reflexo distorcido no espelho e, como tal, fez seu caminho pela floresta se perdendo.
- Merda, eu só tenho seis flechas, Kaneki vai fazer mais uma edição (nem tão) inédita do "discurso de Rize, seja mais responsável" se eu voltar pra casa sem uma... De novo. Saco!
Anunciei com um tom pouco ameno, meio exausto, enquanto largava meu arco aos cuidados da natureza e corria em direção ao projétil perdido.
...
 
Alguns minutos se passaram e, em meio ao verde vasto, minha esperança de achar a flecha era, aos poucos, assassinada. Para piorar a situação, havia coelhos e insetos por todo lado. Todos almejando um pouco de minha atenção, todos buscando uma serva para chamar de sua. A natureza não era diferente de onde vim, apenas não mascarava suas intenções com palavras bonitas e uma tradição idiota.
Cheguei próximo a um lago onde, por pouco, minha flecha não era puxada. Entretanto, diante de mim, uma mistura de medo e curiosidade se fazia presente: em uma das árvores, após as águas puras que, por muito pouco, não me presentearam, vi um grande buraco em um dos troncos: grande e denso. Perguntei-me, mesmo em um silêncio fugaz, o que teria feito aquilo: deixado sua marca no mundo, uma marca de poder, que talvez eu nunca haveria de conseguir.
Por fim, retorno ao meu treino. Ainda falta muito para a noite.

Encerramento do Treinamento


ATRIBUTO TREINADO:

- Destreza, através do uso de arco e flecha
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[Campo de Treinamento] Time 13 Empty Re: [Campo de Treinamento] Time 13

Mensagem por Shinju Dom Jun 20, 2021 9:54 pm

!! Atualizado !!



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Mensagem por Ilusionista Dom Jun 27, 2021 1:07 pm

Asami Treinamento Individual I
Asami POV
Estava um pouco cansada, irritada pela demora da academia em me colocar um time. Quem sabe, meu histórico em minha terra natal esteja pisando na consciência deles. Não posso os culpar, a única coisa que ainda mantém uma inocência em meu sorriso na frente das câmeras. Havia chegado no meio da floresta nessa altura do campeonato, a mesma que já me conhece: a mesma que, em suas profundezas, possui minha marca e destruição próxima do rio.
Curiosamente, é onde decidir sentar hoje: em sua beirada, apenas assistindo as ondas indo e voltando em uma paz que somente a natureza tem o luxo de possuir. Em minhas mãos brancas como neve seguram um livro grosso, filho da biblioteca central daqui. Aluguei-o por sete dias mas, modéstia a parte, só os tolos demorariam tanto.
Um breve esboço de sorriso domina meus lábios finos enquanto eu tirava o marcador de página do lugar, colocando-o soube a guarda da grama ao lado. Estava em seu inicio, o livro se chamava Princípios do
Comportamento Humano - Volume II
. A medida que passava suas páginas, as lia com esmero, percebia-as um pouco ásperas e amareladas, como se o próprio tempo esqueceu-se na beira da estante.
- O Reforço Positivo ou, em outras palavras, elogios e incentivos gentis são mais eficazes que um Reforço Negativo - a punição plenamente dita. - Sussurrava para meus ouvidos pálidos, era um nota mental do que achei mais importante. - Estímulos repetitivos, padronizados, independente da forma de Reforço, é capaz de criar - estabelecer - uma linha de ação previsível e, em ultimo caso, sugestionável.  
Aquilo me interessava, atiçava as trevas que se escondiam nas entranhas profundas de meu coração. Recordava-me, ao passo de que minutos se transformaram em horas, minha infância ladina: quando, no escuro onde as câmeras não me possuíam, eu lia sobre uma arte de outrora. A arte de ser uma ninja. Céus, naquela época, meu maior receio era ser pega com a mão na massa por minha mãe... Ouvir seu sermão de que isso não colocava comida na mesa no fim do dia.
Eram tempos mais simples. Continuava lendo, explorando os mínimos caminhos desta obra.
- O comportamentalismo não se abdica da subjetividade humana, das suas emoções. Apenas é mais prático em sua raiz, busca entender o agora. Entender os padrões dos seres, manuseá-los para separar o bom e o ruim de cada existência. - Suspiro, as horas de leitura pesavam em meus olhos violeta. Não sou mais a mesma de seis anos atrás, meus sonhos foram em outra direção quando o conheci. - Contemplar o elo entre o objeto e o Homem é uma necessidade. O objeto que ele convive pode denunciar seus medos e desejos... Com o Reforço certo, esse elo pode ser modificado por terceiros.  
Sussurrava uma vez mais para mim mesma, memorizando os pontos chaves dessa narrativa. Passou horas, o sol que me recebeu já virou estrelas. Observo-as por um momento e, claro, também as invejo. Elas não precisam quebrar a cabeça com as nunciais de seu semelhante: domar seus lábios pois, no fim, uma palavra errada é o que separa o caos da guerra; sangue da paz.
Fecho o livro, cetenas de páginas lidas em um dia. Levantou-me e, sob a luz do luar, eu volto para minha casa. Volto para o teatro que todos nos chamamos, carinhosamente, de sociedade. Progresso.
Fim do Treinamento
 

ATRIBUTO TREINADO:

- RAC: Através da leitura de um livro sobre Comportamento Humano (Psicologia) aproveitando, assim, um dos conhecimentos básicos personagem.
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[Campo de Treinamento] Time 13 Empty Re: [Campo de Treinamento] Time 13

Mensagem por Ilusionista Dom Jun 27, 2021 1:14 pm

Rize Treinamento Individual IV
Rize POV
Havia muitos fios grudados em meu corpo, eles atravessavam facilmente o meu corpo. Eu me sentia como um ratinho ou, melhor, uma aranha de laboratório. O suor nascia enquanto eu corria perante a esteira. Sua velocidade era, em seu principio, mediana. Apesar de tudo, não passava de um ameno divertimento para as minhas pernas já calejados. O vento, forte como sempre, tornar-se um refresco bem vindo.
- Tá muito fácil, se eu quisesse brincar eu ia treinar com os bundas moles da Família Principal. - Dizia sem medo da morte, aqui eu estava com um dos poucos amigos que colecionei em minha dura vida. Sabe como é, nem todos nascem com bajuladores de nascença  - Passa pro nível dois virgem nerd... Bem, isso é uma redundância né? Foi mal. 
Um riso jocoso sai de meus lábios enquanto minhas pernas, quase como uma revolta rebelde pelas palavras que se tornavam minhas filhas mais novas, começam a sentir a esteira indo por um ritmo mais intenso e traiçoeiro. Aos poucos, como uma reação, meus pés começavam vacilar entre si. Praticamente encarei a queda um bom par de vezes antes de conseguir acompanhar os passos. Dessa vez, entretanto, meus ossos não iriam sair impunes: mesmo que por momentos breves, a dor estava se instalando entre suas brechas.
Duas horas se passaram e meu semblante, outrora confiante e irreverente, estava começando a suplicar por meio de respirações ofegantes. A boca, porém, continuava selada. Os olhos brancos não se abalavam, estavam correndo com tudo que tinham. Os ossos, as juntas, estavam pesando e, a cada novo segundo, suplicava por uma pausa que estava longe de acontecer. O suor, porquanto, percorria por toda minha carne e fazia, em um tom de malicia, minhas mãos e pernas conhecerem o significado de escorregadio. 
- Olha, não me entenda mal, sei que vocês nerds devem está babando para caramba pelo meu corpo mas, o que acham de uma pausadinha? - exclamava em meio a uma voz ofegante e, ainda sim, o destino me vetou essa chance. A esteira parecia se elevar e tornar-se mais estreita. - Que porra foi essa?!
A surpresa quase me fazia cair, rolar diante essa esteira na velocidade máxima. Eu continuava a correr e, mesmo sim, parecia algo inútil de se fazer. A esteira movimentava-se de maneira astuta, elevando-se cada vez mais. Depois de mais uma hora nessa dança, os ossos iam ao limite e seu ranger não era mais um segredo. Cabelos mergulhados e suados, braços que mais pareciam cozidos e muidos por um triturador perverso. A dor finalmente conseguia o que tanto queria; o que tanto todos desejam: uma voz há ser ouvida através de gemidos sufocados.
Porém, esforço possui a carne como seu pior inimigo. Ela é fraca, limitada. Houve um erro e meus pés vacilavam entre si. A queda, dessa vez, era a voz do inevitável. Cair e, em seguida, foi lançada para a árvore mais próxima. A cabeça doía, minha face estava frente a frente contra essa grama irritante. Os fios, antes ligados as minhas vestes, foram arrancados violentamente. Ela tocava minha pele branca sem meu aval, ostentando aquilo que mais almejo e, mesmo assim, o meu próprio nasceu negou-me.
- Entendi o recado... Qual o próximo passo? - Falava enquanto, aos poucos, me levantava em meio uma dor nas costas tremenda. - Certo... Tipo, isso não é meio arcaico não?   
...
Momentos depois lá estava eu com uma corda metálica e um pouco surpresa com a simplicidade. Entretanto, em meio a natureza, comecei a pular a corda. Inicialmente, me parecia uma outra brincadeira de criança. Meus lábios, por quando, aprenderam sua lição e saborearam o silêncio. Os primeiros trinta saltos, embora penosos para meus ossos já calejados e minhas costas rabugentas, foi feito de forma automática. 
Um pouco confiante - ou, como diriam alguns perdedores, arrogante - decidi desafiar meus próprios limites. Só os tolos se amarram dentro de ordens vazias. Decidi, portanto, ficar alternando - em pleno saltos - o par de mãos que comanda a corda. A cada salto, por mais mero que fosse, as mãos alternavam entre si.
O suor, uma vez mais, voltou a conhecer meus longos e escuros cabelos. As mãos, seguindo o exemplo, começavam a suar e, as poucos, vacilar. Os saltos, embora ainda existente em pares de dezenas, compartiam com o número de vezes que minha cara beijou esse chão.
Por fim, desistir da ideia. As pernas mal se aguentavam em meio a sua própria exaustão e uma sutil tremedeira. Meus dedos, agora submersos em sua própria água, voltavam a pular corda da maneira que deveria ser. Porém, era tarde demais para voltar a normalidade, ela nunca me adotou realmente. As juntas de meus braços choravam perante a labuta a cada novo salto que vinha ao mundo. Nessa altura, estavam anestesiados, pesados ao ponto de não aguentar os próprios músculos.
- Que tal terminamos por hoje? Essa coisa tradicional não faz meu tipo. - dizia ao encaixar meus pés ao solo novamente, anunciando, em silêncio, mais trinta pulos foram feitos. 
Mas, o destino - ou melhor, os nerds - me deram um presente não clamado: a corda metálica de repente começou a brilhar e, de maneira quase independente, se mover em uma velocidade que desafiava meus olhos azulados. Forçada, comecei a tentar pular - me esquivar de seu movimento frenético - entretanto, era em vão, mesmo que alcançasse as nuvens: a corda de metal sempre acabava por cortar minha carne de forma profunda.
A carne viva estava exposta assim com meu sangue que cai sob essa grama, a manchando fugazmente. Ainda sim, em gritos, continuei a pular essa corda. Na décima vez, porém, eu a larguei e tombei ao chão. Minhas pernas estavam mergulhadas em seu próprio sangue em um sofrimento que tornava banal as suplicas de meus ossos perante a labutá.
- Está cientifico o bastante para você, garota aranha? - Um jovem adulto me olhava por cima, sorrindo de maneira presunçosa. Apenas o responde, no meio da tormenta de minhas respirações ofegantes, mostrando o dedo do meio. - Essa é meu protótipo de corda de treinamento High-Tech a sua velocidade e intensidade pode ser regulada... 
Antes que ele terminasse, a escuridão banhou minha visão.
...

ATRIBUTO TREINADO:

CON: Através de um sistema de treinamento mais tecnológico que consiste:
1.  Esteira em velocidade mediana, máxima e, no desafio final, na velocidade máxima porém, em um angulo elevado.
2. Pular Corda: Primeiramente pular 30 vezes normalmente e por fim, testar a função High-Tech da Corda: ela colocada em velocidade sobre humana enquanto salta.
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Mensagem por Shinju Ter Jun 29, 2021 12:07 am

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[Campo de Treinamento] Time 13 Empty Re: [Campo de Treinamento] Time 13

Mensagem por Ilusionista Sáb Jul 03, 2021 11:53 pm

Treinamento Individual I: Maquiavel

Maquiavel POV
Fazia algum tempo que não treinava com meu pai ou, em alguns casos, com seus subordinados. Geralmente havia o rastro de sangue, o aroma da morte sempre me circulando nessas horas. Entretanto, desde que cheguei na vila, sinto que amoleci: minha lâmina não anda mais tão movimentada, tão suja, quanto era antigamente.
Invés disso, eu estava sentado; encostado em um tronco cheio de furos. Toquei-os antes, são curtos e finos... O poder de perfuração era alta, talvez algo de metal lhe foi lançado: lançado em alta velocidade. Provavelmente, uma dúzia de Kunais ou flechas.
Entretanto, meu pensamento não se concentrava mais nisso. Abalado pelos sons, os ecos, dos grilhos eu lia um livro. Era sobre estratégia e eu, de maneira faminta, rapidamente devorava suas páginas. Ainda que prazeroso, era algo que ia contra aquilo que me foi dito para fazer: aquilo que foi dito para ser meu treino. Treinamento, estudo, não era filho da Diversão mas sim, filha da disciplina.
Os últimos pensamentos viam como se a voz não fosse minha - vinha como se meu pai, mesmo separado por mares, sussurrasse em meu ouvido acanhado.
- Em uma guerra, o general deve evitar dividir suas tropas: abrir duas frentes de batalha embora, por vezes tentador, exige maior quantidade de recursos... - Dizia em voz alta e, como uma criança, me permitir acreditar, ainda que por segundos breves, que isso afastaria o bicho papão. - Não inicie uma batalha sem saber seu território pois, aquele que domina o terreno, em ultima instância, domina o tabuleiro...  
Respirava fundo e, por mais que estivesse atormentado, tentei explorar as profundezas desse livro. Lendo-as com esmero, passando uma página a cada par de minutos que se passava. A noite envelhecia e, enquanto horas se foram, a lua perdia seu brilho. Porém, mesmo tarde da noite, meus lábios não paravam de ecoar - timidamente - as palavras que saltava em seus olhos.
- O estrategista nato é aquele que vence sem gastar tropas, que usa o dialogo - a política - como forma de travar embates sem perder seus soldados... - Dizia antes de fechar o livro, estava em seu fim e a luz, a luz do sol, as poucos invadia meu lugar.

Fim do Treinamento Individual

Atributo Treinado:

Raciocínio - ao ler o livro sobre estratégia durante a noite.
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Mensagem por Ilusionista Sáb Jul 03, 2021 11:55 pm

Asami Treinamento Individual II
Asami POV

Estava um pouco cansada, a reclusa dos superiores há me colocar em um time acabava por me tirar um pouco do sério, ainda que isso não escapa das amarras de minha face sorridente. A floresta estava cheia de vida, coelhos e pássaros me rodeavam como de costume. Eles tinham algo que eu invejo desde que me entendo como um gente, um espirito livre das correntes do destino. No fim do dia, toda a minha vida parecia se resumir a essa breve - porém sonora - palavra.
É bom um pouco desta paz, quando fui pegar o livro de hoje para estudo - Analise da Psiquê Humana no Mundo Shinobi os lábios das pessoas não paravam de se embriagar em um único assunto: os desaparecimentos que, aos poucos, estão se tornando óbvios demais para se esconder por trás de uma propaganda barata. Podia sentir o medo das pessoas comuns, o receio do que o futuro podia está reservando para eles. Bem, por baixo de meu andar calmo, não era segredo para mim que o destino não tem fama de ser um cara bonzinho.
Afastando-me desses pensamentos, apenas sento-me e encosto minhas costas em uma árvore qualquer, a paciência era algo que estava me faltando hoje. O livro, que outrora repousa em minhas mãos cuidadas com esmero, era grosso e guardava para si uma aparência longe de ser agradável: o cheiro de mofo era agressivo, fazendo meus pequenos espirros uma sifônia frequente.
A capa, não querendo ficar muito para trás, parecia devorada para algum animal de tão rasgada e sem cor que estava: era quase impossível saber o nome da obra em uma primeira visita. Com um pouco de esperança, folheio as primeiras páginas com a delicadeza de uma princesa rebelde. Porém, o conto de fadas logo termina pois, a tinta destas folhas se perderam em meio aos séculos.
Ler isso seria algo penoso, mas, entre a teimosia estupida e a coragem, me recusava a ceder. Passei as primeiras horas tentando decifrar as poucas palavras legíveis, quase como se fosse um quebra cabeça de milhões de peças. Letra por letra, folha por folha, eu desenhava as frases perdidas em minha cabeça.
- Todo inimigo, fora e dentro da batalha, tem uma história. Saber seu passado permite manipular seu futuro.
Sussurrava para mim mesma em um suspiro de cansaço, aquele foi meu sucesso em meio a este enigma arcaico. Mais horas se passaram, o dia se tornou tarde em um piscar de olhos. Passando de dezenas para  centenas de páginas, tentando decifrar - com as poucas palavras que restam - o significado de cada frase.
- Apesar do que o Código Shinobi prega, todos os Ninjas tem sonhos e desejos. Por vezes, quando a violência não servir, oferecer uma escuta pode ser a solução de seus problemas. Escute-o, colete informações de seu inimigo e use a seu favor.
Eu concordava com isso mas, a dor de cabeça de tentar decifrar os fragmentos batia em meus ouvidos como se fossem diversos papéis explosivos acionados diante de meus portais. Eu apenas arrastava-me para a próxima página, torcendo para aquela ser a derradeira. Porém, sejamos sinceros, a sorte não gosta de sorrir para mim: o Sino preso em minha orelha era a prova viva disso.
A tormenta morava em minha cabeça e a leitura, antes veloz, parecia algo mais penoso que treinar combate físico. As palavras pareciam me sufocar, deixar-me tonta. Isso me faz ser uma estranha para mim mesma entretanto, ainda sim, continuava a ler movida por um teimosia que não cabia nem em meus próprios lábios. Perdida entre frases - letras - incompletas, mal percebi que o sol deu lugar as estrelas no céu.
- Um ninja comum acha que o mundo é dividido entre "preto e branco" confunda seu alvo, faça-o duvidar de suas crenças nesse sentido: Faça-o vê-lo como um amigo.  
Fechei o livro após decifrar a ultima frase, de maneira bruta e anormal. Colocando-o no colo, percebo seu peso em minhas pernas. Porém, no mar da fadiga, essa ondulação não faria diferença e acabei por cair em um sono profundo.
Fim do Treinamento
 

ATRIBUTO TREINADO:

- RAC: Através de duas maneiras: leitura de uma obra sobre Psicologia no Mundo Shinobi e, devido ao estado do livro, o ato de decifrar as palavras e frases que estavam desgastadas em sua tinta.
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Mensagem por Ilusionista Sáb Jul 03, 2021 11:57 pm

Rize Treinamento V

Faz um tempo que não venho ao campo, faz um tempo que não tenho um tempo só para mim. Sorte minha que passei no laboratório dos "cientistas/nerds" para pegar alguma coisa útil. O pessoal não parece se importar muito com isso ou, ao menos, disfarçam bem. Pessoalmente? Acho que eles morrem de medo de encarar, de levar um bom soco no meio da cara. Podia dizer que odeio isso, que não era meu estilo. Mas, sabe como é, não sou de mentir.
Primeiro, coloco uns pesos de treinamento em minhas pernas. Inicialmente, é algo bem banal. Bem chato para dizer o mínimo. Eles tinham um semblante de raiz rustica e, contra minhas expectativas, não saltam diante meu olhar albino impaciente. Ao eco de um suspiro, começo a correr em alta velocidade ao redor do campo - através das árvores que aqui moram.
As primeiras corridas foram uma repetição sem fim, nada perto do desafio que eu tanto ansiava. Andei em circulo algumas vezes, acredito que uma dúzia antes de cessar meus passos. Porém, não se engane, isso não era obra do cansaço. Não. Era de algo mais poderoso, era do tédio que respirava por além de minha carne.
Sério, isso é tudo que vocês tem "esquadrão nerd?" Vão ao inferno!
Exclamava, praguejava, sem se importar que alguém me daria um sermão de presente. Aqui, ao menos, eu era livre. Continuei a correr em círculos e logo, tratei de morder minha própria linguá. Meus ossos, cada pequeno osso, de minha perna envolvido pelos pesos - subitamente - pareceu ser esmagado. Pareceu está sob o abraço de um urso feroz.
Aquilo pressionava minha estrutura ao ponto de gritos invadirem meus lábios. O eco do brando pedia, implorava, para eu cessar com essa teimosia. Entretanto, eu não era boa em obedecer. Continuei a correr, ainda com mais força do que a ultima vez. O suor, por mais que eu não admitisse, era nítido. Morava em minha testa como poucas vezes eu vira.
Quase como se fosse em uma reação, em uma birra de criança, a minha vigésima corrida foi marcada por mais uma "brincadeira" desse dispositivo. O peso em minha canela aumentou, sufocando-a até que eu tivesse certeza que minha carne - minhas entranhas - estivessem gritando por dentro de dor. Revirando-se.
Um pouco de sangue corria para fora de meus lábios, um sinal que havia quebrado dentro de mim. Sabia que o bom senso dizia, sussurrava, para eu parar aqui. Entretanto, eu tinha outra ideia. Feito um outro destino para mim. Ainda que em gritos, ainda que meu caminho fosse regado em vermelho, escolhi ir para frente. Correr.
Os Quilos nesses pesos pareciam a crescer cada vez mais, como se eu estivesse levantado um par de grandes pedras sempre que um novo andar nascia. Eu já tinha levado muitas rochas na cara mas isso conseguia ser pior. Quase uma tortura auto imposta. A corrida número 30 foi minha derradeira, antes de cair sem sentir minhas pernas. Antes de sucumbir ao escuro.

Fim do Treinamento
         

ATRIBUTO TREINADO:

- CON: Treinando a resistência da personagem ao testar um novo dispositivo cientifico - um par de Pesos Tecnológicos que aumentam sua intensidade no corpo do usuário a medida que o mesmo caminho. Perante esse dispositivo, Rize fez 30 voltas.
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Mensagem por Shinju Dom Jul 04, 2021 1:31 pm

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Mensagem por Ilusionista Sáb Jul 10, 2021 10:08 pm

Rize Treinamento VI

Mais um dia, mais uma semana e mais um inicio da manhã com eu aqui neste campo de treinamento. Viver com Kaneki, ter ele como responsável legal... Acostumada em Tê-lo como pai. Era muito diferente do que que era antes, a vida de antes. Ele não é como Lenore, a mulher que me trouxe ao mundo ou aos nobres que eu era obrigada a servir. Ele não me tratava como uma máquina que vivia para esfregar o chão que a Casa Primária pisava ou para bajula-los a torto e direito. Não, ele não exigia nada de mim. Nadinha, me cedia todo o tempo do mundo para ser uma "adolescente como qualquer outra" em suas próprias palavras e adivinha? Isso é um saco.
Embrutecida lançava um suspiro agressivo ao ar enquanto andava em direção a uma árvore qualquer que tenha neste campo de treinamento maldito. Entenda, Kaneki não era ruim pra mim, bem longe disso mas, sabe; eu vivi tanto na droga desse mundo cruel, praticamente como uma escrava, que é difícil aceitar que alguma alma viva não me tratará como lixo. E, céus, como isso me tira do sério! Me faz ferver em raiva, mesmo sabendo que isso não era o que eu deveria sentir... Eu deveria sentir amor, caramba, amor! Mas, quebrada e idiota como sou, só veem raiva em meu coração. Passei tanto tempo assim, tanto tempo que isso é o único sentimento que me preenche e, aos poucos, também me consome em angustia.
Os dedos, rebeldes consigo mesmos, arranha o livro que eu estava segurando. Desgastando um pouco mais sua capa já velha. Senti-lo em meus dedos, senti-lo sendo apertado com toda a força de minha ira, me faz acordar desse ciclo de pensamentos. Meus olhos azulados recaiam até seu titulo consumido pelo tempo e poeira resgata em mim outras emoções. Emoções de saudade, nostalgia da época de que eu cheguei o mais próximo de conhecer o significado de amor materno - de ter uma mãe - através de Medusa. A esposa do homem que agora cuida de mim, complicado né? Tanto faz, vendo o titulo do livro em minhas mãos, os Princípios da Arte do Punho Gentil Volume I, lembro que esse foi o primeiro livro que ela usou para me treinar e, por um momento, isso era o suficiente para acalmar a tormenta que era meu coração... Por agora, pelo menos.
- O Punho Gentil ganhou esse nome pois seus ataques não deixam marcas na carne, na pele mas sim, nos órgãos. Não fere o corpo com o que os olhos normalmente podem ver, por isso é dito que eles trazem uma morte gentil aos holofotes e olhos vistos... Tudo com um punho gentil.  - Abri o livro, pesada e uma boa quatro centenas de páginas. Um bom tijolo e lembro que protestei como uma criança birrenta quando ela pediu para eu ler algumas partes desse  aqui, sabe como é, eu não era uma garota amante de livros - um verme de biblioteca - e ainda não sou mas, lê-lo de novo (revisa-lo) faz o conhecimento se refrescar (se fixar mais) em minha mente enquanto me trazia uma sensação estranha. Esquentava meu peito ler essas passagens que Medusa marcou, era como tê-la de novo ao meu lado por um instante a mais. Assim, com um sorrido munido de saudade e tímido, sentava abaixo de uma árvore para descansar e continuei minha leitura por dezenas de páginas a fio até que a próxima passagem sublimada por minha mentora veio a aparecer. E, como uma criança, fazia questão de ler essas pequenas passagens em voz alta. Era melhor para fixar o conhecimento e sabe, assim, posso mentir para mim mesma e fingir que ela ainda está aqui. Comigo. - Por atacar internamente, os órgãos do inimigo, esse estilo ignora a durabilidade de seu corpo. Se o usuário do Punho Gentil for rápido, cheio de destreza, poderá derrotar inimigos que são três vezes seu tamanho... Basta saber quando atacar e aonde acertar. Espere, escute antes de avançar.
Lendo essa passagem, e os comentários que minha mestra fez na ponta das páginas quando era uma estudante desta arte, me fazia sorrir. Isso me transportava para uma época melhor, onde éramos mestre e aprendiz... Éramos mãe e filha por algo mais forte que laços de sangue. Era como uma droga, a droga de uma felicidade que já se foi, e eu queria mais. Como uma viciada, uma verdadeira verme de biblioteca, lia página a página como uma atenção doentia. As passava delicadamente com meus dedos calejados e morenos de uma beleza única, até que eles começaram (assim como os olhos) se cansarem desse fardo. Nessa época, já era o inicio da tarde e tinha lido um terço dessa obra. Cansada, largava o livro por um momento sob a grama e suspirava olhando por um céu tão azul quanto meus próprios olhos. Dessa fadiga, no horizonte, surgiu uma águia pintada de branco com linhas pretas desenhadas com esmero. Era um dos desenhos de Kaneki e trazia, em suas garras, uma cesta com meu almoço. Não pedi mas ele se lembrou de mim. Ele sempre lembra, chega a ser até irritante... Um irritante legal.    
- O Punho Gentil é uma arte de combate corpo á corpo, um Taijutsu por excelência mas, diferente do Taijutsu comum, depende mais da destreza e concentração do usuário do que tão somente força bruta. Por tradição, funciona atacando e fechando os pontos de circulação de Chakra. Entretanto, em teoria, deve ser capaz de abri-los igualmente. Embora, ressalto, essa prática é pouco ortodoxa.   - Lia mais uma passagem marcada por Medusa, ela adora práticas "pouco ortodoxas" e vê-la sublinhar justamente isso no livro me trazia boas memórias. Continuava lendo, absorvendo atentamente mais conhecimento sobre essa arte a medida que as páginas meus dedos deitavam. Era quase um ritual e estranho vindo de mim, a "garota problema" do Clã Hyuuga... Mas, esse é livro de Medusa... É algo dela, que ela me ensinava e isso, isso... Tornava tudo completamente diferente. Estava determinada a terminar essa obra dessa vez. Toda ela. Só havia pausas para quando eu comia os sanduiches que Kaneki fez e trouxe para mim em sua cesta simples, junto de um suco. Me pergunto, era realmente assim ter um pai? Acho que eu própria não saberia responder. Para me desviar da pergunta, me concentrava na mais próxima passagem marcada que esse livro tinha para mim - quem sabe, que Medusa deixou para mim. - Por sua natureza, por fechar pontos de circulação de Chakra, o Punho Gentil é capaz de destruir qualquer substância feita de Chakra. Normalmente, para tal façanha, é preciso antes moldar o Chakra emanando da ponta de seus dedos é um formato de lâmina ou semelhante.
Passei mais horas a fio, até os sanduiches e o suco acabarem, lendo esse livro de cabo a rabo. Tarde da noite, com olhos azulados já suplicando por descanso chego na ultima página deste livro - deste tijolo de quase quatrocentas páginas - enquanto descansava minhas costas em baixo da mesma árvore que me acolheu no inicio da manhã. Nela, mesmo com a cabeça começando a doer de tanto ler e estudar, fiz questão de ler as ultimas linhas desta obra: era derradeira marcação feita por Medusa. O ultimo sinal dela nesse livro e, como uma criança novamente, me agarro a isso como se fosse a coisa mais importante do mundo: o ultimo rastro dela para mim.
- Algumas técnicas do Punho Gentil são apenas para a Casa Primária, isso é feito para manter a ordem de poder e organização no clã. Há fugas a essa regra, mas elas devem ser evitada em pró do "melhor para todos". - Essa derradeira sentença do livro me encheu de raiva, trouxe o meu atual de novo a luz mas, ler anotação no canto da página feita pela Medusa, uma anotação já meio desgastada e perdida no tempo, me fez abrir um sorriso como há muito tempo não fazia. Um sorriso de esperança, um sorriso da juventude estava em meus lábios.  - Não se eu poder evitar, o conhecimento... o conhecimento é a arma da revolução e eu o distribuirei a todos igualmente - Medusa.
Cansada, soltando alguns palavrões ao ar frio da noite, guardava esse livro e sorria - um sorriso de carinho que eu jamais mostraria em publico - enquanto olhava a cesta vazia - e o que ela significava - de lanches que foi trazida a mim e, com ela em mãos, começo a correr para a casa. Kaneki vai me matar se eu chegar tarde, tudo menos uma nova edição da hora do sermão de "seja mais responsável, Rize"  por favor!

Fim do Treinamento

ATRIBUTO TREINADO:

RAC: Através de uma leitura e estudo completo de uma obra sobre a Arte do Punho Gentil por um dia inteiro. Fiz uso do conhecimento que a personagem já teria sobre essa área (vide a ficha) para contextualizar esse treinamento.

Observações:
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[Campo de Treinamento] Time 13 Empty Re: [Campo de Treinamento] Time 13

Mensagem por Ilusionista Sáb Jul 10, 2021 10:19 pm

Asami Treinamento Individual III


Asami POV
Estava um pouco parada esses dias mas admito que a melodia dos pássaros é algo simples e, ainda sim, me rouba um breve sorriso. Meus pés estão nus, sentindo o leve toque áspero da grama em meus dedos albinos. Apesar da calmaria, das nuvens belas nesse céu infinito, meu olhar violeta estava afrita. Contemplava, praticamente como uma boneca de porcelana, o tronco da árvore que deixei uma catera violenta - uma marca da loucura que me persegue e, aos poucos, me consome em meio a sorrisos falsos.
Odeio isso porém, não posso deixar de ouvir o eco desses pensamentos em minha mente. Ao acompanhar de um suspiro infante, ando em direção ao pequeno lago que me observa. O rio estava calmo, suas ondas eram uma beleza que poucos tem paciência para visualizar. Essa sociedade, mesmo na paz, suas almas continuam inquietas. Algo os falta, algo além de seus prazeres fugazes. A natureza, em sua complexidade simples, ensina aqueles humildes o suficiente para se ajoelhar.
- Vamos lá, garota. Vai ser uma vergonha se você entrar no time sem dominar isso... - exclamava, em um tom de aparência serena, para meus ouvidos alegres enquanto me faltava um único passo para mergulhar nas águas. - Não posso fazer feio para os coelhos que moram aqui.
Havia uma leveza em mim, nas palavras que concebi a esse mundo. Porém, não era leve o suficiente. Quando entrei nas ondas, a queda e o frio me aguardava. Afundei de maneira veloz, me encontrei no fundo do rio e, num instante distante, sentir o ar escapando de meus pulmões. Aquilo fazia meu sangue ferver, a adrenalina no meu cérebro disparava e meus braços, tolos e acostumados ao luxo, se moviam em vão.
O oxigênio que eu tinha era escasso, nem o ar me desejava como amiga. Isso até seria engraçado, se a situação não fosse tão trágica. Os meus dedos tremiam, a vida queria se esvazia deles e, com ela, a semente dos sonhos que nunca foram plantados. A visão, em passos largos, se rendia ao abraço da escuridão. Eu tinha pouco tempo, segundos me separam da ponte que liga os vivos e os mortos.
Concentrei-me mas, era difícil pensar: uma labuta ingrata era o pensar. Entretanto, foquei-me. Não no agora, não na garganta ardendo mas sim, na energia que percorre meu corpo. Apesar da insanidade que segue meus passos, ela ainda girava em harmonia. Era o Yin e Yang, assim como as ondas que tocam minha carne desesperada, elas não paravam por nada e tudo atravessavam.
É assim que eu quero ser porém, não era o que eu devia ser. Fecho os olhos e, em um instante, me rendo a escuridão. Imagino, visualizo, o Chakra percorrendo por minhas veias ansiosas, devorando todo a carne que ele via em sua frente. Inicialmente, ele estava como um animal selvagem: uma besta rebelde que só conhece o chicote e a jaula fria e metálica.
Porém, aos poucos, imaginava essa energia como as ondas que me cercam: rodando entre si de maneira serena. Há uma certa resistência, o ar me faltava e manter meus lábios selados logo não seria uma opção. Depois do movimento circular, do Yin e Yang, tento o ver como se existisse no peito de meu estomago: como se fossem palavras que precisam conhecer a luz do dia.
A realidade me chamava, a morte batia na minha porta. Os dedos, a essa altura enrugados e anestesiados, lutavam contra a correnteza para pegar o caxibo anexado as minhas vestes molhadas. A mão estava tremula e vacilante, quase perde para as profundezas o item, que podia me dar mais um dia nessa terra, um par de vezes.
Literalmente eu dava meu ultimo suspiro ao bater meus lábios estáticos contra o metal dourado desse soprador e, por um breve instante, quase perdi minha existência. Estava me sentindo sufocada, caindo em disparada neste lago profundo. Entretanto, bato minha própria porta na cara do destino, uma bolha se faz em torno de mim e me levava para cima.
Perante as nuvens eu me encontrava, uma bolha me salvou das garras do meu velho amigo destino. Eram belas mas, não as olhei. Estava ocupada demais tentando roubar todo ar do mundo para mim em meio a respirações ofegantes. Estava de joelhos, doida e com frio. Fui tola, nem percebi quando a bolha estorou e do alto, mais uma vez cair.
...

Acordei na grama, as costas doíam e eu estava quase certa que havia quebrado uma costela ou duas. Os gritos de dor mal me deixavam falar. Os ossos, suplicando por um chocolate quente, tremiam sem parar. Os animais em minha volta se encontravam, pareciam entender o que eu sentia ou, melhor, o que dentro de minha existia.
Apenas sorri de canto de boca e me levantei em meio a ruídos dolorosos das minhas juntas. O Chakra estava aos meus pés e, ainda que cada passo berrava em seu silêncio, tentei a andar novamente na água: imaginando, no processo, minha energia como um Yin e Yang dentro da boca rodando, sendo como as ondas que quase me ceifaram desse mundo. Tentei por uma dezena de vezes, pelos minutos que minha carne doida aguentou, mas, o fim era o mesmo; a queda, os cabelos e vestes  molhadas.
...

Ao inicio da tarde abracei a escuridão e dormi como um bebê que tomou um banho de chuva enquanto se divertia rebeldemente.
Fim do Treinamento

ATRIBUTO TREINADO:

M.CH: Principalmente através do uso do Ninjutsu de Bolha de Sabão enquanto se afogava, tendo que se concentrar no desespero e imaginar sua energia - inicialmente selvagem, em desordem - de maneira mais equilibrada e serena: como ondas.
De maneira secundário, Asami tentou aplicar esse pensamento ao tentar andar perante a água, em vão.
- Asami usou a técnica Liberação de Água: Técnica de Bolhas — Flutuar para se salvar.
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Mensagem por Ilusionista Sáb Jul 10, 2021 10:22 pm

Maquiavel Treinamento Individual II


Maquiavel POV


Mais uma noite nessa terra estranha, é quase contra minha natureza esses "treinos" mais recentes. Essa paz sem sentido é o inverso do que meu clã defendia. Diferente de onde vim, a nevoa ofuscava o brilho das estrelas efêmeras mas, em meio a essas arvores, esta não é mais minha realidade. Ou, ao menos, era nisso que meus lábios selados queriam acreditar de maneira momentânea. Não posso os culpar, os castigar como meu pai fazia com minha carne, afinal, na entranha mais obscura, talvez seja essa a verdade. Talvez, eu tenha mudado de fato.
Encosto em um tronco e, sob o luar, afasto esses pensamentos proibidos enquanto abro mais um livro de táticas. Comecei a ler as primeiras páginas de uma forma atenta, de uma forma que nenhum detalhe ousaria escapar de meu olhar. Era como meu pai, para o bem ou para o mal, ensinou-me. Fazia isso como uma máquina, devorava uma folha por minuto.
- Medo e imaginação são aliados valiosos em uma guerra, faça seus amigos o verem como mais do que realmente é e, por sua vez, faça seus inimigos o verem como mais do que um simples Homem. - Sussurrava para meus ouvidos solitários, como se estivesse marcando com a mente aquilo que era o destino da caneta. - - ...Entretanto, quanto os outros podem se dar o luxo de sucumbir as emoções, um bom estrategista sabe quando as colocar em caixa. O sentimento, em seu estado mais puro, causa desordem e, para um Homem por trás do tabuleiro, isso pode ser a ruína. Saiba ler seu oponente, fazê-lo cair, antes que ele o faça consigo.
Passava página por página, sentia os minutos viraram horas quase sem fim. Dezenas de palavras, aos poucos, se tornaram milhares. E, como um bom soldado, continuei as dissecando: continuei lendo até que o ultimo segredo dessas linhas morressem por asfixia. Entretanto, o passado me assombrava, a calmaria não fazia meu sangue ferver. Essa paz que tanto declaram, essa falsa paz, me incomoda: vai contra meus instintos mais básicos.
- A mente bem trabalhada não se move do lugar. É assim é uma estratégia, em um campo de batalha, tudo deve ser equilibrado. A força, o poder independente de sua magnitude, é uma futilidade sem o conhecimento como guia e vice versa. - Dizia, como um louco pálido, eu sussurrava. Marcava, em minha memória, aquilo que me saltava aos olhos. - A política é a maior arma em uma guerra, ela pode afundar o mais vasto exercito. Não vença seu oponente no campo mas sim, em sua casa. Faça seu povo ver o preço de uma batalha e logo, ele clamará por um fim.
Isso fazia um sorriso, um esboço de um breve sorriso, tomar conta de meus lábios secos. Essa derradeira a citação, aquela que protagoniza as linhas derradeiras dessa obra, lembram - de forma - agridoce meu pai: todo o peso que meu sangue carrega. Tendo terminado o livro, retiro-me do lugar. A biblioteca já deve está sentido minha falta.
Fim do Treinamento
 

ATRIBUTO TREINADO:

RAC: Através da leitura completa de um livro sobre táticas e estratégia. Aproveitando, de certo modo, o conhecimento básico que o personagem já possui nesta área.
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[Campo de Treinamento] Time 13 Empty Re: [Campo de Treinamento] Time 13

Mensagem por Shinju Ter Jul 13, 2021 8:05 am

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Mensagem por Ilusionista Sáb Jul 17, 2021 9:22 pm

Maquiavel Treinamento Individual III
Maquiavel POV
Eu estava demorando para fazer os relatórios aos meu pai, a minha real missão aqui está sendo mais lenta do que esperava. As pessoas aqui são fracas, estão amaciadas por uma paz falsa e fugaz. Entretanto, por mais que meus lábios nunca deem vida a estas palavras, uma verdade inesperado acabava por sacudir minha determinação fabricada: em troca de sua disciplina, a felicidade parece assinar suas faces de maneira breve, porém, sincera enquanto eu andava pela vila.
Afasto meus pensamentos rebeldes enquanto chegava em meio habitual campo de treino. O sol batia em meus rosto ainda que estivesse  jovem, recém nascido daquele dia. Minha mão pálida e seca abraçava a alça de um leve mochila escura. Seu tom, porquanto escuro quanto meus próprios olhos de ébano, se distinguiam de minhas vestas habituais brancas: representava, de forma simbólica, a pureza e sangue de uma suposta realeza que assombra minha casa.
Noto que novos buracos, exatamente quatro, surgiram no solo. Pareciam recentes mas, em todo caso, não era o momento devido para isso.
- Pai, espero que isso honre seu nome. - Sussurro para meus ouvidos solitários ao mesmo tempo que repouso minhas poses na sombra de um tronco.
Com os braços cruzados para trás, contra o vento e a física, me impulsionava para frente em uma corrida exaustiva. Entrei nas profundezas da floresta, querendo atravessar quilômetros até a montanha mais próxima: ela estava em meus planos que acabaram de sair do forno. Porém, como até a criança mais ingenua possa conceber, isso não seria uma tarefa para os que temem a labuta. Os minutos voavam como meu esguia semblante nessa corrida, o suor tomava conta de meus cabelos negros encharcados em seu próprio suor.
A esquiva de galhos e animais era um trabalho pouco grato, saltando rapidamente entre eles para não perder o rítimo era, no ponto de vista tático, um desperdiço de Stamina. Aos poucos, como uma máquina de carne e osso, minhas pernas começam se aprofundar em seu próprio desgaste. Confesso, em um silêncio que divide-se entre singelo e macabro, que seria mais simples pisar - esmagar - os esquilos e outros animais que teimam em ficar em meu caminho era uma opção que fazia meus lábios desenharem uma emoção: o sangue, de acordo com aquele que meu criou, não devia ser hostilizado. Sua queda, tal como o ato de respirar, é a parte da natureza que mora em todos nos.
Ainda sim, vou contra meus instintos. Não sei bem o motivo disso, sou um estranho a mim mesmo. Patético sou mas isso não me faz cessar. Esquivar dos obstáculos dessa tilha - não importam se tem ou não um coração - era como uma dança que flerta constantemente com a fadigá em meus ossos e, em especial, com as suplicas de coxa mergulhada no principio das dores.
A corrida continuava, os braços sempre cruzados. Apesar da minha destreza impar com meus olhos ardentes, uma certa ruiva de olhar opaco sabe que isso não é um dom compartilhado por meus pés. Mesmo calçados, estavam muidos com o esforço que essas dezenas de minutos traziam para seus pequenos - e pálidos - dedos que, a cada segundo, ganhavam mais um peso de presente.
Porém, lamento dizer, a dor não tem seu fim aqui: não está próxima de seu precipício mas sim, principio.
...
Boas horas se passaram, o sol já estava no alto: banhando meus cabelos, evaporando o suor dos seus fios aos poucos. Parei por um momento, não por desejo. Estava cansado e, sem escolha, caio de joelhos na grama verde. Minhas vestes, antes limpas com esmero, se encontravam maculadas como nunca deveria estar.
Cedi as suplicas de minha carne, a dor que - nessa altura - era o verdadeiro imperador de minhas pernas. Sento e, de maneira fugaz, tiro meu calçado e o deixo jogado para trás. Liberto e permito meus pés respirarem por um segundo breve, menos de um minuto se passava e apenas um detalhe da cena captura minha atenção: as cicatrizes que moram em meus pés, torna feio aquilo que deveria ser belo. Cada marca, mesmo muda e escassa, guarda um fantasma que tem uma história para contar.
...
Poucos momentos depois me coloco a pé mais uma vez porém, agora não estou mais a mercê da segurança da terra. Subi, de maneira fugaz, a maior árvore que banhou meus olhos negros. Num galho frágil me encontro, ele quase vacila com meus próprio peso. Assustadoramente similar com um papel contra o vento, lutando contra a inevitável queda que me espera.
De galho em galho meus dedos nus vão de árvore em árvore. Sempre reto, indo contra as normas do mundo. Meus braços, seguindo o costume arcaico, andavam cruzados atrás de minhas costas quentes. A pausa, o descansar, era um sonho que jamais se tornará a realidade.
Cada novo galho, cada novo salto sem descanso, significava mais um corte áspero em meus pés nus: mais uma cicatriz para a lista a cada ato que se fazia nesse mundo. Pois mais que meus lábios se mantivessem selados, vivos na mudez que foram criados para ser, a dor ainda estava lá: lá no canto junto das dezenas de cortes, dos gritos algozes que eu ignorava.
Os galhos estavam marcados de vermelho e, ainda sim, diante da grandeza dessa paisagem, meu sangue era o mesmo que nada. Horas se passaram e o cessar era uma palavra que não existia em meu dicionário. Meu pai estaria feliz, apesar de tudo: estava agindo com uma máquina perfeita, um robô sem lábios ou nervos. O sol, agora o do meio dia, fazia eu pagar o peso pela teimosia. Estava quente, o suor me sufocava sem dó.
A cada salto que fazia uma fração de meu chakra e stamina se despedia de mim. Com um bom par de horas, minha respiração já estava ofegante e meu corpo flertando com a exaustão quando, no linear do principio de mais uma tarde a montanha, outrora distante, sorria para mim há alguns metros de distância.
...
O sangue dos cortes em meus pés maculava sem pensar duas vezes a natureza que me cercava: deixava um rastro que não me permitia mentir sobre o passado que acabou de sair do forno. Observo, em meio ao ranger dolorosamente alto de meus ossos, a montanha que se fazia a minha frente: era vasta, montadas por pedra mais velhas do que essa minha podre carne poderia conceber.
Em seguida, a tona de suspiros que escaparam da prisão fria que provou ser meus lábios, voltava minha atenção para minhas mãos magoadas. Elas não estavam, tal como o resto de meu corpo, tendo um dia muito agradável. Mover meus dedos, mesmo que minimante, era uma labuta digna dos deuses. O ato, por mais mero que seja, fazia-me contorcer em silêncio.
Entretanto, isso não impedia a realidade de seguir em frente. Colocando minhas mãos e pés de uma maneira apropriada, comecei a escalar a montanha. As primeiras três horas, apesar de penosos, haviam sido bem sucedidos. A ventania, com o intuito de manter o costume, estava forte e desafiando meu equilíbrio uma meia duzia de vezes.
O sangue fervia e a adrenalina, essa droga bem vinda, afastava a fadiga por tempo o suficiente para eu conseguir subir um pouco. Porém, antes que pudesse cantar vitória, minhas mãos suadas pagaram o pato e, por um instante efêmero, escorregaram diante o domínio de uma, entre tantas, que desenhavam minha trilha até o topo.
Um segundo se passou e lá estava eu, em uma queda direta para me esparramar no solo. Metros e mais metros era o que constituiria a fina linha que me distingue dos vivos e dos mortos. Toda a minha carne, por mais que espirasse vontade de viver, estava submersa demais em sua própria estafa para fazerem algo. Os membros, anestesiados em sua dor, mal conseguiam se debater em vão.
Fechei os olhos, a força se esvaia até mesmo para os manter abertos. Abraçando a escuridão, poucas coisas conseguiam continuar acessas em minha mente: em especial, na contra maré que desenhou as dezenas de cicatrizes que tomam conta de minha carne, duas fotografias me consolam de maneira tola e, ainda sim, bem quista: a primeira o sorriso de minha mãe em uma noite chuvosa de Kiri e a outra, datada de seis anos atrás, mostra olhos opacos e cabelos ruivos sorrindo para mim apesar de todo o sangue que nos rodeia: uma mentira, um placebo de ignorância diante uma realidade fria.
...
A queda estava cada vez mais próxima e o desmaio estava cada vez mais convidativo. As dores, aos poucos, ficavam no passado. O coração, outrora acelerado, estava acomodado. Ele havia aceitado o destino, o cair nos braços da morte e eu, sinceramente, não posso culpa-lo.
Porém, o Homem age sobre a natureza e, quase como se estivesse funcionando como uma máquina bem ajustada e programada, meus dedos se aventuram em meus bolsos e arrancam - meio sem jeito - um pedaço da minha roupa e a lançam amarrada com uma Kunai em sua ponta como se fosse uma corda improvisada. Acertando, com exito, uma pedra maior que existia no alto dessa montanha.
Começo a escalar a montanha através dessa corda improvisada. Aos poucos, as mãos já calejadas, abrem fendas e feridas ao entrarem em contato com o material áspero, cortante e que - ironicamente - acabou de salvar minha vida. Um pé após o outro, fazia "rapel" sob a plataforma rochosa. O vermelho rapidamente se confundia com tecido áspero e era acompanhado de meus gritos de dor.
Horas depois, já próximo do alto, minha cabeça brincava comigo mesmo em meio a um enxaqueca e sede infernal. Os pés estavam suados e a todo momento ameaçavam escorregar. Nessa altura, os seus pequenos cortes já deveriam começar a infecionar. A visão, antes minha aliada, estava vacilando e a vertigem, por breves momentos, estava se instalando.
A cada novo passo parecia que eu ia cair, ia simplesmente largar a corda e deixar o vento me carregar. Porém, eu havia conseguido chegar ao fim da linha que, no resumo da opera, perdeu seu brilho em meio a tanto sangue que dela respingava. Alcancei, em ultimo salto, o alto dessa montanha.
- Para lembrar os velhos treinos de casa, certo pai? - dizia em um tom baixo enquanto tentava me manter em pé, minhas pernas estavam tremendo como se estivessem no Pais do Ferro. Minha garganta ardia e, logo em seguida, via o que foi meu café da manhã diante de mim.
- Então, é isso que você anda fazendo aqui? Preciso relatar isso ao Senhor Jaavas... - exclamava uma voz em tom de curiosidade. Mal o ouvi chegar e, antes que pudesse capturar seu rosto, o sono me arrancou desse mundo.
Fim do Treinamento
   

ATRIBUTO TREINADO:

CON: Por meio de um sistema de treinamento que consistiu em partes:
1. Corrida pela Floresta que cerca o Campo de Treinamento a pé por horas.
2. Continuação da Corrida, dessa vez saltando de árvore em árvore, sempre em linha reta.
3. Escalar uma montanha, inicialmente com as mãos e pés e, em uma segunda parte, escalando através do uso de uma corda improvisada (com partes cortadas das longas vestes de clérigo de Maquiavel) e com uma Kunai amarrada na ponta para fincar na pedra no melhor estilo Rapel.
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Mensagem por Ilusionista Sáb Jul 17, 2021 9:30 pm

Treinamento Individual IV: Asami
Asami POV

Meus dedos, ainda que não pudessem dizer que são imaculados a crueza de nosso mundo, sabem aproveitar um momento de paz. Eles estavam tocando a água do lago, azul e pura como apenas em um conto de fadas seria. As ondas massageavam a palma de minha mão, desbravaram seus caminhos e cicatrizes: coisas que uma câmera não pode ver, coisas que ninguém está interessado em saber.
Suspirava, um pouco receosa do que o futuro me guardava. Não sabia se vier aqui sozinha era o certo a se fazer. Meu passado não me condena entretanto, também não é nem um pouco gentil comigo. Tenho marcas gravadas na minha carne para me lembrar disso. Agora, um pouco distante do lago, meus pés estavam nus: sentindo as formigas, as pequenas vidas, subindo em sua alçada.
Sua existência, diferente da minha, era breve: era simples. Sem sorriso falsos, sem mentiras descaradas. Apenas a natureza, crua e verdadeira como ela é. Eu as invejo, eu trocaria de lugar com elas se pudesse. Observo-a visitando meus dedos dos pés, caminhando em minha unha feita com esmero - e com os melhores produtos que uma pessoa pode comprar. De meu passado, a vaidade em um de seus fantasmas: o meu pecado.
- É melhor sair de mim, amiga… Ser afogada é uma sensação horrível, acredite em mim.
Balancei meus pés, fiz ela ir embora. Seguir com seu dia tal como eu faria. Estava um pouco insegura, não sabia se vir aqui sozinha era uma decisão sabia a tomar. Meu passado não me condena, entretanto, ele não foi o homem mais gentil comigo, sutil. Tinha marcas em minha carne que não permitiam mentiras sobre isso: a minha boca, por vezes, só cabia o silêncio.
O canto de um pássaro, ainda que distante, era uma das poucos coisas que me garantiam que estou viva. Por vezes, enquanto encaro esse lago, posso ver coelhos passando: eles eram pequenos e me olhavam com curiosidade. Pareciam puros, de uma inocência que não mais me pertencia: de uma inocência que me foi tirada antes mesmo que eu tomasse conta de sua existência.
Eles, esses seres que tanto me contemplam, são rotulados de irracionais por alguns. Porém, é aqui que sou presenteada com a ironia: Talvez, em muito tempo, seus olhos pronunciados e escuros são os únicos que não me atingem com cobiça: com os vícios do Homem. Seja por poder, seja por fama, todos vivem um teatro de sorrisos falsos e amizades fugazes. Em minha infância, que no agora parece tão distante, essa era a realidade que me chegava.
- Isso era tua história, antes… Antes. Não precisa ser essa história mais.
Sabia que estava sozinha, sozinha de gente como eu. Porém, por teimosia, ainda sussurrava algumas palavras - algumas lorotas - para mim mesmo. A Verdade era que, enquanto eu apreciava essa minha singela fuga da realidade, eu era muito boa nos jogos da alta sociedade. Sempre sob os olhos mortos das câmeras, do efêmero brilho de seus Flashs, era uma princesa de longos fios ruivos presa no pico de uma torre encardida.
Mas, conhecem o ditado, é melhor ser rainha no inferno que um mera estátua, uma serva, no Paraíso.
Dando adeus aos meus devaneios, faço um selo de mão. Era delicado, quase como uma arte, era assim que eu descreveria esse ato. Um segundo se passou e a grama, a mesma onde meus pés repousavam, parecia ter se assustado. Minha energia, meu Chakra, ao resto do mundo se apresentava: ele não era tímido, muito pelo contrário, ele parecia ansiar pela possibilidade de ser visto, pelos instantes que podia ser admirado.
Sentia-o correr por minhas veias, pulsar como se fosse meu segundo coração. Um coração muito mais livre e rebelde do que um dia eu me permitiria. Quem sabe, era por isso que me é tão difícil controlá-lo, domá-lo. Imune ao meu charme, surdo para minhas mentiras doces e comandos, pouco posso fazer além de o assistir se rebater pelo meu corpo, se recusar a ficar em um só lugar. Talvez, de maneira irônica, ele fosse o reflexo do que eu, a sacerdotisa, deveria ser ou, melhor, queria ser.
Demorou minutos, quase uma hora, antes que eu fizesse minha energia se acalmar. Fechava os olhos, mergulhava nos sons - nos hinos - da natureza e respirava de maneira calma. Meu coração, o meu de carne e sangue, quase podia ser ouvido por minhas orelhas caladas. Não sabia bem qual podia ser sua mensagem e, para ser franco, aquilo pouco me importava.
De repente, meus pés nus e sob uma grama agitada, se aquecia. Era a concentração de energia se formando, seu tom ameno poderia ser visto por qualquer curioso. O sol, nessa altura do campeonato, já havia se movido: se preparado para a tarde que logo tomaria seu lugar de direito. Um suspiro escapou de meus lábios, um que dizia aquilo que as palavras não tinha coragem de escrever com meus lábios.
O suor, antes acanhado, estava inibido: escorrendo por minha testa, fazendo sua própria chuva particular. Minhas pernas doíam, imploravam por um descanso que nem tão cedo veria. Posso sentir meus ossos se mexendo, dizendo para eu não continuar: para eu obedecer o saco de carne onde vivia minha alma. Entretanto, com um sorriso discreto e de canto, eu continuava andando até o suor de minha testa se unir com a pureza do lago a minha frente.
Por um instante, um fugaz e leve instante, meu pés tocavam a água. Eu estava, mesmo que por pouco tempo, desafiando as leis da física - do universo. Estava pisando, sentindo as ondas baterem em meus dedos descobertos. O vento era frio, bagunça meus cabelos e, de maneira travessa, brincava com meu equilíbrio tenûe. Apesar de tudo, o risco e a adrenalina me arrancavam um riso: um que não dava as caras desde que conheci aquele de Olhos Avermelhados.
A audácia me fez tentar dar um passo, me tirar da inércia, mas, a gravidade teve seu melhor de mim: a queda, o inevitável e molhado, aconteceu.  
...
Toda a minha roupa havia tomado banho, estava encostada em uma das muitas árvores do local, deixando a natureza cuidar de secar meu cabelo: era como chamas, brasas ao vento, se alimentando do oxigênio. Coelhos, fofos, iam e viam na paisagem, curiosos com a intrusa que vinha nos visitar. Eu apenas sorria para eles, cansada demais para trocar algumas - mesmo que breves - palavras ao vento.
Entretanto, algo começou a acelerar meu coração, algo que fazia o meu Sino acordar de seu descanso. Diante de mim havia um homem de armadura: uma armadura que, por sinal, havia sido maltratada pelo tempo. Estava enferrujada, comida pelos vermes que se mostravam ao sol sem nenhum pudor.
- Não, Não aqui… você não pode ter me seguido até aqui!
Minha garganta inflama com meu grito e o eco de terror assustava os animais - que antes - eram meus amigos. Somente cabia a mim assistir, ver o rosto daquele que comandava a arcaica armadura: era apenas um esqueleto, sem vida, o crânio de alguém que deixou de pisar nessa terra há muito tempo. Não saia som de seus lábios, apenas vermes entravam e saiam de sua boca caída.
Por instinto, atirei uma rajada de energia nele que, como um fantasma, nada sentiu. O tiro apenas cortou o vento até uma árvore do outro lado receber, de minhas mãos, um presente: um buraco profundo em sua carne.
O Homem de Armadura desapareceu, deixando-me sozinha com o canto dos pássaros… com o único canto que me lembra do que era realidade.  
Encerramento do Treinamento IV

Atributo Treinado: M. CH - Prática de Andar sob a Água (Em progresso)
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Mensagem por Ilusionista Dom Jul 18, 2021 7:07 pm

Rize Treinamento Individual VII
Os nobres que sempre me caçaram por eu ser diferente, mesmo que dias tenham se passado, suas palavras pareciam recentes. Meus punhos, cerrados como de costume, acertavam  o tronco diante de mim sem pensar duas vezes. Socos e mais socos se encontram com a madeira antiga, determinados a deixar sua marca nessa superfície. Rebeldes, se recusam ir embora sem deixar sua marca.
O tempo se passa, o sol esfria, mas ainda estou lá. Socando sem descansar, em várias posições, vendo minhas mãos se encheram de vermelho como recompensa. Ardendo, o sangue vazava pelos meus dedos nem um pouco delicados. A dor pulsava, queria ver minha língua gritar porém, seu esforço, era em vão. Calada, com dentes gelados, a sessão de socos ficaria viva mais um pouco. Meu objetivo era ver o quanto meus músculos aguentavam, ver qual era seu limite e então, atravessa-lo.
Impaciente, vítima do próprio tempo, minha cabeça começa sentir o calor do meio dia. Gotas de suor dançavam em minha testa, querendo manchar a marca que me separa da realeza. A droga da grandeza. Suspiros escapavam de lábios estranhamente mudos e obedientes, a raiva ceifava o direito da palavra de existir. Um sentimento tímido e reprimido de importância. O sinal nu e cru de fraqueza estampado em minha pele.
Explodindo sem nada dizer, a adrenalina em minhas veias fazia eu socar esse tronco cada vez mais rápido, cada vez mais brutal. Meus dois braços  entraram na dança de uma só tacada, enchendo meu punho fechado com mais sangue e suor. Dedos pulsando finalmente se retraem, sua carne estava à mostra e, com ela, trazia uma lembrança. Farpas, madeira tirada de sua casa e arrancada pelas ruas da violência. Ruas de poder.
- Isso garota, quem é a fraca agora?!
...
A noite chegou, estava repousado no tronco de árvore que tinha meu sangue correndo por suas veias agora. Olhava para meus dedos, sentia eles querendo uma boa noite de sono. Dormir naquele lixo, as sobras, que o Ramo Principal nos deu para calar nossa boca. Entretanto, não seria nesse momento que eu voltaria para seu teatrinho. Ainda tinha uma coisa para testar, uma inovação que precisava de mim para existir. Uma cobaia.
Dito isso, levantaria e colocaria o que trouxe dos laboratórios para ficar na guarda de minhas costas. Para olhos leigos, ou só cansados como os meus, parecia apenas uma mochila de prata digna de uma princesa que nunca tirou seu salto alto. Revirando meus olhos azulados irmãos do mar em seu tom, começaria a dar voltas pelo campo de maneira casual porém, veloz. Era como se estivesse correndo de um fantasma. Correndo de mim mesma, uma forasteira patética.
- Os nerds esqueceram de me dar o manual desse troço… Pera, me deram sim, só tive preguiça de gastar meus olhos neles.
Um riso saía de meus lábios, um riso que não tinha medo de existir, enquanto eu corria sem as amarras do destino. O peso, a tarefa, era no ínicio irritante de tão simples. Quase um insulto por si mesma. Entretanto, com o passar do tempo, a história se mostraria sendo outra. Sendo traiçoeira. Meus ombros começavam a se sentir quebrados, loucos com a pressão que acabaria por nascer.
Sem escolha, minha boca gritou e deu vida a uma meia dúzia de palavras proibidas. Fiquei de joelhos, sentindo-os se revirar em sua própria dor. Era como ter uma pequena montanha em suas costas, malditos. Ergui-me umas trinta vezes ou, assim, tentei. Toda vez que conseguia, toda vez que ousei ir ao alto, minhas asas eram cortadas. Talvez esse seja meu lugar, nas sombras da mediocridade.
Passando algumas horas, lá estava eu na grama. Os pés choravam calados em seu sofrimento, incapazes de aguentar até seu próprio peso. Minhas mãos estavam abertas, ainda espalhando seu vermelho de mais cedo na natureza. Olhava as estrelas, querendo cair no sono a cada segundo que surgia. Quem sabe, um dia eu também seja uma delas. Uma das estrelas.
- Rize, gostou no novo brinquedo? Ela se ajusta a força do usuário, o seu peso para ser mais específico… - Um cientista anda de maneira calma até mim, encarando meu rosto com um riso carente de juízo e amor pela sua própria pele. Apenas o indicaria meu dedo do meio antes do escuro, cansado de seu atraso, me arrastar para suas terras.        

Fim do Treinamento

ATRIBUTO TREINADO:

- CON: Através de socar um tronco de árvore infinitas vezes até sair um pouco de farpas - um pouco dele mesmo - nos golpes e aguentar a dor disso sem psrar. Nessa parte mais simples, as mãos e dedos de Rize sangraram e ficaram com sua carne amostra. Na segunda parte, Rize levanta - ou, ao menos, tenta - uma "Mochila" High-Tech que ajusta seu peso a força física do usuário. A ideia era ver o quanto sua constituição muscular aguentava antes de ceder ao peso.
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Mensagem por Shinju Seg Jul 19, 2021 11:35 pm

!! Atualizado !!



Obs - Estou gostando muitos dos treinos! Parabéns


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Mensagem por Ilusionista Dom Jul 25, 2021 6:06 pm

Maquiavel Treinamento Individual IV
Continuidade: diretamente após o Treinamento III

Não era a primeira vez que me encontro sequestrado, ser filho de King tem esses privilégios estranhos. Está nos holofotes quando o que deseja é apenas uma sombra muda. Minha cabeça estava zonza e meus olhos, seguindo essa dança, demoravam para se encontrar. Porém, quando o fizeram, a realidade se mostrou ainda capaz de me pregar surpresas. Olhar arregalado, apenas pude me contentar em ser um mero turista diante do cenário brutalmente alterado. Não estava mais pisando na natureza, não. Meu corpo moído repousava em uma cadeira de metal, preso em um quarto acorrentado pela escuridão. O abismo.
- Não me diga que o grande príncipe da família Jaavas tem medo do escuro...   - Ouvia uma voz perto de mim, a mesma da montanha. Sentia um tom de zombaria, a promessa que logo se cumpriria de mais um punhado de palavras acidas no ar. - Nem tente usar seus olhos amaldiçoados em mim, afinal o bebê se cansou demais "brincando"...Amador.
Essa tática de terror não funciona comigo, desde meus anos mais infantes meu pai garantiu isso. Mas algo que saiu de seus lábios não podia ser negado, estava exausto. Minha cartilha de opções nesse momento é, por falta de expressão melhor, porca. O instinto, decidido em tomar as regias, lutou para se livrar da corda que enforcava meus pulsos. Péssima escolha. Os dedos estavam a mercê de fios de aço afiados, qualquer passo em falso e minha carne podre seria fatiada.
Sem cerimônia, era isso que o mundo real guardava para meus atos. Sangue jurava meus dedos apertado e um suspiro rebelde escapava de meus lábios. Secos, sua voz chegava ao breu seguidas das gotas de vermelho que prometiam chegar em um chão que fugia de meus olhos. A carne ardia, em silêncio gritaria.
- São muito melhores que cordas não acha? São os pinceis de minha arte... - O estranho nas sombras ria por um segundo fugaz, o barulho que de sua alma nascia era tão frio quanto o meu próprio. Apesar disso, ele parecia está se divertindo enquanto mexia nos fios que mantinham minhas mãos no lugar, sorrindo enquanto minha carne suplicava e jurava. - O Negócio é o seguinte, sei que é um pequeno Corvo de King e, sabe, não posso deixar Corvos voando por ai... Desbucha logo e vai se encontrar com os anjos mais cedo, beleza?
Era irritamente obvio que esse estranho estava se divertido, era muito fácil o imaginar sorrindo de maneira perversa enquanto as sombras tratam de o abalar que nem um bebê sádico. Não fazia o menor esforço de domar suas emoções, o jubilo que fazia seu sangue ferver enquanto minha carne - lentamente - se tornava cada vez mais nua e crua a medida que os segundos iam e vinham.
Intencionalmente, ele rodava os fios cor de prata em meus pulsos, fazendo-os se despedir de sua pele aos poucos. Aquilo era doloroso, faria qualquer amador abrir o bico nessa altura. Porém, para minha sorte ou azar, eu não era qualquer um. A carne estava sendo desfilada e o sangue era o molho que vazava de seu prato. Ainda sim, me mantive com os lábios costurados.
- Existe uma linha tênue entre coragem e estupidez, garoto... Lamento lhe avisar mas está na segunda opção. - Exclamado com o desdém que, agora, parecia nada além de banal nessa altura. Seu rosto, de maneira súbita, salta de encontro com o meu. Sua iris, um verde intenso, contracenava com o preto denso de meu olhar. Ainda que nas trevas, pude ver um sorriso de canto se formar em sua boca. - Foi só o aquecimento... Sei que ler muito então, lhe darei um presente. Uma amostra da arte conhecida como Morte por Mil Cortes...Lingchi, para os íntimos.
Desaparecendo mais uma vez, minha cabeça estava começando a vacilar perante o império da dor que se arrastava por meus ossos. Porém, o pior ainda não tinha dobrado a esquina. De maneira proposital, o estranho deixava sua lâmina a mercê de minha visão. Uma Kunai, um cartão postal do que estava por vir, seria seu pincel enquanto eu seria seu quadro branco. Aquele que ia carregar sua arte.
Segundos se passaram, segundos de silêncio que serviu de entrada para a tempestade. Sem pressa, sua lâmina fria era introduzida em uma carne que não poderia fazer nada além de assistir - nada além de ficar sentada no sofá. Cada corte que era feito, cada pequeno nervo que era desenhado em dois, tinha uma crueza calculada. Um instinto que apenas o Homem seria capaz de dar vida.
Horas se passaram ou, assim, eu preferia acreditar. Tonto, a perda de sangue já começava a tirar o melhor de mim. Meu estomago se revirava, querendo vomitar a cada novo segundo que se passa. Cortes e mais cortes eram desenhados em meu corpo, cada articulação ou nervo que existisse em braços, pernas ou em meu peito já havia sido encontrado por essa lâmina negra.
O vermelho havia dominado as cores brancas de minha veste, cada corte ardia como apenas no inferno encontrava seu semelhante. Meus lábios, outrora mudos, gritavam sem parar e, mesmo assim, só tinham seu próprio eco como consolo. A garganta, se contorcendo, no limite estavam. Em minha pele - ou melhor, no que dela restava - dezenas de feridas pulsavam em dor. Faltava poucos passos para sua primeira centena.
- Conte, já estou a Horas aqui... No começo é divertido, sua teimosia é como uma gasolina para o artista, mas agora? É apenas tedioso, uma perda de tempo... - Dizia, agora mais distante, o seu desanimo ganha vida através de palavras arrastadas. Palavras que não queriam mais está aqui. Obviamente, seu desdém estava longe de morrer. - Resta poucos minutos para você, resta pouco para corda terminar de pegar fogo e você morrer... Diga-me, príncipe Jaavas, não tem ninguém que lhe faça se agarrar a vida? A sua existência medíocre.
Ele esperou alguns instantes, alimentado por uma esperança de que eu abrisse a boca. Gastasse o que resta de minhas cordas vocais implorando por mais um dia nessa terra, sacrificando meu orgulho e segredos para ver um mero pôr do sol amanhã. Patético, ele não sabe quem eu sou? Meus lábios estavam selados, mortos para seu olhar esverdeado.
Acedendo a luz de maneira súbita, o estanho fez meus olhos arderem. Sensíveis estavam, rapidamente rastejaram para o escuro de novo. Fechando os olhos, navegando na dor, a sombra me adotou. Como uma criança, eu recusava a realidade encarar. Aceitar a verdade em suas palavras, aceitar que a perda de sangue ceifou meu destino. Ceifou a chance de vê-lá novamente, Asami.
Tonto, olhos ardendo e dezenas de cortes profundos. Quase esquecia de meus pulsos em carne viva, de meus dedos sufocados pelo delicado fio de aço. A ultima coisa que viaja aos meus sentidos, o adeus do mundo para mim, foi um riso de meu torturador. Sádico porém,  mais verdadeiro que jamais pude ser.
- Hoje não terá nenhuma ruiva, nenhum anjo para salvar sua alma... Não perca seu ultimo folego rezando afinal, ninguém vai querer ouvir.

...
Epilogo
 

Acordava, sentia algo liso e confortável apoiando minha carne que vivia como se acabasse de ser jogada no ventilador. Era quente, era calmo. Era tudo que minha alma mais estranhava. Estava em uma cama, cheio de bandagens. Uma voz, a voz que acabou de me trazer mais cicatrizes, despertou-me como um soldado para o mundo.
- Admito, você é bem resistente homenzinho... Olhando agora nem parece que você precisa de um anjo. - O estranho de olhos verdes estava sentado em uma cadeira próxima, agora posso vê-ló melhor. Suas vestes brancas, ele era um agente de meu pai. Eu os conheço em qualquer lugar. - Claro, os medicamentos da Organização foram o que te salvaram da cova... Eles e o fato de você ser "o bom filhinho do papai" Sabe como é, se você fosse dessa para melhor, cabeças iam rolar...    
- Quem é você? Esclareça seus atos. - Dizia, tentava soar que estava no controle mas até uma criança de cinco anos riria disso. A voz quase não saia e falar, por mais simples e direto que fosse, fazia cada centímetro do meu corpo gritar. Certamente, seria uma "pequena lembrancinha" do que a realidade me trouxe. Ser a "arte" dele cobrava um preço. Um preço pela eternidade.
- Não me surpreende não lembrar de mim, príncipe Jaavas... Era uma criança na época. Ebern, o emissário de King.   - Ele se levantava da cadeira, deixando seus cabelos loiros ao vento enquanto sua face fria me filtrava por um segundo. Um segundo que parecia tocar minha alma. - Foi encarregado de testar sua lealdade e avisar que sua responsabilidade, a sacerdotisa, se encontra na aldeia... Acredito que não preciso lembrar o príncipe da importância de tê-lá ao nosso lado então, por favor, tente não estregar tudo dessa vez.
Em um piscar de olhos ele se tornava apenas uma memória e, somente a luz desse fato, notei que me encontrava em minha propriedade. Enquanto se desfazia em meus olhos, em meio a um vulto, seus lábios me deixavam um alerta... Ou, quem sabe, meus ouvidos até possam ter visto isso como um presente. Um presente inesperado. Um presente que veio em um tom sádico.
Fim do Treinamento
ATRIBUTO TREINADO:

- CON: Através da resistência de Maquiavel a tortura intensa por horas. A tortura se deu tanto através dos "Fios de Aço" quanto horas na prática da "Morte por Mil Cortes" - Pratica de origem no oriente, onde a vitima era alvo de pequenos - e precisos - cortes até a morte. Devido a isso Maquiavel experimentou a perda de sangue intensamente.
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Mensagem por Ilusionista Dom Jul 25, 2021 8:21 pm

Treinamento Individual Asami VII

- Os selos de mão são uma forma de saber como conduzir o chakra para seu corpo, mais precisamente,  quantidade de chakra que será depositada na execução de uma técnica. De maneira resumida, existe doze selos principais, cada um representando um animal da natureza. - Dizia, lendo a página inicial de mais um livro que peguei emprestado da biblioteca central. Selos de mão: uma Introdução era seu titulo.  Achei-o fofo, rimava como uma poesia. Parecia divertido pela capa mas, como bem o destino me ensinou, a capa pode enganar. Quase sempre é uma ilusão, uma ilusão que corriqueiramente eu tirava proveito a aparência era. A obra, um tijolo de meia dúzia de páginas, não era tão divertido como outrora poderia parecer. Era denso, complexo mas, de alguma maneira, isso sempre capturou ainda mais a minha atenção. Passava de dedo a dedo as páginas, delicadamente, e logo mais de uma dezena delas tinha passado pelo rigor de meus olhos violeta. Sussurrava para meus ouvidos solitários, falava baixinho as frases que mais me interessavam. Era uma maneira que eu tinha para fixar melhor o conteúdo e, mais importante, era a sombra de um passado onde eu tinha um parceiro de estudo para conversar sobre essas partes. Um hábito, uma lembrança, de quando eu não estava sozinha... De quando eu não era sozinha. - Geralmente é preciso das duas mãos para fazer esses selos porém, shinobis habilidosos, podem desenha-los com apenas uma de suas mãos.
Eu estava com saudade sim, saudade de Aquele com Olhos Vermelhos e agora, até quando estudo, isso me assombrava. Eu lia páginas e mais páginas sobre selos de mão, quase uma arte ninja, somente para me desviar desse sentimento. O livro que havia escolhido era pesado, principalmente em meus dedos macios como seda e ausente de calos. Uma memória da minha existência cheia de luxos, regrada de minha própria ignorância enquanto meu povo sofria de fome ou pior. Não, eu não me orgulho de meus primeiros dias nesta terra mas, não adianta buscar esquece-los, sempre estarão marcados em minha carne e alma de uma maneira ou outra.  Encostada no tronco de uma árvore, ainda no inicio da manhã. jogo esses pensamentos (essa sujeira) para debaixo do tapete enquanto, nas duas horas seguintes, meus olhos leram uma centena de páginas desse livro.
- O selo do Tigre é muito conhecido por está associado a técnicas que usam do elemento fogo em sua construção. - Dizer essas palavras para mim, sussurra-las, me fez lembrar de um ensinamento que ganhei sob um céu nublado. Ele usou esse selo, o selo Tigre, para me mostrar como se deve dissipar um genjutsu. Genjutsu Kai, essa técnica que fugia de mim enquanto eu tentava executa-la sozinha, correu para meus braços quando tentei aprender com ele. Maquiavel. Foi em uma noite, na biblioteca da casa dele, a primeira reunião de estudo que se tornaria tão frequente (e divertida) nos próximos cinco anos que eu veria a passar em Kiri. Uma pena que aquilo terminou, mais uma felicidade que o demônio arrancou de mim. Uma entre tantas mais. Sinto falta dele, de poder ser verdadeira com alguém. Movida pela nostalgia, saquei uma caneta de minha mochila e risquei o livro: o complementei, na página sobre o selo de mão Tigre, com meu próprio conhecimento. Risca-lo assim, riscar um livro, faria o Jaavas "enfartar" e (essa imagem) isso me fazia sorrir tolamente e em jubilo por um momento fugaz. - Também é muito comum ser usada para ajudar a canalizar a energia para o uso do Genjutsu Kai. - Assinado, Asami.
Logo a tarde se fez presente e com ela, meu estomago começou a reclamar. Estava com a fome começando a atacar. Na infância, em meus primeiros anos, a fome não era que eu conhecia por muito tempo. Bastava uma ordem mimada ganhar vida através de meus lábios que um monte de servos estava pronto para apresentar um almoço chique e cheio de sabores diante de mim. Na adolescência era a mesma coisa, ser "princesa prometida" do clã Jaavas me rendia banquetes vastos em seu castelo. Por um momento, deixei-me sentir fome. Deixei troar o ronco de minha barriga por minutos a fio. Isso, mesmo que brevemente, me fazia sentir mais próxima de meu povo. Mais próximo da fome que eu o fiz passar em troca de uma vida luxuosa. Eu merecia sentir isso todos os dias. Finalmente abri a mochila que trouxe comigo e dele tirei um suco com um sanduiche que fiz. Era simples, sem gosto e sem glamour mas, ainda sim, era mais do que meu povo teve na maioria de seus dias. Comia enquanto a tarde passava, lendo mais do livro - mais sobre selos de mão - na pausa que fiz entre uma mordida e outra. Entre um gole de suco e outro. Ao cair da noite, com o estomago cheio, tinha terminado dois terços dessa obra.
- O selo cobra vez em homenagem a animal (uma invocação) conhecida por poder fazer ataques a partir do subsolo então, não é de se entranhar que ela seja bem comum em técnicas que usam o elemento Terra.  Se um Jutsu usa muito esse selo em suas combinações, mesmo que ele não use a Terra de maneira direta, possivelmente ela estará envolvida em sua composição. Esses casos podem ser melhor observados em Kekkei Genkai elementais.   - Dizia para mim mesma, destacando esse ponto enquanto, na noite, meu cérebro começava a doer fruto do estudo quase sem pausa que fazia hoje. A dor era um aviso de meu corpo para cessar, terminar por hoje. Mas, obstinada, eu e meus olhos violeta continuavam. Passava página por página, lendo-as com um concentração impar. A sacerdotisa não pode desistir, nunca, em nada. Essa é uma escolha arrancada dela antes mesmo de nascer. Era um dos preços a se pagar pelo glorioso destino que ela tem nesta terra. E eu, eu não era uma fuga a essa regra. Quase as onze da noite, lendo e passando páginas quase como se não tivesse uma alma, finalmente cheguei na ultima deste livro. Destaquei, em sussurros, a derradeira palavra dessa obra antes de fecha-la. - Existem técnicas com mais de 40 selos de mão necessários mas, um ser experiente nesta técnica, pode fazê-la com apenas um selo ou apenas dispensa-los em sua execução. A única maneira de conseguir essa proeza em uma técnica, é usando-a varias vezes e se aprofundando em seus segredos teóricos e práticos.
Fechando o livro, com um sorriso que era misto de felicidade, cansaço e saudade de certo alguém - de nossos encontros para lá de nerds - arrumava minha mochila e fazia meu caminho de volta para casa. Amanhã cedo preciso entregar esse livro, riscar seu nome de minha lista.      
Fim do Treinamento

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Mensagem por Ilusionista Dom Jul 25, 2021 8:47 pm

Rize Treinamento Individual VIII

Estava um pouco cansada, a reclusa dos superiores de completar meu time acabava por me tirar um pouco (muito) do sério. Certeza que isso tem haver com a conselho nojento e velho do clã Hyuuga, não cansam de tornar minha vida um inferno na terra. Esse pensamento, mesmo breve, me enchia de raiva e fazia meus punhos fecharem apertando minha carne com força. Ainda que não precisasse dizer isso, estava claro pela face de mal humorada que dominava meu rosto enquanto andava. A floresta estava cheia de vida, coelhos e pássaros que me olhavam. Eles tinham algo que eu invejo desde que me entendo como um gente, um espirito livre das correntes do destino. No fim do dia, toda a minha vida parecia se resumir a essa breve - porém sonora - palavra.
Fiz algo hoje que Medusa se orgulharia e certamente fez esse destino revirar os olhos de surpresa: peguei um livro na bibloteca. Eu sei, também é estranho para mim, achava que isso era um ninho só para nerds em cerebato. Mas, fazer o que, precisava melhorar na arte do Punho Gentil. Quando fui pegar o livro hoje para estudo - A Arte do Punho Gentil: Volume II - os lábios das pessoas não paravam de falar sobre o Movimento de minha mestra, acontece que ele não era muito bem visto e tive que me segurar para não bater neles a cada "absurdo" que ouvia sobre eles. Sobre minha mestra. Foi um verdadeiro teste de paciência.
Afastando-me desses pensamentos, apenas sento-me e encosto minhas costas em uma árvore qualquer, a paciência era algo que estava me faltando hoje. O livro, que outrora repousa em minhas mãos cuidadas com esmero, era grosso e guardava para si uma aparência longe de ser agradável: o cheiro de mofo era agressivo, fazendo meus pequenos espirros uma sifônia frequente.
A capa, não querendo ficar muito para trás, parecia devorada para algum animal de tão rasgada e sem cor que estava: era quase impossível saber o nome da obra em uma primeira visita. Com um pouco de esperança, folheio as primeiras páginas com a delicadeza de uma rebelde desvairada - ou seja, nenhuma. Porém, o conto (chato) de fadas logo termina pois, a tinta destas folhas se perderam em meio aos séculos.
Ler isso seria algo penoso e chato, mas, entre a teimosia estupida e a coragem, me recusava a ceder. Passei as primeiras horas tentando decifrar as poucas palavras legíveis, quase como se fosse um quebra cabeça de milhões de peças. Letra por letra, folha por folha, eu desenhava as frases perdidas em minha cabeça.
- O Punho Gentil ataca diretamente o Sistema circulatório de Chakra. fechando um ou mais pontos dele através de seus golpes. Esses pontos são nomeados tecnicamente de tenketsu e são 361 no total.
Sussurrava para mim mesma em um suspiro de cansaço, aquele foi meu sucesso em meio a este enigma arcaico. Mais horas se passaram, o dia se tornou tarde em um piscar de olhos. Passando de dezenas para  centenas de páginas, tentando decifrar - com as poucas palavras que restam - o significado de cada frase.
- Entre os Pontos do Sistema de Circulação de Chakra, um deve ser mencionado com maior atenção: o Tenketsu da Parada. Ele se encontra no estomago e é difícil de ser acertado, mesmo com Byakugan. Porém, caso seja acertado com sucesso, deixa o alvo inconsciente instantaneamente.
Eu concordava com isso e achava muito incrível, queria testar isso aqui e agora mas,  esse não era o momento para tal coisa. Merda. A dor de cabeça de tentar decifrar os fragmentos batia em meus ouvidos como se fossem diversos papéis explosivos acionados diante de meus portais. Eu apenas arrastava-me para a próxima página, torcendo para aquela ser a derradeira. Porém, sejamos sinceros, a sorte não gosta de sorrir para mim: o Selo Amaldiçoado desenhado em minha testa era a prova viva disso.
A tormenta morava em minha cabeça e a leitura, antes veloz, parecia algo mais penoso que treinar combate físico. As palavras pareciam me sufocar, deixar-me tonta. Isso me faz ser uma estranha para mim mesma entretanto, ainda sim, continuava a ler movida por um teimosia que não cabia nem em meus próprios lábios. Perdida entre frases - letras - incompletas, mal percebi que o sol deu lugar as estrelas no céu.
- A arte do Punho Gentil se concentra em fechar esses pontos do Sistema de Circulação de Ckarka porém, mesmo que pouco ortodoxo, não impede teoricamente um mestre nessa arte de fazer o inverso: abri-los com seus golpes. 
Fechei o livro após decifrar a ultima frase, de maneira bruta e anormal. Colocando-o no colo, percebo seu peso em minhas pernas. Porém, no mar da fadiga, essa ondulação não faria diferença e acabei por cair em um sono profundo.

Fim do Treinamento

RAC: Através de uma leitura, decifra e estudo completo de uma obra sobre a Arte do Punho Gentil por um dia inteiro. Fiz uso do conhecimento que a personagem já teria sobre essa área (vide a ficha) para contextualizar esse treinamento.

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