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Mensagem por Shinju Dom Jul 07, 2024 1:36 am

Kaneki se posicionou, seus olhos fixos no campo de batalha. O ar ao seu redor tremia enquanto ele preparava a Garoa de Papel, as asas do Jounnin tremiam em extasse enquanto suas "penas" se dobravam em pontas afiadas! No chão, os selos criados anteriormente por Maschenny começavam a se formar, cada um deles pulsando com uma energia ameaçadora que os olhos de Kaneki não perdiam nem mesmo por um segundo. Com um movimento preciso, Kaneki lançou os projéteis de papel que zuniam no ar em alta velocidade!

Em perfeita sincronia, o Ishida produziu uma dezena de Selos de Energia, uma criação essa única de Kaneki! O impacto das Lâminas de papel foi devastador; o solo explodiu em uma chuva de folhas negras que se espalharam como um manto mortal. Tudo diante de Kaneki era consumido consumido pelo ataque devastador e explosivo! A fumaça tomava conta do ambiente, não havia como ver nada nem ninguém, e isso refletia em todos ali!

Maschenny, observando a cena quanto as lâminas caiam ficou perplexa - Kaneki... você realmente escolheu esse caminho? - suas palavras ecoaram, carregadas de uma mistura de desaprovação e surpresa.
Assim que as folhas de papel atingiram o solo e seus alvos, explodiram simultaneamente. A força da explosão obliterou o chão, lançando Rize e a Uzumaki ao céu em rodopios. O zunido no ouvido de Maschenny era alto, ela apesar de não sofrer pelas explosões não podia bloquear o som agudo que agora ecoava em seus ouvidos.
O impacto lançorá Rize e Maschenny aos céus como pensado pelo assassino do Origami, mas uma "rede" de inscrições manteve Rize próxima a Maschenny! Mesmo que ambas girassem ao céu, as inscrições da Uzumaki era poderosas, elas não pareciam depender necessariamente da vontade de sua usuária, isso por que os olhos de Kaneki não notavam nenhuma alteração nelas.

Os Selos de Energia criados para esse momento, para se ocultarem nas vestes de Rize, ficavam guardados, ainda não era momento de os usar, afinal Rize e Maschenny permaneciam unidas!
As garras de papel, invocadas anteriormente, flutuaram prontas para cercar Maschenny.As garras avançaram, cercando Maschenny como predadores silenciosos, ocultos pela fumaça...

Enquanto isso, no outro lado do campo de batalha, Yama, o Príncipe Macaco, estava em movimento! Com um salto impressionante, Yama se lançou em direção ao "globo" de lama ativando sua transformação, era nesse momento que o Bastão Adamantino surgia em toda sua glória! Com golpes rápidos e poderosos, o bastão girava e colidia com a massa lamacenta, ele destruiu a lama que prendia Asami em não mais que quatro ou cinco golpes! A lama tentou reagir, mas não foi rápida o suficiente para conter a força esmagadora do bastão e foi despedaçada em instantes!

Retornando à sua forma original em meio a fumaça gerada pela finalização da técnica, Yama pegava a jovem Yamato antes que esta caísse e com seus músculos poderosas flexionava suas pernas em direção a Maquiavel, com Asami nos braços. Mas a lama não estava vencida, ela se reunia em profusão e assim reagrupava e se lançava contra Yama como uma onda voraz!

Não muito longe, Maquiavel tinha sua propria batalha a enfrentar. Ele observava a aproximação da lama e reagia rapidamente! Com uma explosão de energia, ele utilizou sua Técnica Telecinética amplificada pela Energia Gelel, para afastar a lama. O impacto foi poderoso, uma força invisível lançava a lama longe.
Não perdendo tempo, Maquiavel reuniu a lama, criando paredes telecinéticas que convergiam para o centro. A lama resistiu, não necessariamente contra Maquiavel, mas sim as inscrições de Maschenny! A lama lutava, movida por um desejo implacável de se reunir com Rize.

Determinado a finalizar o confronto, o Jaavas lançou uma "chuva" de disparos elétricos criada pela espada da lâmina negra em sua posse. Os ataques elétricos "feriram" a lama, cobrindo-a com pequenos raios e paralisando-a por alguns segundos.
Com a lama temporariamente incapacitada, Maquiavel buscou Asami com a incrível visão de seus olhos vermelhos, em segundos, eles se iluminaram ao a encontrar nos braços de Yama, segura. Mas a voraz onda logo atrás dele, não o permitia ter um momento de alivio!

- Kaneki, Kaneki, realmente você é um homem de muitas facetas. Akira esta enganado, você é um bom homem - Maschenny falava com um sorriso quase imperceptível. - Mas infelizmente não posso mais apelar para o seu bom senso, visto que ele já se perdeu - Das costas da ruiva, uma centenas de correntes feitas de puro chakra brotavam, estranhamente as correntes não pareciam "normais", enquanto tomavam forma, se tornavam negras, cobertas por inscrições que se desenhavam do corpo da Uzumaki. As correntes zuniam no ar e desciam ao solo! Ninguém estaria livre! Kaneki seria alvejado pelas correntes, mas não apenas ele, Yama e Maquiavel estavam também em perigo. Agora, como Maschenny os localizara em meio a fumaça era outro de seus muitos segredos.

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Mensagem por Ilusionista Qui Jul 18, 2024 12:54 pm

Kaneki POV
Não havia muito tempo para reagir, os olhos de sangue vislumbram o futuro como gotas resvalando de um corpo prestes a abraçar a morte: de maneira rápida e decisiva. Via as inscrições salpicando o ar antes mesmo que começasse a existir e logo depois, alguns poucos instantes depois, se transformariam em uma centena de correntes, prometidas a trazer o caos em um futuro próximo. Um futuro que, se depender de mim, não passará de um vislumbre rápido da mente, um sonho morto antes mesmo de poder ser sonhado. Usei idealmente o vislumbre do que está por vir como uma ferramenta, uma forma segura de observar essas inscrições e entender seu estranho padrão, no intuito de antecipar-ló aliado com meu conhecimento sobre selamentos.
Uma face neutra, educada e fria ao mesmo tempo, serena e em fúria no mesmo silencioso segundo, ilustra a produção em massa de folhas em meu corpo, cada qual carregaria em si uma inscrição antagônica ao padrão. A dança do Shikigami dança calada em meu corpo, formando uma centena de folhas a ser lançado aos céus assim que as inscrições da Uzumaki começassem a querer sair do campo dos sonhos e possibilidades. Usaria meu controle sobre esses filhos negros para encaixar cada qual sobre as inscrições destinadas a dar luz a correntes. A ideia era, tendo em vista que pude e posso vislumbrar o caminho e o fim de cada série de símbolos, colocar minha própria inscrição (escrita nas folhas) para suceder uma inscrição já feita pela Uzumaki. Se seus simbolos são pares, o que eu fiz serão impares (ou vice versa) e se tornaram intrusos no meio dessas séries de desenhos negros que, tal como minha pessoa, riem do desejo da gravidade.
Selamentos são uma série de inscrições, confunda a série, e a corrente se torna instável. Não durará muito mas será o suficiente.

As garras ainda circulam meu oponente, ecoando meu desejo de sangue à medida que se mantém no ar, vigiando cada uma das direções como arautos da morte. Os arautos do Assassino do Origami Negro. Manteria eles como estão, terrivelmente próximos daquela que desejo silenciar para sempre. Em tempos de caça, esse minha demora custaria bastante dinheiro. Quanto mais rápido melhor, mais lucro. Sabendo disso, iria comandá-los para lançar a parcela de tarjas explosivas em suas vísceras, originalmente destinadas a destruir obstáculos, todos na direção de Maschenny. Não iria esperar para explodi-las quando ficassem em seu corpo, ela já conhece esse truque e, em uma luta de alto nível, usar o mesmo truque duas vezes é um insulto e uma estupidez que não estou disposto a pagar o preço.
As tarjas explodiriam no meio da caminho, próximas o bastante para o som tirar sua concentração e a fumaça surgir aos quatro cantos. Esperaria que o fato de estarem mais "contidas" nas mãos que acercam, abafassem um pouco o barulho que viria até mim, transmitido pelo vento gélido desta tarde digna dos loucos.
Ou, a julgar pelo que vi até aqui, digna dos fanáticos.
Idealmente o barulho tiraria sua atenção atrasaria mais um pouco o surgimento das correntes ou qualquer outra ação vinda de sua parte e a fumaça, mais uma vez, seria minha fiel aliada. Com a Dança do Shikigami, os selos de energia já feitos voariam em direção de minhas garras, estranhando-se nessas servas e contaminando-as rapidamente com os símbolos de minha invenção. Se tudo fosse de acordo com o plano, cada folha sua estaria impregnada com o símbolo do Selo de Energia em instantes.
Akira lhe preparou para os antigos truques, mas, os novos? Não, minha cara, os novos não.

Com o selo de energia discretamente impresso em cada uma de suas folhas e, com um pouco de sorte, com a fumaça e o barulho ainda fazendo algum efeito residual no ambiente e em Maschenny, elas iriam avançar com ferocidade em sua direção. De preferência, só deixaria o peito e a cabeça que hospeda seus cabelos ruivos livre da investida. Cortariam o vento como um bilhão de demônios com fome, tocando sua proteção como se estivessem tentando passar totalmente a força - desesperadamente buscando vencê-lá. As garras, bem abertas ao ponto de deixar suas palmas tocarem a "armadura" de inscrições, permitiram o selo entrar em contato com elas, sobrepondo-as e fazendo-as desestabilizar.
À medida que isso acontecia, a medida que elas pousavam em sua presa e buscavam sobrepor os selos, assumiriam sua programação de multiplicação: dividindo-se em um exército de milhares de mãos menores, todas feitas no papel original das gigantes garras. Cada vez, mais e mais selos de energia iriam sobrepor as inscrições, idealmente fazendo aberturas na proteção como consequência da desestabilização. Haveria ainda o efeito natural do Selo de Energia, estariam em contato com sua pele, sua carne, ainda que indiretamente à medida que as milhares de mãos se fixassem em seu corpo, como corvos querendo saborear-se com carne morta.
É isso que ela será em breve, carne morta.
Não deve está em seu efeito máximo de "bloqueio" de Chakra, mas a quantidade deve compensar isso.

Enquanto se fixavam, tomando seu corpo quase que por inteiro, meus olhos começariam a mudar de forma. Os três tomares girariam em alta velocidade até que se confudiriam como um só, um ponto negro em uma imensidão de sangue. E desse ponto perdido, três aliceces, muito parecidos com vortezes negros bem desenhos, surgiariam. Outros três pontos negros emergeriam do rio, irmãos dos vorteses que acabaram de desespertar de um longo sono.
Mangekyou Sharingan.
Chakra se concentraria nele, havia pouco... Eu sentia isso em meus ossos, o bastante somente para um único golpe bom. A quantidade era maciça, não estava mais acostumado com isso. Era intenso, quase vivo, gritando para sair de minha córnea, quase a arranhando para tal. Seu desejo por liberdade só encontraria rival na sede de fome das milhares de garras abertas que, com seu semblante cadavérico, estariam tocando a todo momento a proteção, desestabilizando-a.
Finalmente, quando uma abertura fosse feita (independente de qual, embora eu torcesse para que fosse na cabeça) sua ânsia seria atendida e, em uma explosão, chamas negras voariam quase instantemente até ela, com a única missão de consumir todo o seu corpo. Caso houvesse algum papel no caminho, ele iria (antes que isso começasse) sair do caminho, deixando-o livre para as chamas. Caso fosse a cabeça, haveria uma satisfação maior. Uma felicidade sadônica, idem a quando eu terminava um serviço bem feito e estava prestes a receber o pagamento.
Não havia sorrisos da minha parte, só a contemplação enquanto as chamas consumiam sua cabeça, tornando-o o ar que veria para suas narinas uma raridade, imaginar o corpo colapsando lentamente sem conseguir novas amostras de oxigênio, turvando gradualmente seus pensamentos e a impedindo até mesmo de gritar, privando até sua voz de uma fuga desse destino... Isso não tinha preço. Qualquer grito seria abafada pelas chamas negras adentrando seu crânio, consumindo a carne até que ela se tornasse uma doce lembrança. A concentração, no meio do desespero e falta de oxigênio, seria quebrada e você sabe o que dizem:
Sem concentração, sem técnicas de selamento complexas.
A cabeça e o peito, assim como qualquer entrelinha que sobrasse entre uma mão e outra, rapidamente seria invadida pelas chamas destinadas a consumir todo o corpo até se tornar cinzas. Mas, o Aço Negro, ele apresentaria alguma resistência a elas, impedindo-as de saciar sua fome contra as outras partes desse pedaço de carne.
Não posso ser tão cruel, posso?

Com a Dança do Shikigami, iria fazer cada ponta das milhares de garras, que idealmente teriam pousado em seu corpo à medida que a proteção falha, pressionar e cortar a pele de Maschenny, criando milhares de buracos onde as chamas negras entrariam e começariam a consumir, não só na parte externa mas sim, na orla externa de seu jovem invólucro. Órgãos e sangue seriam consumidos pelo fogo incansável e eterno em comunhão com a pele e ossos dela. Toda a fome daqueles que não podiam experimentar o gosto das partes livres da ruiva se voltou para algo mais saboroso, algo que fez sua paciência valer a pena.
Uma coisa que aprendi com Medusa: os órgãos internos não são tão resistentes... São frágeis, minha jovem. Mas os seus não serão assim por muito bem... Na verdade, não serão nada.
Enquanto Rize, esperaria que o fanatismo a fizesse largar-lá, no intuito de protegê-lo das chamas... Seu deus não vai querer-lá ferida, não é? A vida dela vale mais que a sua. De fato, a preocupação com Rize seria mais uma coisa a tirar sua atenção, atrasar suas potências ações contra minha investida. Junto com os Selos de Energia fazendo efeito, bloqueando seu Chakra e o inutilizando, não haveria muito o que pudesse fazer além de gritar e não ser ouvido.
Deixaria cair quando as técnicas de Maschenny, seu traje evitaria qualquer dano sério e, se duvidar, até a queda de Rize nessa altura iria distrair o alvo das chamas.
Por sinal, pobre Maschenny... Não avisaram que os deuses estão mortos e foram nós próprios a assassiná-los? Acho que não adianta clamar por Ele agora e, mesmo que adiantasse, Ele não ouvirá... Tem o pequeno problemas das chamas cozinhando seus pulmões.

Foi minha ultima jogada e gradualmente iria para alguma parte intocada do solo e desativaria meu Aço Negro e Dança do Shikigami, soando com o esforço mas ainda mantendo os meus olhos, comtemplando o estrago de minhas chamas.
-Amaterasu. - Diria calmamente, já em solo, com um tom sardônico. Sabia que Akira lhe havia informado sobre isso... Sobre quantas almas tirei a vida através de suas chamas e agora, seus gritos abafados se tornariam apenas mais um entre tantos outros que alimentam o Amaterasu.
Pegaria, por último, uma Pilula de Ração Militar e uma Pílula de Sangue, mastigá-las sem pressa enquanto aprecio a pantomima de trevas dançando perante meus olhos.
Olhos esses que, se eu perceber, derramavam lágrimas.
Lágrimas de sangue.
Lágrimas de batismo para o Assasino do Origiami Negro.

Yama - O Príncipe Macaco
Não é uma tarefa digna de um príncipe, estou correndo contra um lamaçal vivo, a margem da verdadeira estrela desta batalha: os céus. Parte de mim queria estar na atração principal, dando razão ao título que carrego. Mas, ao contrário do que dita minhas ambições, fui renegado a um papel secundário: guarda costas de uma sacerdotisa de uma terra esquecida, tão distante que até os humanos devem tê-la esquecido.
Grunhidos de insatisfação discretamente desbravam os lábios, fazendo companhia a sonolenta realeza que faz de meus braços sua cama. Grama e destruição conhecem os meus pés e se despedem deles em instantes, estou correndo esse cenário com uma velocidade que deixaria os homo-sapiens com inveja, pensando como são azarados por terem músculos tão fracos em comparação. Uma mera imitação, se me perguntar. Ainda sim, a lama não desiste de conquistar novamente quem outrora estava em seus domínios. E, por mais forte e veloz que eu fosse, não poderia continuar esse jogo de gato e rato para sempre.
Pensando nisso, sabendo que um futuro rei não pode fugir de seu destino, busquei a árvore ou pedra mais próxima onde, em um ato célere e cuidadoso de meus braços, eu pudesse colocar a humana de cabelos de fogo encostada, entregue aos seus sonhos sem ser perturbada.
- Da próxima vez, o Kaneki que fique com o trabalho de segundo escalão... - Diria, com palavras se confundido com breves grunhidos a cada poucos momentos. Um sorriso de canto de boca, orgulhoso e ameaçador em simultâneo, servia de envelope para os sons provocados pela boca que tinha a honra de ter a mim como mestre.
Um olhar de soslaio, ainda perseguido pelo mesmo sorriso, idealmente perceberia a lama convergindo para a realeza do povo esquecido, desejando-a tê-la sob seu poder mais uma vez. Estaria de costas para ela, observando aquela que fiquei encarregada de guardar. Convencendo-me silenciosamente que, caso capturada, a ameaça teria uma senhora moeda de barganha.
- Não que barganha funcione muito com o velho Kaneki... - Susurraria para mim mesmo, essas palavras apagariam qualquer sombra de paz que pudesse existir no rosto, deixando sobre a soberania absoluta de uma feição bestial, o cartão postal de alguém que não tem, ironicamente, medo de colocar as mãos na lama.
Saltaria com o impulso das pernas para o alto, seria um mortal para trás ausente de qualquer medo de encarar a lama de frente. Na verdade, se repousasse qualquer sentimento por trás do ato, seria desejo.
Desejo provar a superioridade da técnica símia perante a técnica humana... Mais uma vez.
- Previsível... - Falaria enquanto buscaria me transformar novamente no Bastão Adamantino e, logo em seguida, multiplicando-me em dezenas de bastões, todos ecoando a glória de seu Jutsu gênese por interlúdio Parede de Prisão Adamantina. Um castelo seria feito com eles, um que teria suas peças voando em direção a lama, cercando-a e colocando-a sobre suas paredes enquanto se formava. Um Castelo Adamantino, seria o mais apropriado.
O Rei nunca teve muita criatividade para essa técnica, uma pena.
Os bastões, cortariam o ar em alta velocidade, prendendo a lama em um castelo que não admitia frestas, sendo completamente vedado. Podia se mexer o quando quiser, consumir tudo à sua volta, a durabilidade dessa técnica ancestral não iria ceder diante a pressão de uma simples poça que se recusa a obedecer as leis da natureza.
Não que eu - ou meus, clones - estivesse em posição de reclamar disso.
Se o castelo estivesse no ar, com a lama presa sobre suas estruturas negras, ele iria cair em alta velocidade, procurando se afundar nas entranhas da terra.
Caso possível, iria enviar apenas meus clones, são dezenas e dezenas para fazer a prisão. Iria idealmente, após que a prisão fosse feita, retornar a minha forma original e deixar que a gravidade sentisse o gosto do meu corpo, levando-me de volta para o solo, para próximo da sacerdotisa escarlate. Iria, nesse cenário, amara-lá e pega-lá gentilmente com a cauda.
Olharia para o céu, dando uma rápida espiada no velho amigo que agora, como outrora fez, tornou-se um arauto da morte, decido em terminar esse jogo em um verdadeiro "tudo ou nada". Um pouco de apreensão sufoca meus ossos, todos cientes do que está por vir, do que espera o mundo daqui a poucos e lépidos instantes.
- Espero, velho amigo, que saiba disso: as chamas negras não irão apenas consumir sua inimiga mas também, sua alma cedo ou tarde... - Anunciaria baixinho, sem grunhidos acompanhando as palavras, enfeitando-as com uma ira contida. Em seu lugar, não há nenhum barulho, apenas o pesar absoluto.
Esses sussurros se perdem ao vento, já esquecidos, enquanto volta a missão original: chegar ao mais novo aprendiz de Kaneki, torcendo para que não se revele mais um cadáver a enterrar ao lado da pequena Kim. Estaria, no percurso, atento e pronto para desviar de qualquer ofensiva que surgisse de súbito.

Maquiavel POV

A eletricidade não vai manter a lama sob controle, a paralisia vai passar ao preço de alguns momentos. Esse é o presente que se desenha sobre os olhos carmesim e embora fosse no presente que vivo, sou atraído pelo vento de um passado recém tornado assim pelo tempo. Lembro, entre o espaço de um instante ou outro, aquilo que se passava outrora em meu olhar. Enquanto continha a lama com minhas habilidades telecinéticas, colocando-a sob o jugo de casulo invisível, notei que ela parecia lutar não exatamente para escapar de meu domínio, mas sim, para alcançar algo que está para além dessa cena, para além de onde estou atualmente.
O Akagan, uma cria de experimentos que ainda me assombram em meio a pesadelos noturnos, pode registrar para onde ela queria ir: para onde seus "passos" quase amorfos pretendiam que fosse seu destino. não era eu ou tampouco Asami. Parecia querer ir para mais distante, ou, ao menos, era isso que seus padrões de movimento contorcidos indicavam. Ela queria saltar para o alto, cortar o vento para o elemento mais distante desse caos. A maneira extrema em que se contorcem, quase como se estivesse olhando para ela neste recôndito esquecido não me deixava dúvidas, a lama ansiava pela prisioneira de nossa inimiga.
Ela desejava Rize, quase como se fosse uma parte de seu organismo. Como seu pequeno "irmãozinho".
Idem a Hyu com "Hinna"... Será que Hinna  e Hyuuga se tornaram uma agora? isso explica a reação da lama. Não a vejo, Hinna, em lugar algum e um ser não pode simplesmente desaparecer. Curioso.

A vontade de Hyu por sua irmã, independente do que ele fosse, beirava a obsessão. Somente uma força externa a sua vontade, sobrenatural no conceito estrito da palavra, poderia impedi-lo de se encontrar com ela.
Com a mão livre, procuraria em minhas vestes clérigas - estranhamente ainda límpidas como o céu perante essa loucura, como a luz da Razão sobre o caos dos instintos humanos e emoções desagradáveis - o instrumento de Diapasão Sônico. tẽ-lo frio sobre minha palma, pequeno e discreto, traz a boca silenciosa e pálida que tenho, o gosto da reprovação de King. Ele não admitiria que usasse tais modernidades, acreditando que isso é uma impureza do caminho Shinobi.
Por um instantes apertei a mão, pensando em guardá-lo novamente. Honrar a vontade de um fantasma mas, como o sopro do vento, isso logo me atravessou e se tornou passado.
Um ninja deve usar todas as armas a sua disposição, não?
O instrumento de Diapasão Sônico seria jogado por mim na maior concentração de lama que meus olhos pudessem encontrar, deixando-o afundar em suas entranhas. Se necessário, para tal, usaria a Técnica Telecinética, para afundá-lo mas, acredito, que a gravidade e as próprias propriedades da lama farão o serviço de graça.
A natureza, semelhante às pessoas, é dolorosamente previsível para quem sabe lê-lá.
Logo em seguida, colocaria os fones de ouvido do traje em uso. Abafando um pouco o som, no intuito de melhorar minha concentração ao me exorcizar de maiores distrações sonoras.
Com a mão livre novamente, começaria erguê-la para o alto enquanto a Técnica Telecinética, amplificada pela Energia Gelel, espelharia o movimento sobre toda a lama outrora concentrada em apenas um ponto de convergência. Aproveitando os derradeiros instantes de dormência de meu obstáculo mais recente. Voltaria meu corpo para o campo de batalha, localizando Rize no mar de destruição que um dia foi uma floresta. Com toda a força telecinética, lançaria a lama em sua direção, esperando que caísse sobre seu corpo flutuante e cativo da estranha. O instrumento de Diapasão Sônico estaria desativado, escondido nas entranhas da poça viva.
A Sombra da Tempestade Negra, presente em minha mão dominante, iria em uníssono ser lançada em um golpe rápido, em direção a esfera de inscrições presa a árvore próxima, com o intuito de cortá-la ao meio enquanto, se possível, permaneceria no mesmo lugar. Ela seria lançada como um projetil e esparava que, a comunhão entre a velocidade do ataque e o Aço Negro fosse o suficiente para perfura-lá, partindo-a ao meio e dando fim a harmonia das inscrições. A ideia era simples, os selamentos (pelo que observei de Asami) são um código, muito semelhante a Selos de Mão. Quebre o código, quebra a sequência de selos, o efeito irá se esvair... Ao menos, na teoria.
A teoria é tudo que tenho agora.
A esfera é a única coisa externa, sobrenatural, que vejo como possível de está impedindo o ímpeto da lama, sua vontade original. Retire-a da equação e essa poça volta ao seu intuito: reunir-se com sua cara metade. O que, agora, é a Hyuuga suponho.  

Mesmo que não dê certo a estratégia da esfera, buscaria a distância (com ajuda do Akagan) ativar o instrumento de Diapasão Sônico com um toque de força telecinética (Usando a Técnica Telecinética para tal, Jutsu feito exclusivamente com a Energia Gelel nesse caso), mexendo-o delicadamente para produzir som e alcançar a ruiva, idealmente a distraindo por alguns poucos instantes. Buscaria ativar o instrumento se o mesmo não alcançasse o meu superior imediato. Algo que, por ele, está coberto pela lama, afundando em seu interior e próximo tanto de Rize quanto de sua carcereira, cálculo que não poderá afetá-lo realmente. É um equipamento de curto alcance.

A estranha não deve esperar um ataque meu, não quando tem um Jounin a se preocupar. Estou à margem da equação... Um número indiferente. Junte isso ao fato de que o som é algo etéreo, não físico... Campo algum, que não seja especificamente feito para isso, não deveria ser capaz de contê-lo. A julgar de como reagiu às explosões de Ishida, esse não deve ser o caso.

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Equipamentos Usados:

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[Ilusionista] Missão B - Time 13 - Página 3 Empty Re: [Ilusionista] Missão B - Time 13

Mensagem por Shinju Seg Ago 12, 2024 3:59 am

A onda de lama avançava rapidamente, determinada a alcançar o Príncipe Símio. Mas os músculos poderosos de Yama agiam a seu favor, pois quando uma simples lama poderia se equiparar ao agraciado Príncipe dos Macacos? Nunca!

Carregando Asami em seus braços, o símio executava um salto gracioso, rodopiando no ar antes de pousar em uma árvore nas proximidades, próxima ao jovem Jaavas. Do galho alto onde havia deixado Asami, Yama saltava mais uma vez. Durante o movimento, sua forma se alterava, trazendo à existência o imponente Bastão Adamantino.

Com determinação, Yama rumava contra a grotesca onda de lama. Antes do impacto entre os dois, ele se multiplicava, criando inúmeras cópias do bastão. Como cometas, os bastões caíam do céu em alta velocidade, fincando-se no solo com tanta força que criavam pequenas crateras ao redor.

Rapidamente, os bastões começaram a se reorganizar. A primeira estrutura a surgir foi uma densa parede, que se ergueu para enfrentar a onda. A lama colidiu com a barreira, recuando momentaneamente, mas logo retomou seu avanço. No entanto, já era tarde demais.

Os bastões continuaram a se rearranjar, fechando a lama em um magnífico castelo, uma prisão inescapável que a aprisionaria dali em diante.

Yama, agora em sua forma bípede, pousava suavemente no solo, observando com satisfação o trabalho bem-feito. O Príncipe Símio contemplava sua criação, um monumento à sua destreza e poder. Isso antes de virar seu rosto para o que viria a seguir...

O Jaavas, assim como Yama, não podia se dar ao luxo de respirar fundo. A segurança de sua amada era garantida, mas a batalha estava longe de terminar. Maquiavel já havia ativado seus fones de ouvido, se isolando do caos sonoro ao redor. Seus pensamentos eram um turbilhão de estratégia e lembranças, enquanto a Técnica Telecinética conduzia o equipamento estranho em direção à lama eletrificada, que ainda lutava contra a paralisia.

O impacto do equipamento na lama, crepitante com eletricidade residual, não causou uma reação imediata, dada a paralisia momentânea. No entanto, Maquiavel sabia que esse estado era temporário. A batalha era travada em duas frentes: a física e a mental. Seu olhar se estreitou, focado na esfera de inscrições que, de alguma forma, influenciava toda a massa de lama agora dividida.

Com um movimento preciso, ele girou a espada negra em suas mãos, uma arma forjada de aço negro, cuja lâmina refletia as sombras ao redor. O zumbido agudo da espada cortando o ar foi seguido pelo som surdo ao atingir a esfera. No entanto, a força física de Maquiavel, apesar de sua destreza, não foi suficiente para penetrar profundamente na esfera. O aço negro, embora afiado, conseguiu apenas riscar a lateral da esfera e se fincar na madeira da árvore atrás.

Um breve momento de frustração passou por sua mente, mas ele rapidamente o descartou. Não havia tempo para se lamentar por uma falha que, na verdade, pouco alteraria o curso da batalha. Ele sabia que, mesmo que a esfera não tivesse sido destruída, seu verdadeiro foco estava na outra frente de combate.

A força da mente de Maquiavel se intensificou. Suas mãos se ergueram, e ele puxou a massa de lama com toda a sua telecinese, amplificada pela Energia Gelel. A luta contra a própria natureza da lama era feroz, mas ele não se deixava abalar. Seus olhos, brilhando com o poder do Akagan, procuravam qualquer sinal de resistência. O garoto arrastava a lama em direção a Rize e Maschenny, consciente de que cada segundo era crucial....

O campo de batalha é um cenário onde a incerteza reina soberana. Para Kaneki, essa incerteza era uma velha conhecida, algo com o qual ele já aprendera a lidar. Seus olhos, rubros como sangue derramado, haviam lhe dado mais uma chance de moldar o futuro, de ver além do agora e manipular o destino a seu favor. O Sharingan, com sua habilidade quase profética, permitia que ele vislumbrasse segundos à frente, uma vantagem que, naquele momento, seria crucial.

As inscrições intricadas começaram a tomar forma no corpo de Maschenny, enquanto as correntes de chakra, se materializavam em suas costas. No entanto, Kaneki estava um passo à frente. Ele sabia que aquelas correntes não passariam de um sonho interrompido, uma possibilidade que nunca chegaria a se concretizar. Dentro de seu corpo, selos de energia se formavam em uma sinfonia de aço e papel, uma profusão de inscrições antagônicas prontas para desfazer o trabalho da Uzumaki.

As mãos negras que flutuavam ao redor de Maschenny, sinistras e ameaçadoras, finalmente revelaram seu propósito. Em meio à fumaça que já pairava sobre o campo, elas avançaram com explosões, aumentando a névoa ao seu redor e confundindo os sentidos da ruiva. As garras grotescas, agora reforçadas pelas novas folhas de papel carregando os selos de Kaneki, investiram contra ela. A primeira garra agarrou Maschenny pela lateral direita, arrastando seu corpo para o lado com uma força brutal. Um gemido escapou por entre seus lábios, mas ela confiava que sua "armadura" de selos a protegeria. Estava focada em trazer suas correntes ao mundo, mas o destino já havia sido selado.

Maschenny, ao perceber que suas inscrições protetoras começavam a desmoronar como vidro estilhaçado, instintivamente apertou ainda mais a jovem Hyuuga em seus braços, como uma leoa protegendo sua cria. Outra garra emergiu pela esquerda, agarrando suas pernas com um puxão que quase a derrubou. Enquanto suas defesas eram destruídas, as garras de Kaneki se multiplicavam, espalhando-se por todo o seu corpo, como uma horda de demônios famintos.

No entanto, essa batalha de selamentos não era uma via de mão única. As inscrições de Maschenny, enquanto eram desativadas, também desativavam as de Kaneki. Ele sentiu a conexão com suas folhas de papel enfraquecer, mas isso não o preocupou. Mesmo desconectadas, as folhas ainda cumpririam seu propósito. Era nesse momento que duas coisas ocorriam coincidentemente ou não.

As inscrições que fortaleciam o elo entre Maschenny e Rize ruiam, os selos das muitas mãos em seu corpo quebravam cada uma delas, mas isso por si só não faria a Uzumaki abdicar da jovem. Era então que lama surgia proxima as duas! Maquiavel ativou o estranho equipamento enterrado no interior da lama. Um sorriso frio se formou noz lábios do garoto ao imaginar a surpresa de seus oponentes. O Diapasão Sônico emitiria sua nota aguda, vibrando através das entranhas da lama, reverberando em todas as direções.

O som agudo, a vantagem tatica de Maquiavel, forçava Maschenny a se recolher por um segundo, segundo esse que somado a todo o caos deixava Rize escapar se seus dedos. A jovem Hyuuga caia rolando a alguns metros da Uzumaki incrédula.

Tal feito ocorria enquanto as garras se fixavam no corpo da Uzumaki, pressionando e cortando sua pele, Kaneki sentiu o chakra fluir para seus olhos, uma concentração tão intensa que parecia viva, ansiando por liberdade. Os três tomoes do Sharingan giraram violentamente, até que se fundiram em um único ponto negro, dando lugar ao poder absoluto... Por um breve instante, o caos cessou. As garras pararam de se multiplicar, e o tempo pareceu congelar, como se a própria vida e a morte estivessem em uma conversa silenciosa. Maschenny e Kaneki se encaravam, mesmo separados pela distância. Seus olhares se encontraram, carregando a compreensão mútua de seus destinos e do inevitável que estava por vir.

O brilho intenso do Mangekyou Sharingan se revelava em um padrão raro, algo que poucos jamais presenciaram. Para Maschenny, os olhos de Kaneki surgiam como dois sóis no horizonte, sinalizando um futuro sombrio e inevitável.

Os olhos de Kaneki, naquela altura, já não podiam ser iludidos. Enquanto a Uzumaki o encarava, algo parecia brilhar nas profundezas de sua alma, como se uma força oculta ainda estivesse para emergir.

Uma fagulha negra se formava do nada, tal fagulha se desencadeava em uma profusão de chamas vindas diretamente dos cantos mais sombrios da alma de kaneki, vindas das chamas mais terríveis de seus pesadelos. Maschenny ardia enquanto lágrimas vermelhas eram derramadas por Kaneki!

Do céu, o jounnim descia aos poucos enquanto as chamas negras consumiam sua oponente. Maschenny era consumida, pele, carne, sangue, seus pulmões ardiam, seus órgãos entravam em um estado de quase derretimento. Não sobraria nada dela, não deveria sobrar...Os olhos do Ishida piscavam entre a ativação e desativação do Sharingan, lutando para manter o foco.

Ao tocar o solo, seu corpo cedeu, desabando com um peso que parecia carregar todo o desgaste da batalha. Ele precisava de um momento, um suspiro de paz. A armadura de aço que o revestia desapareceu, e as folhas ao seu redor caíram suavemente ao chão. Kaneki era novamente apenas carne e sangue, o mesmo sangue que agora escorria de seus olhos, manchando a grama devastada.

Com as mãos trêmulas, ele alcançou o bolso e retirou algumas pílulas, que engoliu sem hesitar. Kaneki sabia melhor do que ninguém o preço que estava pagando por aquele combate.

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[Ilusionista] Missão B - Time 13 - Página 3 Empty Re: [Ilusionista] Missão B - Time 13

Mensagem por Ilusionista Qua Ago 14, 2024 12:29 pm

Yama - O Príncipe Macaco

Não preciso de Sharingan para perceber o que é o ponto caído no horizonte, cercado por uma procissão de folhas e um pouco de sangue. Kaneki está em seu limite mas, ainda sim, mantém a cabeça direcionada para onde Maschenny tombou depois de receber o doce beijo da gravidade. A experiência e cautela gritam em sua mente, dizendo em alto e bom som para não se descuidar. Kunoichis desse nível pode ter um truque na manga, mesmo quando a morte praticamente já envolveu seu corpo.
Infelizmente, o invólucro de carne de Kaneki não é capaz de fazer a vontade do bom senso shinobi por inteiro, perdendo sua brilhante luz de sangue quase imediatamente depois que o mesmo regressou à terra. Ainda sim, posso sentir, a íris amarelada de lobo perseguir as chamas, refletindo-as como o eco de sua própria alma, quase fascinadas com a pantomima silenciosa. Sei bem, devido a conviver tanto com o antigo Kaneki, que nada é melhor para um assassino do que admirar um trabalho bem feito.
Principalmente um tão penoso e demorado como aquele.
Próximo de mim, somente escuto passos envoltos em chakra. A Técnica de Correr em Obstáculos era idealmente usada para subir até onde a sacerdotisa descansará, ainda nas brumas do sonho.
Ou do pesadelo... Nunca se sabe de fato.
Esse garoto era estranho, ao olhá-lo de soslaio enquanto se aproximaria da nobreza do País dos Demônios, notei que ele não se impressionou com o Amaterasu ou, ao menos, não o demonstrará. Qualquer Gennin que se preze ficaria momentaneamente paralisado com tamanho poder, seja por medo ou puro fascínio. Mas, ele não. Aquilo era bizarro. O jovem de óculos apenas observará a ruiva, parecendo olhar para dentro de sua energia vital e garantir que tudo lá esteja minimamente estável. Uma inspeção metódica por ferimentos também era feita, em uma mistura de silêncio e objetividade que não deveriam pertencer a humanos ou qualquer outro conjunto de seres vivos.
Pergunto-me se ele fazia isso, era tão insensível aos arredores, por amor a sacerdotisa ou por uma ausência absoluta de emoções.
Aposto mais na segunda.
Um brilho vermelho timidamente escapará de seus olhos enquanto fazia sua análise da sacerdotisa, um brilho que se extinguiu assim a ação se deu um fim.
Os olhos carmesim se desligariam.

Uma única virada de rosto distante do Kaneki em minha direção era o suficiente para saber o que deveria ser feito. Anos de luta em conjunto tem suas vantagens, tornam palavras um acessório útil. Começaria a correr usando meus quatro metros e, em alta velocidade, alcançaria a região onde repousará Maschenny e Rize. O vento batia violentamente em meus pelos, trazendo uma sombra da adrenalina consigo. Uma emoção quente que quase abafa o fato, o tédio avassalador, de não ter participado da batalha. Seria demais pedir um lugarzinho no show principal?
Quando estivesse próximo, saltaria com força e elegância típica e automática dos Símios em direção a Maschenny e a lama que ficará vicinal a ele, metamorfoseando-me mais uma vez no Bastão Adamantino no processo. Nada que é bom e belo deve ser visto apenas uma vez, não acha? O Bastão Adamantino, graças à Parede de Prisão Adamantina, multiplica-se em centenas mais. Caíriam com um grande estrondor no solo assumindo primeiramente a forma de uma vasta parede que brilha sobre o sol, reluzindo em glória e poder sem igual. A parede se faria presente na frente da ruiva, agora mais chamas do que carne de fato aposto.
Em seguida, a parede se reconfiguraria em uma vasta e profunda pirâmide sem frestas, totalmente uniforme. A Pirâmide Adamantina tinha como missão alcançar e prender tanto Maschenny quanto a lama atrás dela, prendendo-as em seu túmulo último. Sei que a primeira está basicamente morta, um churrasco que se recusa tristemente a aceitar sua condição, ainda vítima de alguns espasmos inúteis provavelmente. O segundo elemento, nem deve ser capaz de pensar para começo de conversa. Independente disso, deveriam ficar felizes, são poucos aqueles que têm a honra de ter uma construção símia como lugar de descanso final.
Obviamente, eu, o original, não faria parte da construção, desvinculando-me assim que a multiplicação se deu e, regressando a forma humanoide, retornaria para o solo. Deixaria a gravidade fazer o trabalho e simplesmente pousaria na terra, levantando um manto de fumaça com o impacto no processo.
Afinal, todo príncipe que se preze precisa de um bom manto.
Enquanto a fumaça se esvaia e a pirâmide rapidamente se formava, poderia vislumbrar Maschenny, a jovem tola que desafiou Kaneki, ardendo em chamas negras. Os lugares de incisões das folhas, as depressões que permitiam o fogo adentrar internamente sua vítima e cozinhar os órgãos que outrora lhe deram vida, eram nítidos. A simples imagem mental deles sendo devorados enquanto um grito sequer escapava dos lábios da ruiva, dando alguma vazão a sua dor, faz-me virar o rosto por um instante.
Kaneki não precisava fazer isso, ser tão impiedoso.
Mas, o assassino do Origami Negro, sim.
Ele vive disso... Talvez, até adore isso. Quem sabe, meu velho amigo não estivesse olhando as chamas negras fazendo seu trabalho simplesmente por esperar que Maschenny tivesse uma cartada de despedida.
Quem sabe, ele somente goste de ver o sangue fervendo e a pele entrando em erupção em um piscar fugidio de olhos, um que sela tanto sua vida quanto sua morte.
Afastei rapidamente tais pensamentos e, com a pirâmide selada em absoluto, apromaria-me de Rize e a pegaria com a cauda, começando a correr de volta, indo em direção a Kaneki.
- Obrigado, Yama. - Ele diria ainda fraco, mas sem perder de vista a pirâmide. Talvez, silenciosamente imaginando as chamas consumindo o restante cadavérico de sua inimiga. A essa altura, eu estaria ao seu lado, depositando com minha cauda musculada e elegante a Rize sobre seu lado na grama, a única coisa que os separa era uma pequena poça de sangue. Poça essa cerzida pelas lágrimas de Kaneki, resquícios de seu segundo batismo.
- Você se tornou muito hesitante, Kaneki. Se tivesse começado com isso, tudo teria acabado mais cedo. E com menos perdas. - Falaria sério enquanto Kaneki, com seus olhos de lobo, finalmente se despede da visão da pirâmide e de Maschenny ardendo em chamas para se concentrar em Rize. Ele faria um esforço para se aproximar de sua filha e, ainda trêmulo, senta-se ao seu lado. Checaria cada centímetro de seu corpo, em busca de ferimentos e suspiraria aliviado ao perceber que o único mal imediato que lhe ameaça são os pesadelos em potencial que o sono traz.
Ele beijaria sua testa, idem a um pai com uma filha. Ao regressar do ato, notaria um pequeno ponto na mesma região, um tímido desenho negro que rouba sua atenção por uns bons intantes. Ishida o analisaria com cuidado e somente sairia desse estado quando eu o chamasse.
- Por sinal, a sacerdotisa do País dos Demônios e o garoto estão bem... Mas, velho amigo, não se é possível sair de uma missão como essa igual a como se entrou. Seus filhos estarão diferentes. - Anunciaria com um tom amigável, mas sério e sem rodeios. Não tenho paciência para o lenga lenga dos humanos, é perda de tempo. Kaneki finalmente tirá os olhos de Rize e do estranho símbolo na testa, fitando-me com cansaço mas também, seriedade. Ele sabia disso que estou falando melhor que ninguém mas, de alguma forma, é diferente para os humanos quando se escuta obviedades com essa em voz alta. - E você já está.
Isso ele também sabia melhor do que ninguém.
Enquanto o som dessas últimas palavras escapam da boca, volto a olhar a pirâmide adamantina, aguardando para ver se terá mais alguma surpresa ou se finalmente, tudo isso se perderá em chamas negras.


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Mensagem por Shinju Qui Ago 15, 2024 11:52 pm

Kaneki, apesar de estar no limite, mantinha a cabeça direcionada para onde Maschenny tombará após a batalha, ele observa atentamente as chamas devastando seu corpo. A experiência e cautela alertavam o jounnin para não se descuidar, considerando que uma kunoichi desse nível poderia ter algum truque final. E de fato, possuia.

No entanto, o corpo de Kaneki já estava exausto, e sua luz quase se extinguiu após retornar à terra. Seus olhos de lobo seguiam as chamas, refletindo-as com intensidade e quase prazer podia ser observado em seus olhos. Yama observava a cena em silêncio, notando a aproximação de Maquiavel, que alcançava a árvore onde a sacerdotisa desacordada repousava.

Maquiavel parecia alheio ao poder do Amaterasu, demonstrando uma inspeção metódica em busca de ferimentos em Asami. Uma troca de olhares entre Kaneki e Yama indicava o próximo passo. Yama, em alta velocidade, alcançou a região onde Maschenny e Rize estavam, saltando com força e se transformando no Bastão Adamantino.

No entanto, antes que a transformação pudesse ser finalizada, correntes negras emergiram do solo ao redor de Maschenny, movendo-se com incrível velocidade. Elas agarraram Yama em pleno ar, impedindo sua transformação e prendendo seus movimentos. As correntes então se espalharam, avançando em direção a Rize, Kaneki, Asami e Maquiavel!

O jovem Jaavas, ouvia o estalo nas raizes da árvore que começava a tombar desequilibrando tanto ele quanto Asami. As correntes nasciam do chão agarrando a sacerdotisa de supetão, e mesmo que as vestes de Maquiavel se tornassem uma especie de armadura protetiva, elas simplesmente retornavam a sua normalidade apenas pelo toque das correntes. Assim como Asami, Maquiavel era capturado.

Rize, assim como Yama era capturada quase instantemente, ja que esta estava Inconsciente e desprotegida. Aquilo as olhos de Kaneki apenas davam ao Jounnin angustia e desespero. Desespero esse que crescia quando o solo abaixo dele estalava e uma corrente surgia por debaixo de seu corpo o atando e levando seu ser ao alto enquanto se envolvia nele.

Maschenny, mesmo enfraquecida, usou suas últimas forças para invocar as correntes, revelando um último recurso. Seu corpo estava coberto por um tom negro, marcado por desenhos que lembravam uma caveira, conferindo-lhe uma aparência assustadora e mística. Em sua testa, um selo hexagonal brilhava intensamente, indicando o poder oculto que ainda restava nela.

Com todos imobilizados, a pirâmide que Yama tentara formar fora substituída pela prisão das correntes que envolviam cada um dos presentes. A kunoichi sorriu levemente, satisfeita com a reviravolta final, mesmo que sua forma fosse vez ou outra ocultada pelas chamas que ainda queimavam seu corpo.

Kaneki lutou contra as correntes, tentando libertar-se, mas suas forças estavam quase esgotadas. Yama também se debatia, mas as correntes eram incrivelmente resistentes, não cedendo sob sua força bruta. Maquiavel, por outro lado, se mantinha calmo, analisando a situação enquanto suas opções se esgotavam.

Com todos capturados e imobilizados, a batalha chegou a um impasse, e o destino dos envolvidos ficou pendente, à mercê das forças ocultas que Maschenny ainda mantinha.

A ruiva estendia sua mão, cadaverica e em chamas, uma esfera negra, semelhante aquela que Maquiavel uma vez teve em sua posse, se formava e em segundos as chamas negras eram atraidas e consumidas, desaparecendo. Quando seu corpo nu ficava completamente a mostra, cada ferimento e queimadura começará a desaparecer, a pele negra como onix, manchada com desenhos de caveira pareciam gritar por vitória. Mas aquilo era sem dúvida o menor dos problemas, o selo em sua testa se abria, derramando pela face de Maschenny. - Não vê? De que adiantou tudo isso? Você, Kaneki, apenas causou mortes desnecessárias - Maschenny mordia seu dedo e sangue pingava. A fumaça trazia um corpo completamente carbonizado diante de Maschenny - Seu nome é Auris, uma de minhas 12 dissipulas...Que descanse em paz, nas graças dele - Ela fazia uma reverência enquanto observava a jovem recolhida em posição fetal, seu corpo agora era apenas carvão - Pois bem, farei então o que deve ser feito - As correntes puxavam todos ali presentes para mais perto de Maschenny...

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[Ilusionista] Missão B - Time 13 - Página 3 Empty Re: [Ilusionista] Missão B - Time 13

Mensagem por Ilusionista Qua Ago 28, 2024 4:23 pm

Maquiavel POV

Não sinto minha força esvair, mas o toque das correntes parece ter adormecido a técnica de defesa imediatamente ao contato. Isso sugere um bloqueio de chakra... Interessante.

As correntes engolem meu corpo, em particular o torso. O primeiro impulso físico é a súbita ausência de ar vide o baque contra o peito. O oxigênio foge de mim por um instante que flerta com o eterno. Quando volto a mim, estou no chão, experimentando a carne de meu corpo ser desejada pelas correntes. Uma sede de sangue contida pela armadura que uso, sufocada até virar um fugaz incomôdo rente as vestes cerzidas entre tecidos de alta qualidade e Aço Negro. Sei bem que se fosse pelo manto, estaria agora nadando no vermelho que corre em minhas veias, sentindo o sabor metálico passeando pela pele exposta a olhos vistos.
Olhando para frente percebi o símio lutando violentamente contra correntes. Ela o envolvia mais intensamente, percebendo-o como uma maior ameaça. Apesar de tudo, sou um Gennin e tal acunha me permite o ardil da aparente fraqueza. Ishida, estando visivelmente exaurido de suas forças, também não é uma ameaça. Apenas ele, o macaco de dois metros, é um perigo óbvio. Mas, independente de sua altura ou proeza, nada que fizesse intimidava as correntes, quebrá-las exigiria muito mais.
Algo que ele, entre golpes e rugidos de fúria, sabia muito bem.
As Lentes da Verdade, ainda posicionadas na função de Leitura de Chakra, iria trazer a realidade um fato que, se não fosse por elas, permaneceria oculto. O Chakra do símio aumentaria gradualmente, como se estivesse quebrando discretamente os limites que a própria natureza colocou sobre o corpo. Quase como se, temendo a ambição mortal, ela colocasse freios de segurança. Portões que, nesse exato momento, estariam sendo quebrados um a um.
Ele só precisa de tempo, uma distração.


Se Ninjutsu não funciona, Genjutsu deve ser igualmente fútil. Não tenho força para combater as correntes, o que me deixa com uma única solução para a equação. Yama, a julgar com ele fez questão de orgulhosamente dizer o titulo que carrega ao surgir, não irá deixar a esmo está preso, humilhado por correntes… Não, pessoas assim, precisam limpar sua honra de algum modo… Mais precisamente, com sangue.

Mexo nas mangas, deixando cair pela direita mais um exemplar pequeno e discreto do instrumento de Diapasão Sônico. Ele repousaria na mão suavemente, agarrando por dedos firmes que aparentavam tentar engarrafar o tempo enquanto ele, insensivelmente, esvair-se entre os dedos. Simultaneamente, a mão dominante, esforçaria-se para subir até os fones de ouvidos e desativá-los momentaneamente. Aproveitando a viagem para também acionar o rádio, abrindo um canal com Ishida.
A mão, durante todo o percurso, exprimia-se entre correntes, recebendo cortes em toda parte que não fosse abençoada pelo manto. Nessas frações desafortunadas, o caráter rubro e ardente da carne estaria vívido, querendo conquistar para si gritos que jamais viriam. Por mais breves e naturais que fossem, tida a situação que me envolvia, o treinamento que sofri não permitiria.
- Desligue o rádio, use seus papeis bombas contra Rize. - Diria friamente, enquanto deixava a corrente me levar sem fazer a menor resistência.

Um pandemônio de correntes circulavam Maschenny, ainda ardendo em chamas. Nenhum grito se fazia dela, tampouco nenhuma expressão de dor se juntará a seu rosto. Estava ali, nua em absoluto, como todos nós viemos ao mundo. Poderia se ver seus músculos, seus ossos, dançando sobre o fogo, sendo consumido por ele em uma orgia infernal. O que os olhos poderiam outrora ter convencido-se de ser belo, uma jovem ruiva que, em alguns traços, lembrava Asami, agora se revela apenas como um monte de carne deformada, um pesadelo que escapará do mundo dos sonhos e se instalará, a contragosto, no mundo dos vivos e ali ficaria, não importando o chamado da lógica e da Razão sobre sua presença.
Não importando os gritos da morte, o bater de asas do ceifeiro, bem a sua espreita. Algo a fazia permanecer no mundo dos vivos, afastando a mortalidade, a irritante mortalidade humana, de seu encalço.
A única que ficaria em suas proximidades em um primeiro momento, a única que possuia permissão de está ao seu lado - de sentar ao seu lado nesse castelo de chamas negras e correntes metálicas - é Rize Hyuuga.
O objeto de seu fanatismo, a distração perfeita se usada apropriadamente.

Com a mão dominante, colocaria o volume do rádio no máximo, abrindo um canal com Rize que, sendo a forma encanada da fé de Maschenny, deveria estar ao seu lado. Em seguida, com a mesma mão, acionaria os fones de ouvido novamente, tornando-me alheio ao mundo sonoro que me cerca mais uma vez.
Passaria o braço esquerdo pelo rosto, posicionando o equipamento com destreza ao lado do rádio que se encontraria ligado no volume máximo. A ideia é simples, nosso canal - o canal de comunicação do Time 13 - é conectado. Uma vez que  Maschenny não se distanciaria de Rize, qualquer coisa transmitida pelo rádio em volume máximo seria captada por seus ouvidos. O que inclui, em teoria, as ondas do Diapasão Sônico. O alto volume ainda pode, em tese, amplificar o efeito e mesmo que isso não aconteça, ainda poderá permitir que tais perturbações entre pelos sentidos e façam o que foram projetados para fazer.
Distrair-lá, quebrar sua atenção.
Como última jogada nesse xadrez, a medida que me aproximo mais e mais da sina que mora entre correntes e chamas negras, ativo sucessivamente o equipamento sônico e tentando manter o efeito de desorientação consequente pelo máximo de tempo possível.

As chamas e a quase perda de seu objeto de claro fanatismo - a julgar pelo fato de ela proteger Rize, querer ficar sempre próxima dela como uma leoa com sua prole, devem bagunçar seu raciocínio e fazer seu instinto de proteção aguçar, aguçar demasiadamente. Como o primeiro instrumento de Diapasão Sônico fora coberto em lama, não deve ter saltado aos olhos e portanto, a origem de tal efeito - a desorientação sonora - ainda deve ter algum fator surpresa. Ao menos, o suficiente para ganhar tempo. Foi tudo tão rápido que uma medida de proteção não pode ter sido instalada a tempo.




Kaneki POV

As palavras de Maquiavel eram tímidas, pareciam se arrastar por baixo dos lábios a contragosto. Porém, seus comandos, ocultavam uma confiança que somente um Shinobi experiente é capaz de detectar. Por trás de brumas de comportamento acanhado, de um silêncio quase absoluto, residia um cérebro como poucos e ele, mesmo a troncos e barrancos, deseja ser ouvido. Almejava que seus filhos, táticas e estratégias diversas, tivessem um impacto na realidade. Uma voz mais intensa e decisiva do que qualquer palavra que pudesse desbravar a boca pálida e praticamente mortiça de Jaavas. Eu, não tendo escolha, terei que segui-lá.
Não me estranha que Maquiavel deseje que Rize seja diretamente alvejada, talvez os muitos anos com Asami tenha o ensinado que não se mexe com o objeto da fé de uma pessoa. Com certeza Yamato deve ter ficado uma fera com as primeiras, certamente inevitáveis, dúvidas de Maquiavel acerca da doutrina dela. Nossa cara Maschenny não deve ser diferente. Mexa com a Hyuuga e assista toda sua atenção se voltar a jovem. Muito bem Jaavas, espero que seu plano não seja somente isso. Seria demasiadamente banal.
Desligaria o rádio instantes após a mensagem, não perdendo tempo com pensamentos sem sentido. Sentia o tempo ruir, arrastado por essas correntes junto ao meu corpo enfraquecido. Os ossos ainda tremem um pouco, sutilmente apenas, enquanto dão voz a todo o cansaço que lhes chicoteia a cada novo momento nesse mundo. Por sorte, tais gritos silenciosos se perdem, abafados pelo roer das correntes em minha pele. O toque pesado do metal se enrolando nos portais traz vermelhidão onde só existia uma bela cor escura um segundo atrás. A força não era o suficiente para me fazer sangrar, mesmo que, vez ou outra, eu sentisse o líquido em dúvida se deveria ou não desbravar o mundo afora.
Enquanto movimentaria o braço dominante até a bolsa onde se encontra os papéis explosivos, vislumbrei essa dúvida tornar-se certeza. Minha veste era discretamente rasgada em várias partes, todas pertencentes ao braço que aceitara essa missão. As lascas de tecido negro caem ao solo e por de trás deles, encontrava-se ao alcance dos olhos amostras de sangue. A pele era perfurada pela pressão de maneira vaga mas frequente, pintando o meu caminho até a bolsa de vermelho.
Abrindo-a, daria o gatilho em um dos muitos papeis bomba que haveria de repousar lá. Enquanto ele estivesse ainda no processo de despertar, agarraria a bolsa e o endereçaria rapidamente em direção a Rize. Sinto a sombra do que eu era, o velho Kaneki Ishida, debater-se em angústia, sussurrando a gritos que aquilo era loucura. Que tal ato não era de um homem de paz.
Mas aí que está o problema, eu nunca fui um homem de paz realmente. Esses instintos sempre estiveram aqui, bem no fundo, adormecidos. Trancados. E, agora que estão despertos e livres, querem recuperar o tempo perdido. Se antes era a violência que residia entre sussurros fugazes em mim, neste exato momento e todos aqueles que hão de segui-ló, é a paz que está aprisionada a tal posição, servida de uma existência fugaz entre sussurros que moram nas profundezas da consciência e nada mais.
A ideia era simples, lançaria o saco de papeis explosivos em direção a Rize quando estivesse adentrando no domínio da  Maschenny, próximo o bastante para que a fraqueza recente de meus músculos, que certamente gritaram de dor ao fazê-lo, não atrapalhe o lançamento ao mesmo tempo que não tivesse perto o bastante para sofrer com a explosão. Buscaria, além disso, lançar a bolsa de tal modo que  fosse em direção mais próxima de Maschenny e Rize enquanto, se possível, permanecesse mais distante de Yama.  
Quando idealmente o papel bomba acionado finalmente explodisse, todos os demais se acionariam com a fagulha da primeira explosão, criando assim um efeito em cadeia. A Uzumaki veria-se obrigada a proteger Rize, deslocando suas correntes para tal e livrando o caminho para qual é que seja o passo a seguir.

Jovem Maschenny, infelizmente, a fraqueza de qualquer fanático é a fé que, paradoxamente, lhe propociona força. Uma faca de dois gumes, pode-se dizer.

Yama - O Príncipe Macaco

Porque exatamente o Kaneki não usou o Amaterasu mais cedo? Droga, se tivesse lançando de uma vez, quando ainda tinha chakra correndo por esse semblante fraco, não seria pego nessa armadilha humana...

A raiva era palpável, corroia minhas veias e embriaga meus músculos com um ímpeto para a destruição. Todavia, essas correntes, filhas da astúcia nojenta dessa humo sapiens, ousam a resistir ao comando do principe do reino simio. Pior, fazem a blasfêmia de espremerem minha pele, ansiando o sangue nobre que abençoa meu corpo e, através de sua força maldita, são bem sucedidas em saciar seu desejo. Meus membros, maculados com o toque frio do metal, são sufocados até o limite, atravessando a camada superficial da epiderme e trazendo o éter oculto, rubro como o mais puro vinho, aos olhos vistos.
O calor desfila dos braços e pernas até o solo, mantendo a adrenalina mais vívida do que já estava. O chão destruído que serve de plano de fundo para minha desonra tem, paradoxalmente, a honra suprema de acomodar as gotas do que dar razão ao meu ser. Meus membros se debatem entre sangue e raiva pela liberdade, pelo direito de pegar a garganta frágil da fêmea humana e quebra-lá. Olhos amarelos, consumidos pela fúria, sonham acordados com o fragor de seus ossos quebrando sobre meus dedos. Um som que abafa, no tedioso mundo real, o clangor das correntes fazendo frente aquilo que não deveria ser detido.
Sou Yama, o Príncipe Macaco, filho do Rei Macaco Enma e o sucessor direito de vossa excelência. Não deixarei correntes humanas me deterem e certamente não me ajoelhearei à vontade dos Homens.
Jamais.
Fervendo de indignação, ao ponto dessa paixão arder mais do que as feridas que entornam sangue ao chão, concentro-me e um a um dos portões que limitam a verdadeira grandeza seriam quebrados. Com o primeiro portão, não sentia mais do que um leve salto de energia, meu corpo grita mas é um grito abafado, praticamente muda. Essas correntes cometeram a ousadia de tentar silenciar minha vontade, a voz de todo o meu poder. Aquilo somente inflama ainda mais a cólera que já se instalará na alma e lá ficará até que tenha um alvo para lhe servir de depósito, de vazão para a tormenta que rapidamente se formará.
O segundo portão e finalmente o terceiro seriam abertos em sequência. No último, toda a tempestade que se tornou meu ser finalmente revelaria-se a olhos vistos, tornando-se vermelha.
Vermelha como o sangue que a humana ousou tirar de mim.
Vermelha como a poça de restos que ela se tornará depois de sofrer meu decreto real.
O sofrimento absoluto começa a clamar por mim a partir desse ponto, ligamentos se quebram em meio a sinfonia de gritos silenciosos mas continuo, em meio a gritos que não sabem bem o que são: arautos da mais absoluta tempestade ou mensagens da mais suprema dor que um corpo pode sentir de uma vez.
Se eu fosse um humano, eu desmaiaria de angústia, renderia-me aos gritos mas, obviamente, não sou assim tão frágil.
O quarto portão seria aberto em meio aos berros, acredito que libertei chakra o suficiente para quebrar o poder dessa artimanha metálica sobre mim, porém, senão, abriria em sequência o quinto portão - O Portão do Limite. Embora, se tudo corresse como planejado (sequer que isso se possa chamar de planejar, afinal não se planeja uma tempestade), esperava quebrar esse último portão quando já estivesse livre, idealmente em direção ao alvo de minha justa cólera.
Uzumaki Maschenny.
Aproveitaria-me do fato dela ter me capturado tão próxima dela, tendo em vista que eu estava indo em direção a fedelha da Hyuuga, para cair em alta velocidade em sua direção, correndo em direção ao seu pescoço, fazendo serventia do aumento de meus atributos físicos para cortar nossa distância - se é que terá alguma. Estarei pronto para saltar e desviar de qualquer obstáculo que surja, querendo silenciar minha vontade.
A vontade do futuro rei.
Caso não conseguisse vê-lá, por qualquer motivo que fosse, escutaria Maquiavel dizendo sua localização aos berros. Mesmo gritando ele pareceria frio na voz, mortiço, como se as palavras não quisessem estar realmente ali. Imagino que seus óculos, cortesia de meu velho amigo Ishida aposto, devam conseguir adentrar qualquer manto que surja.
Próximo o suficiente iria, entre berros de guerra, capturar seu pescoço flácido e esmagá-lo sem cerimônia, divertindo-me enquanto os pequenos ossos transformariam-se, em um passo de meu desejo, em uma poça líquida aos olhos de suas vísceras. Como uma parte humana ridiculamente sem dureza (e ainda se dizem superior a nós, acredita?) deve ser fácil rompê-lá, demasiadamente fácil.
E certamente, não o suficiente.
Enquanto esmagaria a garganta, usando as duas mãos munidas com minha força máxima, faria o esforço de levantá-la contra o ar, ouvindo o que restou de seus ossos gritar enquanto a arrancaria (arrancaria sua odiosa e humanamente feia, como todas desse gênero são naturalmente, cabeça) rapidamente, fazendo um serviço limpo e eficiente como Kaneki (meu tolo amigo, tão tolo quanto qualquer humano...) deveria ter feito logo de ínicio. Eu sei muito bem a arte de matar, nós simios, fazíamos isso muito antes deles. A ideia era deixá-la sem ar subitamente, com o pensamento turvo e atos atrasados como consequência, enquanto arrancaria sua cabeça com pura força bruta a partir do membro mais frágil desses seres: a garganta.
- Não sei como sobreviveu às chamas negras mas duvido que sobreviva sem sua cabecinha humana...- Diria em grunhidos, com um sorriso diabólico no rosto. Minha voz, embora alta e majestosa como se espera de um príncipe, não era (aos ouvidos meus) mais elevada do que o som de ossos, todos os ossos do meu corpo, gritando em sinfonia a mais velha sinfonia do mundo, conhecida por todos apesar de nńingúem realmente deseja-lá: a sinfonia da dor.
No final de tudo isso estaria com a cabeça dela em minhas mãos, erguendo-a no ar enquanto, idealmente vitorioso, deixava-me banhar no seu éter imundo  por um instante, um segundo que, ao som de uma cabeça sendo espremida pela mão que outrora a segurava contra os gostos da gravidade, acabaria e, sem perder tempo, sem cair nos vícios cerimoniosos da humanidade, esmagaria-a com toda a força de seus dedos.
Contorceria-lhe, sufocando-a até que, sob o jugo de minha palma, existisse apenas uma poça vermelha de sangue e vísceras perdidas.
Tal como sonhei fora o decreto de minha pessoa.
Essa é a vontade do futuro rei.


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