[Residência] Maquiavel Jaavas

Descrição:  Uma pequena mansão, de ar surtuno e com toques de um semblante fúnebre. Sua construção, bem como estética, bebi muito de uma arte mais gótica. Embora haja uma inevitável beleza única nela, sua sombra pode ser descrita, por muitos, como "uma relíquia antiga e de um tempo decadente"
De assinatura altiva, carrega bem a imagem de seu comprador - para muitos, um mistério - de ser uma "semente" de Kiri em um território afogado em paz. É notório que, em sua compra, muitas mudanças foram feitas até o resultado final.
Atualmente Maquiavel Jaavas é o seu residente e responsável.

Localizações Importantes:

Era noite, eu estava na biblioteca. Ela era uma replica exata daquela que eu encontrava na mansão Jaavas. Uma copia precisa do lugar que foi o cenário para muitos encontros meus com a sacerdotisa em um passado que agora parece tão distante. Folhava minhas anotações sobre a arte das ilusões enquanto sentado ao chão estava. Ilusão, Genjutsu, é uma arte que me persegue desde a infância. Muito antes de adquirir esses olhos vermelhos, eu me divertia mexendo com o cérebro dos outros... enganando- os. Claro, o que antes era um pensamento inocente que minha mãe me ensinava, se tornou sinais de violência em suas mãos. Nas mãos de King.
Depois de sua morte, ele assumiu. Não era mais diversão, era treinamento. O lapidar de uma máquina que deveria ser perfeita, eu. Antes era enganar, levar pessoas para seu mundo dos sonhos e, depois, se tornou tortura. Tirar informações das pessoas, causar dor... Causar comas ou pior. Era isso que ele me ensinou, era disso que meu Genjutsu era moldado. Minha maestria. Eu conseguia? Sim, na maioria das vezes. Se não, chicotes me esperavam ansiosos... Punições que perfuravam a carne profundamente e a alma também. Foi toda essa experiência doentia, não humana, que me trouxe aqui. Eu ia fazer mais uma experiência mental essa noite. A cobaia seria a minha própria, para variar.
- Um shinobi deve está pronto para quando capturado ou em uma batalha que se encontra com um inimigo capaz de influíciar sua psique, contra atacar. Defender sua mente. Mais precisamente, as informações dentro dela.    - Lia em voz alta metodicamente, anunciando que sabia que existia alguém me espionando nas sombras. O espião, um corvo, era Izumi. Minha "irmã" de longos cabelos tom de rosa e expressivos olhos verdes. Ela saia das sombras, me observava com uma mistura de carinho e preocupação. Eu não precisava mexer meus lábios, ela já entenderá em silêncio o seu papel nessa experiência. Seu relutante papel. O que eu fazia aqui poderia acabar com meu psicológico, me deixar na cama para sempre. Ainda sim, sentia o impulso de fazê-lo. Não sei se por curiosidade ou loucura, mas eu tinha que fazê-lo. Cria-lo. - Izumi, por favor, vou tentar criar uma armadilha de Genjutsu para evitar as pessoas de entrarem em minha mente e preciso que você faça isso. Teste essa armadilha até ela chegar a perfeição. Por favor.  
Ela apenas sentou diante de mim, próxima. Sabendo pelo meu olhar de ébano determinado que eu não desistiria disso. Se não fosse ela, arranjaria outro para o esquema. Outra pessoa que poderia acabar destruindo minha mente se não fosse bom fazendo aquilo; Preocupada, mas respeitosa com meus desejos, esperou eu ligar meu Akagan e fazer os preparativos necessários. Demorou alguns minutos, mas consegui criar uma armadilha em minha mente - uma armadilha programada a surgir caso houvesse algum toque estranho em seu espaço.
Com isso, através do Genjutsu de Entrada na Mente, ela tocou delicadamente minha testa como uma boa irmã mais velha faria e começou a tentar invadir meu reino mental. Por minha perplexidade, ela conseguiu, Era como se minha armadilha programada não estivesse lá, fraca demais para entrar na equação. Ela via as minhas memórias, o fluxo delas todos de uma vez. Sabiamente e de maneira carinhosa, ela evitava as mais traumáticas. Não desejando que eu as vivesse novamente. Ela focava nas poucas memórias boas que possuo, a maioria envolvendo encontros com a sacerdotisa. Eu poderia viver só nelas, todo o meu tempo, seria meu mundo dos sonho. Mas, não, não posso parar. Não agora que comecei.
Ela desativou sua técnica e deu tempo para eu respirar, montar novamente a armadilha programada, e enfrentar sua invasão em minha psique. De novo e mais uma vez, eu falhava. Minhas medidas não funcionavam e ela lia as minhas memórias como se fossem um livro aberto. Esse processo de tentativa e erro durou toda a noite. De madrugada, minha cabeça já estava doendo e minha testa soando como um porco tamanho meu esforço metal. Entretanto, na beirada que separa teimosia de insanidade, eu escolhia continuar apesar dos cada vez mais frequentes pedidos de Izumi para que isso acontecesse.
- Não faça isso, Maquiavel. Mais uma vez e sua mente pode colapsar. Descanse, por favor. - Ela falava séria, sabendo da veracidade e perigo de suas palavras. Porém, apenas a respondi com um olhar determinado e, ao mesmo tempo, ofegado no medo. Foi ai que ela soube, mesmo ausente de palavras, o motivo de eu fazer esses experimentos seguidos. Ela limpava com um lenço, de maneira amena e protetora, minha testa de seu suar antes de aplicar uma ultima vez seu Genjutsu de Entrada da Mente. Os muitos erros, o limite entre a vida e a morte, me deu o estalo (a força) necessária para criar uma armadilha programada de Genjutsu que foi capaz de captura-la. Um mundo de chamas e esqueletos se instalaram em Izumi, a expulsando de minha mente e deixando em choque por fugazes instantes.
- Ele... King, ele invadia sua mente desde pequeno não é? Mostrava seus traumas várias e várias vezes... Vivencia-los sem parar, parece uma punição típica dele. Por isso queria criar essa técnica, para se defender dele? - Izumi levantava e cansada, ela dizia essas palavras com um misto de empatia e horror. Ela sabia que ele era ruim, mas não pegou a pior fase dele. Só ouvia rumores e era diferente quando essa realidade sombria se encontrava diante de seus olhos. Se encontrava em mim. Eu apenas acenava em positivo. Tentando tirar o melhor da situação, como uma irmã mais velha, ela contava uma mentira descarada - uma que nem mesmo ela acreditava - para tentar acalmar meus ouvidos pálidos. - Ele não está mais aqui... Ele não pode mais fazer isso com você, o controlar.
Não, ele pode. Aonde a um corvo, apenas um corvo, é o suficiente para que a Vontade de King seja feita. Para que ele fique sabendo de tudo e todos.

Observações: