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Mensagem por Shinju Ter Jul 27, 2021 9:11 pm

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Mensagem por Ilusionista Dom Ago 01, 2021 8:39 pm

Maquiavel Treinamento V

Os dedos estão enfachados, se recuperando da tortura que Ebern fez a eles na noite anterior. O mesmo vale para minha carne, aquela arte dos mil cortes vai deixar marcas. Cicatrizes cobertas por minha veste de clérigo de sempre. A roupa branca e com linhas azuladas me faz parecer puro, intocável mas, na verdade, cada corte me deixa imerso em uma dor silenciosa. Imerso em um sentimento que meus lábios são proibidos de darem vida. Porém, meus ossos ainda sim me traem. Eles regem, eles suplicam, diante do sofrimento que existe entre eles e, mesmo assim, não podem ser ditos.
Vento bate em meus cabelos, eu estava perante uma montanha que existia nos terrenos de meu campo de treinamento. Uma montanha íngreme, difícil de ser escalada de qualquer forma ou condição. Os ossos sofrendo, os meus dentes rebeldes regendo, era mais um peso contra mim jogado na balança que se perde entre tantos outros mais. Assim era a vida, a vida que nem realmente era minha. Relembrando as palavras do Corvo Mensageiro na minha mente, que eu estaria sempre em vigilância ou em uma missão que nem mesmo escolhi, uma dúvida cruel nasce. Uma indagação que não ver lados enquanto atravessa as viverás de meu cérebro até ver a luz do dia. Eu devia ter fugido com ela quanto tive a chance, não é? Naquela noite, ouvindo a promessa de seus lábios macios, eu a deveria ter a agarrado. Ter desafiado as amarras do destino como ela fez. Mas, acontece, que naquele momento me faltava coragem... Me faltava força, ainda me falta depois de todo esse tempo.
Para afastar esses pensamentos, e o medo que me sequestra ao perceber o que meu pai faria se soubesse o que sua prole sonha durante a solidão, amarro uma corda em meus pulsos e deixou minhas mãos para trás. Apertava o nó até um suspiro de dor atingir minha boca seca, A carne exprimida, os dedos inchados, o treinamento não poderia ser fácil. Preso por mim mesmo, começava a concentrava e emanar um chakra intenso aos meus pés. O seu tom, um azulado escuro e frio digno de uma noite vazia de estrelas, logo se tornava claro para olhos curiosos. Sem mais, colocava meus pés ente a superfície da montanha, começando a andar sob ela.
Os primeiros passos foram simples, era algo bem amador para dedos que já sabem cometer mortes desde cedo porém, meu corpo torturado de outrora logo tem que cobrar seu preço. As dezenas de corte desenhadas recentemente em minha carne começam a arder, uma sensação que mais parecia que o fogo estava dançando por minha pele por inteiro. Queimando a mim sem cerimônia. Consumido por essa dor momentânea, meus lábios lançam enxofre enquanto cometem um crime. Enquanto eles gritam, dando satisfação a este sentimento como apenas um animal faria. Mas, eu sou um Jaavas, é o meu dever ser superior a eles. É minha obrigação. A dor me desconcentra e, com esse lapso, o chakra em meus pés é interrompido e, como um amador, caio da montanha: caio mais uma vez no abismo. Só que, dessa vez, não há nenhum anjo de cabelos ruivos para me salvar da queda. Não é que Ebern estava certo, afinal?
Por sorte, havia subido poucos metros até aqui. A queda foi rápida, fugaz e, ainda sim, dolorosa. Minha cabeça bateu de frente contra a grama quente, a vida que existe por toda a terra. O impacto foi grande o suficiente para fazer minha cabeça sangrar um pouco e deixar minha marca vermelha na vastidão do verde que tanto me cerca. A dor pulsa de meu crânio, grita em meus ouvidos mudos. A visão fica turva por alguns segundos, assim como minha mente também fica tonta. Eu deveria parar, o sangue e as cicatrizes que ainda não se acalmaram de ontem, me dizem isso. Me imploram isso. Porém, como uma máquina perfeitamente programada, eu não poderia cessar até que minha diretriz primária fosse cumprida. Minha missão.
A dor me consomem enquanto desfaço o nó de corda em meus pulsos. Os ossos tremem mas, o selo de mão em meus dedos permanece. É com ele, o selo Tigre, que começo a guiar meu chakra novamente para a sola de meus pés. Concentra-lo em meio ao meu sofrimento físico não era uma tarefa qualquer, a energia se dissipou muitas vezes antes que eu conseguisse mantê-la por mais do que poucos e meros instantes. Muitas tentativas e erros se passaram, minutos se tornavam horas, antes que eu finalmente conseguisse manipular meu chakra para além da dor - para além do que meu instinto diz. Porém, com ele concentrado no solo de meus pés novamente, eu podia continuar. Eu podia seguir minha programação.        
O chakra, então concentrado em meus pés, servia para que eu andasse sob essa montanha e, em meio a adrenalina, começava a correr sob ela. Aquilo doía porém, a medida que eu corria e o vento em meu rosto batia, parecia que eu estava atravessando tudo isso. Todas as amarras de meu corpo e indo além. Após alguns minutos, nesse ritmo, começava a soar como um porco e ter uma coração acelerado enquanto meus ossos gritavam de sofrimento... enquanto todas as minhas cicatrizes recentes se contorciam de dor. Mesmo assim, mantinha e manipulava meu chakra em meus pés, podendo subir a montanha ao cair da tarde.
Após alcançar o topo, caio ao solo e desmaio de cansaço. Deixo a escuridão me abalar e, quem sabe, com a sacerdotisa sonhar,    
Fim do Treinamento
   

ATRIBUTO TREINADO
M.CH: Através da prática de andar sob a superfície de uma montanha concentrando Chakra nos pés, isso foi feito enquanto o personagem lidava com as cicatrizes de seu ultimo treinamento individual. Desculpe pela qualidade, estava sem criatividade ou tempo para elaborar algo mais bem trabalhado.
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Mensagem por Ilusionista Dom Ago 01, 2021 9:23 pm

Treinamento Individual X Rize
Estava um pouco parada de raiva esses dias, o trabalho de servir aqueles mimados da Casa Primária me fazia contocer internamente de uma raiva ardente e que me corrói aos poucos mas admito que a melodia dos pássaros é algo simples e, ainda sim, me rouba um breve sorriso. Eu queria ser como eles, eu queria ser livre... Esse era o desejo de Medusa, eu o herdei. Eu tenho que honra-lo. Meus pés estão nus, sentindo o leve toque áspero da grama em meus dedos albinos. Apesar da calmaria, das nuvens belas nesse céu infinito, meu olhar violeta estava afrita. Contemplava, praticamente como uma boneca de porcelana, o tronco da árvore que estava com uma catera violenta - uma marca de uma técnica que eu conhecia, do poder da sacerdotisa de olhos violeta tão belos quanto o próprio infinito, uma marca de Asami nesse mundo. Ver isso, ver um pouco dela aqui, me tira um riso bobo.
Amo isso porém, não posso deixar de ouvir o eco desses pensamentos em minha mente. Ao acompanhar de um suspiro infante, ando em direção ao pequeno lago que me observa. O rio estava calmo, suas ondas eram uma beleza que poucos tem paciência para visualizar. Essa sociedade, mesmo na paz, suas almas continuam inquietas. Algo os falta, algo além de seus prazeres fugazes. A natureza, em sua complexidade simples, ensina aqueles humildes o suficiente para se ajoelhar. Porém, eu não era humilde. A natureza só me trouxe más momentos... A sociedade me tirou a liberdade antes mesmo de eu ter chance de ver o mundo. Eu devo curva-la a minha vontade, corrigir as injustiças que ela deixa existir de bom grado. Ao pensar isso, meus punhos se fecham e minha carne é apertado com força em uma mistura de raiva e determinação.
- Manipular o Chakra para andar na superfície de algo, como um rio nesse caso, é algo básico para uma ninja mas nem sempre aquilo que é básico é simples, Rize. Se concentre na aula, por favor. - exclamava, em um tom de aparência serena, para meus ouvidos alegres enquanto me faltava um único passo para mergulhar nas águas. Era Kaneki me observando de longo porém, sempre atento. Com um carinho que poucos me deram nesse mundo, como o pai que nunca tive. O amor, era algo que não estava acostumada a ter, e no fundo, isso me assustava. Com medo disfarçado de coragem e insolência, apenas solto um monte de palavrões para ele em resposta. Eu era apenas uma adolescente e Kaneki sabia bem disso, apenas sorria para mim de maneira gentil antes de continuar com nossa aula. - Imagine seu chakra correndo, como um Yin e Yang e tente equilibra-lo enquanto sente... enquanto vive as ondas. Esse é o segredo para dominar esta prática Rize, sei que consegue. Acredito que você consegue como Medusa antes de mim.
Havia uma leveza em mim, nas palavras que ele concebeu a esse mundo somente e exclusivamente para mim. Porém, não era leve o suficiente. Quando entrei nas ondas, a queda e o frio me aguardava. Afundei de maneira veloz, me encontrei no fundo do rio e, num instante distante, sentir o ar escapando de meus pulmões. Aquilo fazia meu sangue ferver, a adrenalina no meu cérebro disparava e meus braços, tolos e acostumados ao luxo, se moviam em vão.
O oxigênio que eu tinha era escasso, nem o ar me desejava como amiga. Isso até seria engraçado, se a situação não fosse tão trágica. Os meus dedos tremiam, a vida queria se esvazia deles e, com ela, a semente dos sonhos que nunca foram plantados. A visão, em passos largos, se rendia ao abraço da escuridão. Eu tinha pouco tempo, segundos me separam da ponte que liga os vivos e os mortos.
Concentrei-me mas, era difícil pensar: uma labuta ingrata era o pensar. Entretanto, foquei-me. Não no agora, não na garganta ardendo mas sim, na energia que percorre meu corpo. Apesar do ódio que segue meus passos, ela ainda girava em harmonia. Era o Yin e Yang, assim como as ondas que tocam minha carne desesperada, elas não paravam por nada e tudo atravessavam.
É assim que eu quero ser porém, não era o que eu devia ser. Fecho os olhos e, em um instante, me rendo a escuridão. Imagino, visualizo, o Chakra percorrendo por minhas veias ansiosas, devorando todo a carne que ele via em sua frente. Inicialmente, ele estava como um animal selvagem: uma besta rebelde que só conhece o chicote e a jaula fria e metálica.
Porém, aos poucos, imaginava essa energia como as ondas que me cercam: rodando entre si de maneira serena. Há uma certa resistência, o ar me faltava e manter meus lábios selados logo não seria uma opção. Depois do movimento circular, do Yin e Yang, tento o ver como se existisse no peito de meu estomago: como se fossem palavras que precisam conhecer a luz do dia. Era como ele disse, como Ishida me ensinou. Fiquei, finalmente, alguns instantes andando sob a água e permanecendo em pé na mesma. Dobrei a natureza, que outrora me tratou tão injustamente, a minha vontade.
A realidade me chamava, a morte batia na minha porta. Os dedos, a essa altura enrugados e anestesiados, lutavam contra a correnteza para pegar o qualquer coisa que pode me salvar do toque dela. Antes que ela chegasse para mim, embora, Kaneki com suas asas de anjo de papel pegou minha mão e, com um leve voo, me leva de volta a segurança. De volta ao solo enquanto descansava em seus braços que se perdem em meio de orgulho por meu progresso e preocupação pelo risco que sofri. Pelo risco de me perder, sua segunda filha... sua filha rebelde.
- Essa foi quase mas, você viu? Merda, fiquei sob essa água por um tempo. A dominei. Controlei meu destino ao menos por um breve instante. - Ele sorria em me ouvir, ainda tensa nas palavras, enquanto me ajudava a me levantar.
Fim do Treinamento


ATRIBUTO TREINADO:
M.CH: Treinamento de Andar sob a água (em progresso), recebendo instruções e um pouco sobre o conhecimento desta área por Kaneki em meio de sua fala.

Detalhes:
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Mensagem por Ilusionista Dom Ago 01, 2021 9:48 pm

Treinamento Individual Asami VIIII
Mais uma noite, estava um pouco curiosa pelo fato da demora para completarem meu time enquanto ando no meio dessas árvores. Por um momento, um instante perdido no tempo, paro perante a possibilidade de terem descobrido meu real passado.  A minha loucura seria capaz de fazer ninguém está comigo, até mesmo Rize poderia ser arrancada de mim por ela. Aquilo fazia meu sangue gelar e meus sentidos, mesmo depois de tanto tempo, entrarem em uma confusão generalizada. Após alguns segundos recuperando minha respiração nesse deserto de almas palavras decidem romper o silêncio de meus lábios gelados.
 - Essa é uma nova vida Asami, a chance de ter sua própria vida finalmente. Não deixe fantasmas do passado estraguerem isso. - Digo a me mesmo de maneira serena, quase como um mantra, ainda que meus pulsões teimam em tremer: em deixar o suspiro da insanidade escapar por eles.
Afasto essas preocupações da minha mente, guardo-as em um caixa e coloco-a em algum lugar empoeirado. Havia chegado onde rotineiramente eu treino. Comecei a correr, rodando o campo de treinamento, diversas vezes. Não demorou muito para as pernas começarem a suplicar por uma pausa que não veriam tão cedo. Pela quarta ou quinta volta seguida o suor já era o governante da minha pálida testa: em um toque de ironia perversa, ela tinha aquilo que meus lábios secos mais desejavam nesse instante. Água.
A lua se movia e, com ela, minhas pernas seguiam. Era a decima volta sem cessar, o pulmão parecia que ia sair pela boca. Aquilo doía e, ainda sim, tinha certeza que não era uma fração do que meu passado guardava. Os dias de que fugia de cidade em cidade para não pega pelos Arautos do Demônio me assombravam enquanto, tal como meus pés muidos, a respiração ofegante tomava conta de meus tímidos lábios.
Eu sempre fui mole, culpe minha "vida de princesa" de outrora por isso, a vigésima acabou se revelando o marco onde minha carne começava a falhar, as pernas se moviam porém, mais nada eu sentia. Tudo parecia governado pela fadiga e, cada pequena fibra que construía meu ser, estava perdendo o gás a cada novo passo que ousava em nascer. Meus dedos, úmidos, se encontravam em um afego desesperado onde acredito ser meu figado.
No despertar da corrida número 30 meus pés travaram e sua suplica não podia mais ser ignorada. Soltei, em revolta, um brando que anunciou minha queda nessa grama. Ela tocava minha pele de forma gentil, uma gentileza que me falta de carne e alma. Pés, dedos, pernas e estomago... Tudo em harmonia estava, vivia um sofrimento - uma exaustão - compartilhada. Minha boca, um deserto carente, se pronunciava em um trio de palavras: uma mistura de alegria e estafa.
 - Odeio aula de Educação Física... sempre odiei.
Clamava tentando ser engraçada e esquecer da fadiga e sede que logo me tomavam como refém, fraco, era um sussurro que logo se apagava: que logo se perdia.
- Trinta voltas, um novo recorde Asami. Parabéns. - Ouvia Kaneki me falar de maneira gentil enquanto me olhava de cima. Ele estava me olhando deste o início, observando meu progresso e, mais importante, cuidando de mim sempre que caia. Era o melhor professor que eu podia ter. Ele, com um tímido sorriso mas cheio de orgulho pelo meu progresso hoje, me entregava uma garrafa de água gelada para que eu possa finalmente matar minha sede.   - Lembre, sua mente é afiada, mas não pode cuidar apenas dela. O equilíbrio é a chave, não deixe seus músculos para trás, certo? Isso pode custar sua vida em uma batalha, Asami. 
Fim do Treinamento


ATRIBUTO TREINADO:

- CON: Através de diversas corridas seguidas por toda a extensão do campo de treinamento. Foi uma adaptação de um treino antigo de Maquiavel.
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Mensagem por Shinju Qua Ago 04, 2021 7:21 pm

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[Campo de Treinamento] Time 13 - Página 2 Empty Re: [Campo de Treinamento] Time 13

Mensagem por Ilusionista Dom Ago 08, 2021 7:23 pm

Asami Treinamento Individual X
- Selos de mão, são essências para muitas artes Shinobi, em particular, Ninjutsu... Não importa se você leia sobre isso em diversos livros - que domine o campo teórico com perfeição - sem experiência, sem prática... Isso se torna vazio de certa forma. - Estávamos no ínico da manhã sentados na grama, olhando um para o outro, o Sensei e eu. Kaneki tinha a alma de professor, gesticulando inconscientemente enquanto falava. Gesticulando os doze selos em ordem para mim sem perder sua concentração enquanto falava ou a gentileza que acompanhava suas palavras. Ele tinha feito muito isso, desenhar os selos com seus dedos, ao longo de sua vida. Um olhar mais atento poderia ver que ele já esta afogado de tantos calos que esta existência o deu e, ainda sim, ele se esforço para manter sua postura calma e alegre. Se esforçava para manter meu entusiasmo vivo e ajudar desenvolver a melhor  versão de mim mesma. Ele lembrava meu querido pai e isso me arrancou por um instante um tímido sorriso nostálgico e, ao mesmo tempo, triste. Ele, então, parou sua apresentação e encostou gentilmente sua mão em meu ombro, de maneira reconfortante e paterna enquanto respeitava sabiamente o silêncio que este momento demandava. Um minuto depois, ao perceber que eu estava melhor, ele escreveu um sorriso sincero em sua boca antes de articular suas mãos em um único selo. O selo Cão. - O Selo Cão, se o ver muito em uma batalha, saiba que ele é costumeiramente ligado a técnicas da Liberação de Vento. Se ele estiver muito presente em sequência de selos, saiba que provavelmente enfrentará algo que vem desse elemento. Dessa transformação da natureza.    
Ele parou a sua aula, ele gostava de ensinar ao ar livre, ao som dos pássaros. Ele pediu, com um gesto breve de sua mão, um momento enquanto procurava algo em seus bolsos. Aproveitei o momento para pegar meu caderno e caneta, anotando assim o que ele disse com esmero. Minha letra, uma reflexão direta de minha criação voltada para os nobres, era impecável e perfeita. Mas, acima de tudo, ela era bela. Bonita de se apreciar os olhos. Afinal, foi para isso que meu povo me fez, para ser uma distração agradável - uma distração para que eles não ligassem enquanto na pobreza e injustiça vivessem. Não tenho orgulho do meu passado de outrora, quero esquecê-lo mas, alguns velhos hábitos... alguns velhos hábitos teimam a ficar.
- Asami, por gentileza, poderia fazer a sequência dos doze selos?   - Ouvi ele dizer, ainda com o caderno aberto e tendo recém escrito suas observações sobre o Selo Cão. Observações, ensinamentos, que ainda podem salvar minha maldita vida um dia. Seu pedido vinha de maneira suave, sem pressa. Sua voz era casual, por mais que transmitisse uma experiência e segurança invejável. Apenas, em meio de uma expressão amena e munida de sutileza, acenava que sim com um movimento de cabeça breve. Tomando um momento solitário para respirar, afastava minhas mãos uma da outra - deixando sentir o vento, o toque sem milícia da natureza em sua pele, antes de junta - lãs e desenhar cada selo de mão rapidamente em ordem. Do Pássaro ao Carneiro, eu os desenhava com meus dedos que se entrelaçavam entre um signo e outro. No final, como uma surpresa que fez minha concentração rachar e meu coração se assustar um pouco, um som agudo invade meus ouvidos. O som do cronometro que Kaneki achou em seus bolsos apitando sem cerimônia. Vendo minha reação, ele de bom humor sorriu com seus olhos antes de continuar seu discurso com a leveza e convicção de sempre. - 30 segundos, muito bom... Para uma boa primeira tentativa. Isso significa um selo a cada dois segundos e meio. Porém, na batalha, você nem sempre terá dois segundos e meio para contar... Precisa diminuir esta média, quanto menor ela for menos brecha para os perigos dessa vida você estará cedendo... O desafio de hoje será diminuir essa média para um minuto e meio. Manda ver Asami, o tempo é seu. Use-o bem.  
Ishida tinha essa mania, suas palavras vez ou outra soavam como conselhos que caiam bem em várias situações diferentes. "O tempo é seu, use-o bem" cabe em muitos momentos da minha vida, seja nos dias bons (com meus pais, com Maquiavel) ou nos ruins, sempre parecia que eu não estava usando o meu tempo da melhor maneira possível - ou da maneira que eu desejasse, sempre cedia aos caprichos do destino. Sempre, Afastei esses pensamentos de outrora de minha mente enquanto iniciava o exercício. Fazia os doze selos, movia meus dedos o mais rápido e da maneira mais ágil que eu conseguia. No inicio parecia banal, uma repetição de uma pequena sequencia de selos. Entediante até, mas isso era uma enganação: enquanto o tempo passava, o dia se tornava tarde, percebia que não conseguia quebrar meu recorde. Não conseguia ir além dos meus limites físicos.
A tarde, quando as repetições rodavam na faixa de uma centena, os dedos começavam a doer de cansaço. A cada novo entrelaçado deles, a cada novo selo que desenhavam, podia escutar cada um deles (e seus ossos) suplicando para uma pausa. Kaneki, em vão, pedia para eu parar porém, determinada, recusava gentilmente enquanto continuava a tentar quebrar meu recorde: a chegar neste objetivo de um minuto e meio para fazer esses doze selos. Cada apito do cronometro, a cada nova marcação de tempo que seus ponteiros davam e a tarde ia se desfazendo aos poucos, podia ver os selos (através de tanta repetição) começarem a vier mais naturalmente para mim. Podia ver eles sendo, aos poucos, memorizados pelos meus músculos. Ao suor regando de minha testa graças ao esforço, pude ver no fim da tarde eu terminar a combinação dos doze selos principais em somente com a média de dois segundos.
Mas isso ainda não era suficiente para mim. A brecha estava grande demais, se eu cometesse um erro... se eu cometesse um erro a mais a escuridão poderia tirar alguém importante de mim novamente. Dessa vez, não será meu pai... Será Kaneki, será Rize... Será toda essa nova vida que estou construindo para mim e eu não posso deixar isso acontecer. Não posso perdê-la como perdia meu pai. Esse pensamento, essa determinação, movia meus dedos cansados e gritando de sofrimento em continuar - sem parar e a cada novo apito desse cronometro - repetindo essa sequência de selos até a exaustão. Por volta das 22:00, quando já tinha por volta de duzentas sequencias, com os ossos de minha mão mal se aguentando ficar de pé para mais alguma tentativa, a repetição fez efeito - os selos vinham a mim quase como o Sino estava em mim - e, com isso, consegui diminuir a média para um segundo e meio por selo.
- Eu consegui, eu consegui! - Exclamava animada, alegre, ao ver o cronometro e logo depois, desmaiava de cansaço. Esperava cair no solo, desabar no chão mas, fui pega gentilmente e com respeito pelos braços de Kaneki antes que esse destino me alcançasse. Adormeci de exaustão em seus braços, em braços amigos como há muito tempo não tinha ou conhecia.
Fim do Treinamento
       

ATRIBUTO TREINADO:
M.SE: Através da aula teórica de Kaneki e repetição extensa por um dia inteiro enquanto tentava quebrar seu recorde de tempo.
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Mensagem por Ilusionista Dom Ago 08, 2021 9:39 pm

Treinamento Individual VI Maquiavel

- Manipular o Chakra é manipular a energia que está em seu corpo. O Chakra é a combinação de sua força física e mental em harmonia. - Lia de um livro que peguei na biblioteca, sussurrando para mim mesmo a parte que acreditava ser mais importante sobre a Manipulação de Chakra. Em seguida, com um cuidado digno somente de uma máquina sem alma, saliento um ponto fundamental sobre a prática que tentaria hoje - a prática de andar sob a Água.  - Imagine seu chakra correndo, como um Yin e Yang e tente equilibra-lo enquanto sente... enquanto vive as ondas. Esse é o segredo para dominar esta prática.
 
Havia uma leveza em mim, nas palavras que ele concebeu a esse mundo para que esse autor pudesse viver para a posteridade. Porém, não era leve o suficiente. Quando entrei nas ondas após deixar o livro sob a grama, a queda e o frio me aguardava. Afundei de maneira veloz, me encontrei no fundo do rio e, num instante distante, sentir o ar escapando de meus pulmões. Aquilo fazia meu sangue ferver, a adrenalina no meu cérebro disparava e meus braços, tolos e acostumados ao luxo, se moviam em vão.
O oxigênio que eu tinha era escasso, nem o ar me desejava como amiga. Isso até seria engraçado, se a situação não fosse tão trágica. Os meus dedos tremiam, a vida queria se esvazia deles e, com ela, a semente dos sonhos que nunca foram plantados. A visão, em passos largos, se rendia ao abraço da escuridão. Eu tinha pouco tempo, segundos me separam da ponte que liga os vivos e os mortos.
Concentrei-me mas, era difícil pensar: uma labuta ingrata era o pensar. Entretanto, foquei-me. Não no agora, não na garganta ardendo mas sim, na energia que percorre meu corpo. Apesar da indiferença e frieza programada que segue meus passos, ela ainda girava em harmonia. Era o Yin e Yang, assim como as ondas que tocam minha carne desesperada, elas não paravam por nada e tudo atravessavam.
É assim que eu quero ser porém, não era o que eu devia ser. Fecho os olhos e, em um instante, me rendo a escuridão. Imagino, visualizo, o Chakra percorrendo por minhas veias ansiosas, devorando todo a carne que ele via em sua frente. Inicialmente, ele estava como um animal selvagem: uma besta rebelde que só conhece o chicote e a jaula fria e metálica. Era como os sentimentos que meu pai tanto tentou faze-los sumir de mim e ainda sim teimam existir nas sombras de minha mente. Teimam em me desviar de meu propósito e, por mais que eu odeie admitir, são também mais intensos do que eu gostaria.
Porém, aos poucos, imaginava essa energia como as ondas que me cercam: rodando entre si de maneira serena. Há uma certa resistência, o ar me faltava e manter meus lábios selados logo não seria uma opção. Depois do movimento circular, do Yin e Yang, tento o ver como se existisse no peito de meu estomago: como se fossem palavras que precisam conhecer a luz do dia. Era como ele disse, como estudei nesse livro. Apenas segui instruções, agindo finalmente como a máquina perfeita que fui mandado ser deste meu nascimento. Fiquei, finalmente, alguns instantes andando sob a água e permanecendo em pé na mesma. Dobrei a natureza, que outrora me tratou tão injustamente, a minha vontade.
A realidade me chamava, a morte batia na minha porta. Os dedos, a essa altura enrugados e anestesiados, lutavam contra a correnteza para pegar o qualquer coisa que pode me salvar do toque dela. Antes que ela chegasse para mim, pensei rápido, agir como a máquina que meu pai tanto se esforçou para lapidar. Quase no automático peguei uma Kunai e cortei parte das minhas longas mangas e as fixei na faca negra: usei essa combinação como corda, fincando em uma terra próxima e assim me salvando da morte.
Fim do Treinamento

M.CH: Treinamento de Andar sob a água (em progresso). Foi uma adaptação de um treino antigo. Desculpe.
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Mensagem por Ilusionista Dom Ago 08, 2021 11:23 pm

Treinamento Individual Rize XI

Abalada pelos sons, os ecos, dos grilhos eu lia um livro que Kaneki deu-me essa manhã para meu treinamento.ele não pode vir, tinha suas "pesquisas" para fazer acho e obrigações de Jounin. O enchi de raiva e palavras insolentes quando soube mas, no fundo, eu estava triste. Estava sem um pai mais uma vez. Em fim, o livro era sobre a parte teórica (e chata) sobre Manipulação de Chakra e eu, de maneira faminta, rapidamente devorava suas páginas. Não, por prazer não. Eu não sou uma nerd porém, se esse maldito livro me permitir mais poder... Uma chance de fazer a revolução que a Medusa confiou aos meus ombros, eu faria um trato até com um demônio. Isso me lembrava o massacre, os olhos albinos roubados de meus companheiros de guerra ainda vivos... O corpo frio de Medusa em meus braços. Morta por minha causa, minha falta de poder.
Os últimos pensamentos viam como se a voz raivosa e ao mesmo tempo triste em minha mente - vinha como se fosse algo que tivesse acabado de acontecer. Algo que nunca iria embora, destinado a me assombrar para todo sempre.
Manipular o Chakra é manipular a energia que está em seu corpo. O Chakra é a combinação de sua força física e mental em harmonia.- Dizia em voz alta e, como uma criança, me permitir acreditar, ainda que por segundos breves, que isso afastaria a memória da minha fraqueza, naquele dia que parte do movimento foi brutalmente assassinado - Manipular o Chakra permite com o que você gaste apenas o necessário em uma técnica, evitando gastos desnecessários de sua energia independente de sua reserva própria ser baixa ou elevada.
Respirava fundo e, por mais que estivesse atormentada tentei explorar as profundezas desse livro. Lendo-as com esmero, passando uma página a cada par de minutos que se passava. A noite envelhecia e, enquanto horas se foram, a lua perdia seu brilho. Porém, mesmo tarde da noite, meus lábios não paravam de ecoar - ainda assombrados pelos traumas que o destino, os nobres fizeram me passar por algo que eu não controlava. Meu próprio nascer- as palavras que saltava em seus olhos.
- Manipular o Chakra, fazê-lo correr em harmonia e sob seu comando, pode faze-lo fortalecer técnicas... Extrair o máximo poder delas. - Dizia antes de fechar o livro, estava em seu fim e a luz, a luz do sol, as poucos invadia meu lugar.

Fim do Treinamento Individual

ATRIBUTO TREINADO:

M.CH: Através da leitura noturna de um livro que trazia noções teóricas sobre Manipulação de Chakra. Foi novamente uma adaptação de um treinamento antigo, desculpe.
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Mensagem por Shinju Qua Ago 11, 2021 4:07 pm

!! Atualizado !!



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Mensagem por Ilusionista Dom Ago 15, 2021 9:48 pm

Maquiavel Treinamento Individual VII

Acabei de passar a tarde correndo pelo campo, testando os limites de meu corpo. Deixando o suor afogar minha testa e meus músculos ficarem rígidos de tanta tensão. Corri umas centenas de vezes esse campo, vi minhas pernas gritarem para eu parar e ouvi seus ossos rangerem de dor mas, mesmo assim, continuo. Pode dizer que herdei isso de meu pai, não é exatamente uma determinação... Não. O que mais continuar, traçar uma perna atrás de outra sem cessar, não tem nada haver com emoção. É a ausência dela que me faz assim, a noção que sou tão somente uma máquina que não tem luxo ou espaço para falhar. Sou Maquiavel, um Jaavas, se falho não levo apenas meu nome para lama. Não, eu levo uma dinastia comigo. Um legado.
- Não é sábio fazer isso, retire-se antes que se arrependa. - Meus pés paravam subitamente e, por um momento, o cansaço quase o fez vacilar e encontrar seu destino ao chão. Por um instante quase perdi o equilíbrio, senti os pés não sabendo para que lado ir. Precisou destreza para me manter em posição e assim, mesmo com ossos tremendo, o fiz. Uma surpresa visitou meus olhos de ébano, um garoto não muito mais novo que eu mexia em minha mochila que se encontrava solitária encostada no tronco de uma arvore qualquer. Em minha terra, em Kiri, ninguém ousaria fazer o que ele fez. O garoto estava me roubando e, com frieza em minha voz, lhe dei um único aviso que isso não terminará bem. Ele apenas sorriu, sacando a Espada de Cavaleiro das minhas coisas e se preparou para lutar por aquilo que acabou de embagar em seus dedos.
Suas vestes eram sujas, mal costuradas, dava para ver que ele não era abençoado com posses. Era nítido que ele estava em desespero, que usaria as moedas que eu tinha para conseguir uma comida para seu estomago órfão de comida a dias a fio. Por mais que me dói admitir, por mais que isso certamente fizesse meu pai revirar seus olhos comigo, por um instante isso me fez hesitar. Fui ensinado que qualquer hesitação poderia levar a nossa morte, ao nosso esquecimento diante da vastidão do tempo e espaço, agora eu tinha uma prova disso. Talvez fosse o convivo que tive com a sacerdotisa, mas não agir como deveria. Tive, por segundos que logo se foram, piedade da alma infante diante de mim. Ela era uma tentação para a luz, mesmo estamos distantes, sinto ela minha cabeça. Ecoando suavemente.
Me desconcentrei e o garoto com a Espada de Cavaleiro lançou um golpe ao vento, quase acertando meu rosto em cheio. A Lâmina por pouco não provou o sangue que a décadas foi encarregado de proteger. Essa espada tinha história em minha família, uma de suas muitas relíquias. Era um pedaço de nosso legado. Agilmente, salto para trás e evito a ofensiva breves momentos antes de ela se consolidar. O gesto foi rápido, me salvou e cobrou seu pequeno preço no formato de alguns fios de cabelo preto que foram acertados e caíram serena sob a grama verde que nos assistia.
Seus movimentos eram bruscos, ele não tinha treinamento. Essa criança era um ladrão comum, um simples rato entre vários iguais a ele. Alguém que o tempo logo tratará de soterrar diria meu pai. Um gasto de genes e espaço. Em uma situação normal, seria simples derrota-lo porém, depois de correr tanto desde cedo, sinto que minhas pernas teimosas não querem cooperar. Elas ardem de dor e é um verdadeiro desafio de destreza manter o equilíbrio enquanto, indo de um lado para o outro de maneira ágil, esquivo de seus golpes desajustados. Seus ataques atingem o vento mesmo que tentasse a toda me marcar. Por uns bons minutos, continuo nessa dança movimento meus pés habilidosamente e evitando suas ofensivas como se estivesse em um jogo de gato e rato, esperando que ele desse uma brecha.
Cansado, esquivando enquanto a dor de um treinamento severo não diminuía, começava a sentir minhas pernas mais rígidas. Mais teimosas diante minhas próprias ordens. Estava ficando complicado não ceder aos seu vacilar, a exaustão, enquanto o tempo passava. Na verdade, chegou um momento que até manter-me em pé estava me fazendo suar de tão penoso. Suar feito um porco prestes a ir ao abate. Ossos no limite, músculos regendo, até uma criança podia enxergar que esse era o momento certo para atacar. O ladrão, como tal, aproveitou essa brecha e direcionou minha própria lâmina contra meu corpo. Contra meu peito. O sangue correu, mas era de uma das minhas mãos que rapidamente segurou a espada no caminho de seu destino e evitou (através de um movimento de destreza) que ela chegasse o meu coração.
- Não esperava que fosse tão longe... Ela diria para eu te deixar ir... E talvez eu devesse mas ele... Ele sempre tem corvos a espreita, não posso mostrar essa fraqueza. Devo proteger o nosso legado a todo custo. - Sussurrava para ele, esse ladrão, de maneira serena enquanto arrancava a Espada de Cavaleiro e a jogava - ainda maculada com o sangue de seu próprio dono - na grama. Minha palma estava cortada, a usei para segurar o ataque. A criança, ao perceber que não tinha chances, largou tudo que roubou e saiu correndo pela floresta. Correndo por sua vida. Mesmo com a mão machucada, jorrando em vermelho, peguei uma Kunai e concentrei-me - afastei a dor com uma respiração profunda - acertando-o nas costas enquanto fugia. Dando-o um fim rápido entre as árvores. A punição para roubar alguém da família Jaavas só pode ser paga com sangue e assim o fiz. A minha fala não era para ele mas sim, quem sabe, para mim. Para justificar esses atos que desenhei na realidade. Justificar minha natureza ou, ao menos, a natureza que empossaram a mim.  

ATRIBUTO TREINADO:
DES: Através da esquiva de múltiplos ataques de espada, lançamento de projetil e manutenção do equilíbrio. Desculpe, acho que esse foi um dos piores posts que fiz kkkk Tinha um treinamento completo, que inclusive introduziria Izumi mas o perdi.
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Mensagem por Ilusionista Dom Ago 15, 2021 10:00 pm

Treinamento Individual Rize XII


Abalada pelos sons, os ecos, dos grilhos eu lia um livro que Kaneki deu-me essa manhã para meu treinamento. Ele não pode vir novamente, tinha suas "pesquisas" para fazer acho e obrigações de Jounin. O enchi de raiva e palavras insolentes quando soube mas, no fundo, eu estava triste. Estava sem um pai mais uma vez. Em fim, o livro era sobre a parte teórica (e chata) sobre como melhorar a Percepção de um Shinobi e eu, de maneira faminta, rapidamente devorava suas páginas. Não, por prazer não. Eu não sou uma nerd porém, se esse maldito livro me permitir mais poder... Uma chance de fazer a revolução que a Medusa confiou aos meus ombros, eu faria um trato até com um demônio. Isso me lembrava o massacre, os olhos albinos roubados de meus companheiros de guerra ainda vivos... O corpo frio de Medusa em meus braços. Morta por minha causa, minha falta de poder.
Os últimos pensamentos viam como se a voz raivosa e ao mesmo tempo triste em minha mente - vinha como se fosse algo que tivesse acabado de acontecer. Algo que nunca iria embora, destinado a me assombrar para todo sempre.
- Percepção é, grosso modo, a faculdade de nossa mente que dar significado aos estímulos que os sentidos recebem. Um Shinobi precisa ter uma percepção elevada pois, seja em uma missão ou batalha direta, conhecer (perceber) o ambiente que está corretamente pode salvá-lo de uma armadilha ou pior.- Dizia em voz alta e, como uma criança, me permitir acreditar, ainda que por segundos breves, que isso afastaria a memória da minha fraqueza, naquele dia que parte do movimento foi brutalmente assassinado - Percepção, a manipulação da percepção do outro sobre sua figura e verdadeira natureza, são as armas principais de um Shinobi. Use e abuse de teatralidade.
Respirava fundo e, por mais que estivesse atormentada tentei explorar as profundezas desse livro. Lendo-as com esmero, passando uma página a cada par de minutos que se passava. A noite envelhecia e, enquanto horas se foram, a lua perdia seu brilho. Porém, mesmo tarde da noite, meus lábios não paravam de ecoar - ainda assombrados pelos traumas que o destino, os nobres fizeram me passar por algo que eu não controlava. Meu próprio nascer- as palavras que saltava em seus olhos.
- Dominar a arte da percepção, não é só melhorar sua visão do ambiente mas, em seu nível mais avançado, dominar os atos certos que permitem parecer mais do que uma simples pessoa na percepção de seu inimigo. Se torna algo maior que um mero Homem. . - Dizia antes de fechar o livro, estava em seu fim e a luz, a luz do sol, as poucos invadia meu lugar.

Fim do Treinamento Individual


ATRIBUTO TREINADO:

PER: Através da leitura noturna de um livro que trazia noções teóricas sobre o que é Percepção e seu papel na vida Shinobi.  Foi novamente uma adaptação de um treinamento antigo, desculpe. Tinha feito o primeiro treinamento conjunto de Asami e Rize para esta semana, mas o perdi. Entendo se não poder considera-lo. Na próxima semana espero poder estrear uma ideia de treinamento conjunto entre elas duas que tive.
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Mensagem por Ilusionista Dom Ago 15, 2021 10:21 pm

Asami Treinamento Individual XI

O sol batia em meus rosto ainda que estivesse  jovem, recém nascido daquele dia. Minha mão pálida e seca abraçava a alça de um leve mochila escura. Era totalmente distinto de meus olhos violeta brilhantes, vividos como a própria natureza a minha volta podia ser. Eu a adorava, amava ouvir o canto de seus pássaros... Promessas de um novo amanhã que jamais poderiam ser encontrada no Pais pantanoso de onde vim.

- É uma nova chance Asami, chance de ter uma nova vida e controlar finalmente seu destino. Não estrague tudo. Não de novo. - Sussurro para meus ouvidos solitários ao mesmo tempo que repouso minhas poses na sombra de um tronco.
Com os braços cruzados para trás, contra o vento e a física, me impulsionava para frente em uma corrida exaustiva. Entrei nas profundezas da floresta, querendo atravessar quilômetros até a montanha mais próxima: ela estava em meus planos que acabaram de sair do forno. Porém, como até a criança mais ingenua possa conceber, isso não seria uma tarefa para os que temem a labuta. Os minutos voavam como meu esguia semblante nessa corrida, o suor tomava conta de meus cabelos negros encharcados em seu próprio suor.
A esquiva de galhos e animais era um trabalho pouco grato, saltando rapidamente entre eles para não perder o rítimo era, no ponto de vista tático, um desperdiço de Stamina. Aos poucos, como uma máquina de carne e osso, minhas pernas começam se aprofundar em seu próprio desgaste. Desgastante era porém, ao perceber que estava seguindo o caminho de outros esquilos e insetos, percebendo que não estava sozinha na estrada, não era possível desenhar um exausto sorriso em minha face. Um encanto pelas possibilidades que esta nova terra, este novo destino, pode me trazer.
A corrida continuava, os braços sempre cruzados. Apesar da minha destreza impar com meus olhos ardentes, uma certa ruiva de olhar opaco sabe que isso não é um dom compartilhado por meus pés. Mesmo calçados, estavam muidos com o esforço que essas dezenas de minutos traziam para seus pequenos - e pálidos - dedos que, a cada segundo, ganhavam mais um peso de presente.
Porém, lamento dizer, a dor não tem seu fim aqui: não está próxima de seu precipício mas sim, principio.
...
Boas horas se passaram, o sol já estava no alto: banhando meus cabelos, evaporando o suor dos seus fios aos poucos. Parei por um momento, não por desejo. Estava cansado e, sem escolha, caio de joelhos na grama verde. Minhas vestes, antes limpas com esmero, se encontravam maculadas como nunca deveria estar. Sentir a grama, a natureza e vida percorrendo meus dedos soltos me arranca um pequeno riso. Parecia um pinto feliz por apenas poder brincar no lixo e talvez, eu fosse isso mesmo agora. Brincar, me sujar como uma jovem qualquer, era um dos luxos que minha vida de sacerdotisa outrora me roubará.
Cedi as suplicas de minha carne, a dor que - nessa altura - era o verdadeiro imperador de minhas pernas. Sento e, de maneira fugaz, tiro meu calçado e o deixo jogado para trás. Liberto e permito meus pés respirarem por um segundo breve, menos de um minuto se passava e apenas um detalhe da cena captura minha atenção: os recentes cortes que esse treinamento fez em meus pés, antes lisos e sem marcas. Perfeitos, lindos mas, que escondem um sofrimento intenso por trás de seu brilhante sorriso.
...
Poucos momentos depois me coloco a pé mais uma vez porém, agora não estou mais a mercê da segurança da terra. Subi, de maneira fugaz, a maior árvore que banhou meus olhos violeta. Num galho frágil me encontro, ele quase vacila com meus próprio peso. Assustadoramente similar com um papel contra o vento, lutando contra a inevitável queda que me espera.
De galho em galho meus dedos nus vão de árvore em árvore. Sempre reto, indo contra as normas do mundo. Meus braços, seguindo o costume arcaico, andavam cruzados atrás de minhas costas quentes. A pausa, o descansar, era um sonho que jamais se tornará a realidade.
Cada novo galho, cada novo salto sem descanso, significava mais um corte áspero em meus pés nus: mais uma cicatriz para a lista a cada ato que se fazia nesse mundo. Pois mais que meus lábios se mantivessem selados, vivos na mudez que foram criados para ser, a dor ainda estava lá: lá no canto junto das dezenas de cortes, dos gritos algozes que eu ignorava. A sacerdotisa era feita para ser admirada e cobiçada, nunca para falar o que pensa. Ninguém quer um objeto de decoração falante.
Os galhos estavam marcados de vermelho e, ainda sim, diante da grandeza dessa paisagem, meu sangue era o mesmo que nada. Horas se passaram e o cessar era uma palavra que não existia em meu dicionário. O sol, agora o do meio dia, fazia eu pagar o peso pela teimosia. Estava quente, o suor me sufocava sem dó.
A cada salto que fazia uma fração de meu chakra e stamina se despedia de mim. Com um bom par de horas, minha respiração já estava ofegante e meu corpo flertando com a exaustão quando, no linear do principio de mais uma tarde a montanha, outrora distante, sorria para mim há alguns metros de distância.
...
O sangue dos cortes em meus pés maculava sem pensar duas vezes a natureza que me cercava: deixava um rastro que não me permitia mentir sobre o passado que acabou de sair do forno. Observo, em meio ao ranger dolorosamente alto de meus ossos, a montanha que se fazia a minha frente: era vasta, montadas por pedra mais velhas do que essa minha podre carne poderia conceber.
Em seguida, a tona de suspiros que escaparam da prisão fria que provou ser meus lábios, voltava minha atenção para minhas mãos magoadas. Elas não estavam, tal como o resto de meu corpo, tendo um dia muito agradável. Mover meus dedos, mesmo que minimante, era uma labuta digna dos deuses. O ato, por mais mero que seja, fazia-me contorcer em silêncio.
Entretanto, isso não impedia a realidade de seguir em frente. Colocando minhas mãos e pés de uma maneira apropriada, comecei a escalar a montanha. As primeiras três horas, apesar de penosos, haviam sido bem sucedidos. A ventania, com o intuito de manter o costume, estava forte e desafiando meu equilíbrio uma meia duzia de vezes.
O sangue fervia e a adrenalina, essa droga bem vinda, afastava a fadiga por tempo o suficiente para eu conseguir subir um pouco. Porém, antes que pudesse cantar vitória, minhas mãos suadas pagaram o pato e, por um instante efêmero, escorregaram diante o domínio de uma, entre tantas, que desenhavam minha trilha até o topo.
Um segundo se passou e lá estava eu, em uma queda direta para me esparramar no solo. Metros e mais metros era o que constituiria a fina linha que me distingue dos vivos e dos mortos. Toda a minha carne, por mais que espirasse vontade de viver, estava submersa demais em sua própria estafa para fazerem algo. Os membros, anestesiados em sua dor, mal conseguiam se debater em vão.
Fechei os olhos, a força se esvaia até mesmo para os manter abertos. Abraçando a escuridão, poucas coisas conseguiam continuar acessas em minha mente: em especial, na contra maré que desenhou as dezenas de cicatrizes que tomam conta de minha carne, duas fotografias me consolam de maneira tola e, ainda sim, bem quista: a primeira o sorriso de minha mãe em uma noite chuvosa de Kiri e a outra, datada de seis anos atrás, mostra olhos opacos e cabelos ruivos sorrindo para mim apesar de todo o sangue que nos rodeia: uma mentira, um placebo de ignorância diante uma realidade fria.
...
A queda estava cada vez mais próxima e o desmaio estava cada vez mais convidativo. As dores, aos poucos, ficavam no passado. O coração, outrora acelerado, estava acomodado. Ele havia aceitado o destino, o cair nos braços da morte e eu, sinceramente, não posso culpa-lo. Talvez, se morrer aqui... Talvez assim todos que perderam sua vida por ter sua fé em mim se sintam com algum senso de justiça afinal. Entretanto, uma gentil mão me captura. Era Kaneki com suas asas de papel, como um anjo da guarda estava observando meu treinamento a distância e com carinho me salva do abismo. Do abraço da escuridão.
- Foi muito bem hoje, Asami. Não precisava de tanto, poderia ter se machucado sério dessa vez. - Ele dizia com suavidade em sua voz, querendo me passar confiança, enquanto me colocava gentilmente no topo da montanha e reservava um bom tempo para cuidar dos meus ferimentos. Ele, apesar de tudo, estava preocupado. Não o respondi, apenas rendi ao meu cansaço e cair na graça do sonos enquanto estava sob seus cuidados.


Fim do Treinamento
 

ATRIBUTO TREINADO:

CON: Por meio de um sistema de treinamento que consistiu em partes:
1. Corrida pela Floresta que cerca o Campo de Treinamento a pé por horas.
2. Continuação da Corrida, dessa vez saltando de árvore em árvore, sempre em linha reta.

Desculpe, foi a adaptação de um treinamento antigo. Entendo se não poder aceitar, meus planos originais (meus escritos de um treino conjunto de Asami e Rize) acabaram se perdendo e tive que improvisar;
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Mensagem por Shinju Qua Ago 18, 2021 7:32 pm

!! Atualizado !!



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Mensagem por Ilusionista Dom Ago 22, 2021 3:57 pm

Treinamento Conjunto Asami e Rize I

Asami POV
- Percepção, vocês devem ter ouvido de seu instrutor na academia que para ser um bom ninja ou, no caso de vocês, uma boa Konochi é preciso ter uma percepção aguçada. Mas, como se pode pedir alguém para ter uma "percepção aguçada" se nem lhe explicam o que seria a percepção em primeiro lugar?   - Serenamente Kaneki perguntava, retoricamente é claro. Filtrando-o a nos com seus olhos amarelados de lobo, tudo aquilo parecia mais uma palestra informal. Uma palestra que ele certamente cozinhou por horas com amor em sua mente apenas para nos. Suas aprendizes. Ele estava sentado na grama, de pés descalços e sentindo a natureza enquanto estava em nossa frente. Ele não ficará em pé durante a explicação, não. Ele não se via com o ego inflado querendo mostrar sua superioridade, não. Ele nos via como iguais, nos ensinava mas também aprendia muito com nos duas. Eu gostava da didática do sensei, assim como seu apreço por aulas ao ar livre regadas ao canto dos pássaros. Eu e Rize estávamos lado a lado, cada uma escrevendo tudo que Ishida dissertava sobre o tema. - Percepção é, no ponto de vista epistemológico... Isso é, de como recebemos o conhecimento, o agrupamento dos várias sinais que nossos sentidos recebem do mundo exterior em uma imagem ou significado. Essa imagem ou significado é o que chamamos popularmente de percepção.  
Ele continuou a aula, sempre que possível usando exemplos e gestos de mão para deixar o conteúdo mais palpável, sem deixar de ser calmo ou paciente em sua voz ou postura. Kaneki era um bom professor, ainda que demorasse a aceitar isso. Ás vezes ele podia ser tão teimoso quando Rize, tal pai tal filha eu acho. Esse pensamento me roubou um silencioso e doce sorriso enquanto anotava com uma grafia exemplar de tão bela suas observações sobre o tema. Rize fazia o mesmo, carregando seu caderno de mal jeito e escrevendo quase como se estivesse sendo obrigada pela própria mãe natureza para isso. Pequenos arrufos saiam de seus lábios, claramente não era isso que ela queria ter como aula. Porém, mesmo emburrado enquanto anotava tudo, sua beleza se destacava em minha íris violeta que a contemplavam de canto de olhos. Desculpe pássaros e natureza mas, sabe o ditado, Hyuugas são outra nível.
- Então, quando os instrutores ou os muitos manuais que podem encontrar na biblioteca falam que um bom ninja deve ter uma "percepção aguçada" quer dizer que o individuo precisa está pronto para capitar muita informação com seus sentidos e chegar a seu significado o mais rápido possível. Um pensamento rápido, ou uma "percepção aguçada" maior do que seu oponente pode salva-las no calor da batalha.     - Calmamente anunciava Kaneki, antes de uma delicada pausa em sua apresentação. Mesmo sem palavra alguma saída de seus lábios gentis, sabíamos que isso era um sinal de que as palavras que ele acabou de dar vida era fundamental para a aula de hoje. Ele cessa e, de maneira serena, observa as nuvens passando no céu, as observando quase como se tivesse uma inveja delas. Da simplicidade de suas existências. Enquanto eu e Rize, atentas as suas declarações até aqui, anotamos sua ultima fala em um par de minutos que logo se perdem nas areias do tempo. Ishida, ao notar que tínhamos terminado, dar um leve sorriso de orgulho e gratidão por estamos na vida dele, antes de continuar sua palestra. - Porém, deve se ter cuidado... Ter uma percepção aguçada real não é apenas ter um pensamento rápido... Você pode ter um pensamento rápido mas, se não é capaz de ler entre as entrelinhas, sua percepção pode levar a um resultado errado. Uma armadilha. Deve-se se perguntar sempre: a imagem que meus sentidos me oferecem é a única possível? Quais são as outras? Se tem outras... qual é a mais lógica? Normalmente as pessoas usam lógica como base para suas ações.
Ishida tem uma postura intelectual, mesmo quando não a deseja, não é a toa que ele ama escrever novos pergaminhos para a biblioteca central sempre que possível mas, isso que ele disse, já senti na pele. Na mídia, modelo ou figura publica de meu país como Sacerdotisa, fui a porta voz de várias mensagens bonitas para os ouvidos de meu povo que secretamente, por trás de sua imagem amena, só servia para alienar ainda mais meu povo enquanto os anciões arrancava o punhado de moedas que eles ainda possuíam. Ter sido parte disso, ter sido isso por muito tempo, ainda revira meu estomago e me faz sentir um ódio quente e corrosivo contra mim mesma. Entretanto, para não preocupar ninguém, mantenho meu rosto sempre sereno enquanto continuava anotar e prestar atenção ao que meu sensei diz sobre o tema.
Horas se passaram e nos duas, Rize e eu, estávamos assimilando o que Kaneki ensinava sobre a teoria da percepção e sua importância para um Shinobi. Rize, distinta de mim, sempre é autêntica e estava vermelha de raiva a está altura. Eu não sabia o motivo, mas, mesmo atormentada com os pensamentos do meu passado, busco segurar sua mão de maneira gentil e acalma-la. Entrelaçar nossos dedos e descansa-los juntos na grama. Deixando que ela sentisse meu calor humano, minha paixão por ela, enquanto filtrava seus lindos olhos azulados. Sentia que algo ia explodir, mesmo que pudesse enxergar que ela era grata por esse carinho, ele não seria suficiente. Não dessa vez.
- Talvez possamos parar para o almoço, fiz o prato favorito de cada uma de vocês... - Kaneki não era tolo, já tinha percebido como Rize estava e tentou conquista-la por um de seus pontos fracos. O estomago. Ishida apontava para uma cesta de piquenique que ele deixou encostada numa árvore próxima, nesses treinamentos, ele sempre fazia questão de fazer nossos almoços e (por vezes) jantares. Era algo muito fofo de sua parte, duvido que os outros Jounnins vejam seus aprendizes como além de "soldados descatáveis" como ele faz. Ele nos ver como sua família
Entretanto, já era tarde demais. Rize apressadamente desfez nosso juntar de mãos e levantou-se brava e com seus punhos tão serrados que sua palma se perdia em uma vermelhidão digna de sangue. Ela explodiu.

Rize POV
- Todos os outros Jounnins ensinam a seus alunos técnicas! Quero um Chidori ou, sei lá, Rasengan! Tudo que aprendi hoje, um daqueles livros "para treinamento" poderiam me mostrar. Passa semanas sem mal aparecer em meus treinos, só mandando livros idiotas como um pai que lembra de mandar algumas moedas no aniversário de sua filha... Porra! Se vai ser como eles, ao menos me avisasse para que eu não criasse falsa esperança... Por que, saca, eu criei!   - Gritei aos quatro ventos malditos tudo que eu sentia, eu tinha uma boca e não iria costura-la como boa parte fez. Como minha mãe fez enquanto praticamente me vendia para os guardas da Prisão de Sangue. Apesar de minha raiva em erupção, poderosa e que se recusa a parar diante o mundo, semelhante a uma onda ou tempestade, não era só ela que existia em meu coração. Ele estava confuso, havia ira em mim e em minhas veias, mas ela era só uma máscara. Uma mentira para esconder toda a tristeza que ser abandonada na prisão me deixou, assim como o sentimento de traição que aos poucos me consumia - como fogo, saia queimando minhas entranhas até nada restar - ao perceber que meu novo pai estava fazendo o mesmo só que em rítimo de contra gotas. Ishida tentou colocar sua mão serenamente, e paternalmente, em meu ombro como ele sempre faz quando preciso dele. Porém, em um gesto bruto, a joguei para fora deixando-a solitária no ar. - Não preciso de piedade, muito menos da sua.
- A vida de um Jounnin é cheio de tarefas, ainda mais que são considerado a elite. Tenho operações solo, relatórios e as vezes comando do próprio Hinzu para cumprir. Isso não justifica minha ausência e nem procuro isso. Me desculpe, tentarei mais presente para vocês duas... Mais presente para você, Rize. - Ele falava com a calma de sempre e como eu odeio isso. Custa ele perder os nervos como gente normal uma vez ou outra. Dificulta ficar com raiva dele, ele me diz essas palavras com sinceridade e, isso é o pior, se ele apenas mentisse eu poderia jogar na cara dele e pronto. Mas, esses olhos amarelos que me filtram, estão dizendo a verdade e mais, estão em seu fundo, magoados por minhas palavras. Quase sinto como se ele se culpasse mais do que mesma o culpo por sua ausência. Contra meus instintos, meu coração aquece um pouco a perceber tudo isso porém, não o suficiente para fazer minha máscara de raiva ruir e minha verdadeira tristeza adormecer. De espírito confuso, apenas o escuto falar enquanto olha fundo em minha irís azulada, como se ela fosse todo seu mundo... Como se eu fosse seu mundo. - Pode não parecer ao principio mas, é ao básico que você mais recorrer quando o perigo lhe ameaçar. Não são técnicas poderosas que definem a força de um Shinobi muitas vezes, aquele que acaba vencendo, é o que sabe usar seus recursos básicos e essenciais de maneira inteligente e criativa.
- Não é uma técnica básica ou um mero truque astuto que Medusa e meu povo precisava naquele dia. Era mais poder, se eu o tivesse, poderia ter salvado todos... Poderia não ter sido o motivo dela não ter morrido em meu braço! - Exclamo ao mundo, sem medo de exprimir na cara de todo mundo, corajosa e autêntica como ela me motivou tanto a ela. Eu devo isso a ela, devo a minha vida a ela.  Lembrar daquele dia, a noite que vi diversos olhos sendo arrancados de Hyuugas ainda vivos, corta meu coração com se um milhão de lanças fossem lançadas contra ele. Uma lágrima quase rola em meu rosto, mas o contenho. Sufoco-a com mais raiva para não ter que, novamente, encarar aquela horrível realidade. Ishida desvia o olhar, machucado, enquanto eu continuava a declamar umas duras verdades. - Não espero que entenda, você sempre teve poder né? Só aqueles que nunca o tiveram sabem seu real valor. Você não estava lá quando ela mais precisou, mas sei que não adiantaria nada você lá. É fraco, um peso para Medusa, o pior Jounnin que nem para salvar sua amada serve.
Foi só quando as palavras sairiam de minha boca que notei toda a crueldade que acabei de dar vida, toda a dor que acertei no Ishida que apenas ficou pacientemente me ouvindo. Naquele momento meu espírito era uma verdadeira montanha russa, a raiva intensa que sentia subitamente deu lugar a uma imensa sensação de culpa e arrependimento. Era uma sensação cortante, áspera e crua que parecia fatiar toda a minha pele de dentro para fora, Um sentimento sufocante como se meus próprios dedos me estrangulassem e eu achava isso justo. Naquele momento só queria ir atrás dele, abraça-lo mas ele já havia se distanciando. Ficado sozinho em um lugar mais isolado deste campo de treinamento. Dei alguns pequenos passos em sua direção mas, a ruiva gentilmente segurou minha mão.
- É melhor o Sensei ficar sozinho um pouco... Ele precisa de um tempo, todos precisamos Riri. - "Riri" era o apelido carinhoso e informal que ela me deu e, apesar da serenidade casual da sacerdotisa, podia notar um tom mais sério em suas palavras. Segui seu conselho e ficamos de mão entrelaçadas, dividindo o calor uma da outra, enquanto esperávamos Kaneki voltar. O carinho dela, sentir seus dedos brincando com os meus, ajudou a aliviar o peso que agora eu sentia. A confusão que minha maldita alma é. Sabe como é, a Sacerdotisa escarlate sempre será meu entorpecente favorito.
- Bem, não posso lhe ensinar uma técnica poderosa agora mas, você terá a chance de provar seu ponto Rize. Vocês duas, devem identificar o verdadeiro e acertá-lo. Que comece o treinamento prático. - Subitamente, quase como um se estivesse surgindo do nada para nossos olhos, Kaneki falou com sua voz calma e gentil de maneira casual. Era como se ele tivesse apagado todo seu sentimento envolta das malditas crueldade que meus lábios haviam dado vida. Mas, nos duas sentimos que está lá. No fundo. Talvez, sempre estivesse lá. Ele fez um conjunto de selos tão rápidos que me deixou boca em aberto, por mais que eu morresse negando se você me perguntasse, Apesar de toda dor, confusão e arrependimento que me corrói, fazia minha cara debochada e insultante de sempre. Asami, que ainda não largou (pelos deuses) minha mão sabia disso e apenas sorrio achando tudo "meio fofo". Em fim, seis clones apareceram no lado esquerdo e direito de Kaneki que, com uma leveza irritante, adiciona a única regra desse desafio. - Sem Byakugan, por gentileza.    
Antes que pudéssemos assimilar tudo, bombas de fumaça foram lançadas e tomaram boa parte do campo com uma fumaça roxa. Foi nesse momento, o que é bom nunca dura para sempre, que nos deixamos de unir nossas mãos e usamos para proteger nossas bocas que torciam com a fumaça.  Nossas gargantas ardiam como se estivessem banhadas por brasas vindas do próprio inferno. Nossos olhos, seguindo a moda, começaram a lagrimejar e formos forçadas há cada uma de nos fechar os olhos. Aproveitei para tentar me concentrar em perceber o ambiente pelos ouvidos. Aproveitando o silêncio, usei a audição ao meu favor. Foquei em apenas ouvir, ouvir o som dos pássaros....  Ouvir o som da grama sendo levada pelo vento. No inicio foi um tédio, foi difícil mas, a medida que os segundos passaram, eu me acostumava. Não passava de músculos afinal, e o segredo deles todos é apenas um: prática.  
Ouvia muitos passos, isso significa muitos inimigos. Aquilo me dava medo, mesmo sendo meros clones. Nunca tinha tentando algo assim, ele contra nos. Mesmo sabendo que ele nunca nos feria e dizendo que ele é o pior Jouninn no fundo, sabia que ele não era um qualquer para o Hokage idiota e trairá ter lhe cedido o titulo mesmo ele sendo um estrangeiro. O medo agia quase por instinto, fazendo meus ossos tremerem e meus sentidos começarem a ficar dúbios. O terror me dar calafrios e, com pressa e sem jeito, armo meu arco. Ouvir tudo não era possível, estava assustada demais porém, me preparo mesmo assim.
Sinto uma mão em meu rosto, dançando entre eles, era quente e reconfortante.  O seu toque era reconhecível mesmo quando estou navegando em meio a uma tormenta, era o toque de Asami. Ela havia fechado os olhos como eu e se guindo pelo que escuta. Escutar eu tirar o arco assim, cheia de nervosismo, foi o suficiente para ela perceber que eu precisava disso. De minha âncora em meio a tormenta. Eu sorri em agradecimento e, mesmo que ela não pudesse enxerga-lo, sentia de alguma maneira que eu estava bem agora e voltou sua atenção a batalha. Tínhamos uma forte ligação. Concentro-me novamente e escuto os pássaros, o vento movendo a grama e, algo mais. Escutei próximo a nos algo pesado acertar um monte de grama perdida. Era um passo, um passo indo diretamente em nossa direção.
- Asami... - Exclamei planejando avisar a ruiva quando escuto apenas seu corpo sendo lançado por um golpe. Ela caiu, o baque foi alto suficiente para eu saber mais ou menos aonde ela estava. Ele estava perto de mim, talvez a minha frente, posso ouvir sua respiração. Sem cerimônia, e usando minha audição como guia, disparei uma flecha em sua direção. Porém, não houve nenhuma reação. Não escutei gota de sangue ou o bater de outra arma contra o projetil para se defender. Percebo então que ele deve ter se esquivado e a flecha adentrando a floresta, por isso não a ouvir acertar algo. É Percepção Aguçada que falam? Toma essa!
Não o ouço indo embora, mas assumo isso pois não fui atacada. Mesmo sabendo onde a sacerdotisa caiu pelo som do baque, não tinha como ter a precisão do local. Isso me deixava ansiosa, suando quando armo mais uma flecha neste arco. Isso faz meu coração acelerar, me desespera até. Porém, antes que eu precise falar algo, Asami começa a gritar de sua posição. Astuta.  Concentrando-me, me livrando de outras informações fechando meus olhos, logo a encontra apenas percebendo seu som. Logo estamos juntas novamente. Continuo centrada na audição mas, nenhum galho ou monte de grama estava fazendo barulho, assim como os passos parecem ter cessado. Todo o campo estava calmo, calmo como acontece antes de uma tempestade.
Escuto de surpresa algo cortando o vento e vindo de cima em alta velocidade. Ele e seus clones estavam nas árvores! Não fui rápida a perceber e eles estavam há me atingir. Por sorte, Asami me abaixou junto a ela em tempo. Posso não ter notado mas, a ruiva estava prestando atenção e com seus ouvidos ouviu o lançar desses projeteis. Ainda no chão, ouvir eles fincarem alguns centímetros de nossas cabeças. Me arrasto até eles, eram dois, e os tocos de todos os lados. Através do tato percebo que, por sua forma, eram Shurikens.
Nos levantamos e larguei o arco e flecha ao chão, pedindo uma Kunai a Asami que pontualmente me cedeu uma dela. Era estranho segurar algo que ela também segurou em tantas missões, era algo estranhamente intimo em nosso modo de vida e isso me fez sentir as bochechas aquecer por alguns instantes. Concentro-me unicamente em minha audição e fico atenta ao som de cada projetil. Ele lançava sempre dois, com um pequeno intervalo entre eles... algo como um par de segundos. As shurikens que ouvia cortar o vento, todas as defendo com essa faca negra e ouço cair no chão inertes. Depois de uns dois segundos neste jogo de perceber (através da audição) de onde vem as Shurikens e defende-las com uma lâmina e destreza, ele cessou. Não só ele mas, a bomba de fumaça, também estava cessando. Desaparecendo com o tempo.
- Escute Rize, só um me atacou, mesmo ele sendo um esquadrão de sete com seus clones. Só duas Shurikens eram lançadas por vez, um em cada mão... E a um espaço entre eles, o espaço onde ele muda de posição para parecer que todos os sete estão atacado mas, é só um. Somente um deles pode atacar, é material. Os outros são clones inteligíveis, não são uma ameaça real.   - Abri os olhos e a primeira coisa que vi era Asami, daria o mundo para o diabo se isso pudesse acontecer todo dia. Seus olhos violeta pareciam especialmente brilhantes enquanto ela anunciava sua dedução. Sua inteligência é tão encantadora. Aceno feliz para ela tanto para dizer que entendi quanto para apoiá-la. Sem cortina de fumaça roxa, eram nos duas encarando frente a frente o esquadrão de clones do Kaneki.
Eu os observei, estavam todos sem arma, pareciam ter tirado um momento para se orgulhar de sua aprendiz verdadeiramente. Eu podia ver isso em seus olhos de lobo brilhante. O sol do meio dia chegou, o calor era um saco. Porém, enquanto os observava, percebi que somente um Kaneki fazia sombra entre todos, mesmo estando todos sob o mesmo sol. Um sorriso nada discreto se fazia em meu rosto, uma alegria e adrenalina me tomaram por um momento, enquanto apontava para o ultimo Kaneki da esquerda. O Verdadeiro Kaneki.
- Saber ler entre as entrelinhas, foi isso que ensinou na sua palestra né? Foi o que você fez com as Shurikens, fez um único inimigo parecer vários para nos assustador. A fumaça era para que os "sinais" que nossos sentindo usam para criar nossa percepção fossem errados desde o inicio. Asami falou que são inteligíveis então, os clones não poderiam fazer sombras... Só o verdadeiro pode. - Disse animada e ele sorriu em admiração antes de fazer os clones. Dei pulos de alegria e estava pronta para segunda parte do desafio - acerta-lo - quando um ninja apareceu no meio de nossa sessão de repente. Ele usava colete e tudo, possivelmente Chunnin.
- Querem a presença do senhor no gabinete do Hokage.  - Ele disse antes de ajoelhar em respeito, Kaneki logo indicou que isso não era necessário e gentilmente ajudou-o seu companheiro.
- Por favor, qual a urgência desse pedido meu caro? - Ele dizia com leveza na voz mas, dava para ver pelo semblante do outro, que isso de nada ajudou a acalma-lo. Parecia tenso. Por que me importo com isso, ele vai me abandonar de novo! Bato o pé com raiva no solo, o que chama a atenção de todos, e me distancio. Ao exterior parece raiva mas, em meu interior e para a sacerdotisa, era claro que tudo isso era para esconder minha tristeza.
- É sobre o ultimo memb... - Kaneki educadamente pediu para ele parar sua fala com um gesto de mão.
- Se não é urgente, vou após terminar o treino e almoçar com as minhas dicipulas... Sei que Hiazu e a senhorita Maiuri entenderão, sim? Muito obrigado.
Aquilo me surpreendeu e me fez correr para abraça-lo impulsivamente após o ninja estranho sumir. Durou apenas um instante e depois o afastei, voltando a minha cara debochada de sempre.

Fim do Treinamento em Conjunto de Rize e Asami I
 

ATRIBUTO TREINADO
PER: Através da aula de Kaneki sobre Percepção e a anotação dos principais pontos abordados. A anotação e aprendizagem do tema foi feito por Rize e Asami, ainda que a narrativa seja pelo ponto de vista da ultima.  Na narração de Rize as duas treinaram a percepção apenas se guiando pela audição durante toda "luta". A dedução delas sobre a natureza dos clones e sobre qual é o verdadeiro (o primeiro feito por Asami e o segundo feito por Rize) destaca a percepção em combate. Não sabia ao certo como fazer um treinamento conjunto, foi a primeira tentativa. É super bem vindas sugestões.
- A técnica feita por Kaneki é o Jutsu básico Técnica de Clonagem
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Mensagem por Ilusionista Dom Ago 22, 2021 9:57 pm

Treinamento Individual Maquiavel XVIII

Maquiavel POV


Mais uma noite nessa terra estranha, é quase contra minha natureza esses "treinos" mais recentes. Essa paz sem sentido é o inverso do que meu clã defendia. Diferente de onde vim, a nevoa ofuscava o brilho das estrelas efêmeras mas, em meio a essas arvores, esta não é mais minha realidade. Ou, ao menos, era nisso que meus lábios selados queriam acreditar de maneira momentânea. Não posso os culpar, os castigar como meu pai fazia com minha carne, afinal, na entranha mais obscura, talvez seja essa a verdade. Talvez, eu tenha mudado de fato.
Encosto em um tronco e, sob o luar, afasto esses pensamentos proibidos enquanto abro um livro sobre a teoria que envolve a Percepção e sua importância na vida Shinobi. Comecei a ler as primeiras páginas de uma forma atenta, de uma forma que nenhum detalhe ousaria escapar de meu olhar. Era como meu pai, para o bem ou para o mal, ensinou-me. Fazia isso como uma máquina, devorava uma folha por minuto.
- Percepção é, grosso modo, a faculdade de nossa mente que dar significado aos estímulos que os sentidos recebem. Um Shinobi precisa ter uma percepção elevada pois, seja em uma missão ou batalha direta, conhecer (perceber) o ambiente que está corretamente pode salvá-lo de uma armadilha ou pior . - Sussurrava para meus ouvidos solitários, como se estivesse marcando com a mente aquilo que era o destino da caneta. - Percepção, a manipulação da percepção do outro sobre sua figura e verdadeira natureza, são as armas principais de um Shinobi. Use e abuse de teatralidade.
Passava página por página, sentia os minutos viraram horas quase sem fim. Dezenas de palavras, aos poucos, se tornaram milhares. E, como um bom soldado, continuei as dissecando: continuei lendo até que o ultimo segredo dessas linhas morressem por asfixia. Entretanto, o passado me assombrava, a calmaria não fazia meu sangue ferver. Essa paz que tanto declaram, essa falsa paz, me incomoda: vai contra meus instintos mais básicos.
- Dominar a arte da percepção, não é só melhorar sua visão do ambiente mas, em seu nível mais avançado, dominar os atos certos que permitem parecer mais do que uma simples pessoa na percepção de seu inimigo. Se torna algo maior que um mero Homem. .
Isso fazia um sorriso, um esboço de um breve sorriso, tomar conta de meus lábios secos. Essa derradeira a citação, aquela que protagoniza as linhas derradeiras dessa obra, lembram - de forma - agridoce meu pai: todo o peso que meu sangue carrega. Tendo terminado o livro, retiro-me do lugar. A biblioteca já deve está sentido minha falta.

Fim do Treinamento

ATRIBUTO TREINADO
PER: Através da leitura noturna de um livro que trazia noções teóricas sobre o que é Percepção e seu papel na vida Shinobi.  Foi novamente uma adaptação de um treinamento antigo, desculpe.
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Mensagem por Ilusionista Dom Ago 29, 2021 1:53 am

Rize Treinamento Individual

O sol batia em meus rosto ainda que estivesse  jovem, recém nascido daquele dia. Minha mão morena e cheia de cicatrizes da minha vida (ou sobrevivência) em meio a Prisão de Sangue, abraçava a alça de um leve mochila escura. Era totalmente distinto de meus olhos azulados tom de mar, vividos como a própria natureza a minha volta podia ser. Eu a adorava, amava ouvir o canto de seus pássaros... Promessas de um novo amanhã que jamais poderiam ser encontrada em meu clã. Em seu sistema de servidão e opressão.

- Droga, Rize. Para sobreviver lá, você teve que conseguir poder. Se eu quiser mudar o sistema desses malditos nobres, honrar Medusa, eu preciso conseguir mais. Só aquele que nunca teve poder sabe seu real valor... Sabe como mudar o mundo. - Sussurro para meus ouvidos solitários ao mesmo tempo que repouso minhas poses na sombra de um tronco.
Com os braços cruzados para trás, contra o vento e a física, me impulsionava para frente em uma corrida exaustiva. Entrei nas profundezas da floresta, querendo atravessar quilômetros até a montanha mais próxima: ela estava em meus planos que acabaram de sair do forno. Porém, como até a criança mais ingenua possa conceber, isso não seria uma tarefa para os que temem a labuta. Os minutos voavam como meu esguia semblante nessa corrida, o suor tomava conta de meus cabelos negros encharcados em seu próprio suor. Assim como nas noites que os servir, servir a Casa Principal, meus ossos regem de fadiga. Mas, dessa vez, era por que eu queria. Era por que eu escolhi e isso me arrancava uma risada forte e determinada, livre, enquanto eu seguia o caminho.
A esquiva de galhos e animais era um trabalho pouco grato, saltando rapidamente entre eles para não perder o rítimo era, no ponto de vista tático, um desperdiço de Stamina. Aos poucos, como uma máquina de carne e osso, minhas pernas começam se aprofundar em seu próprio desgaste. Como a máquina que os nobres tanto se esforçaram para lapidar. Uma máquina criada somente para a servidão. Desgastante era porém, ao perceber que estava seguindo o caminho de outros esquilos e insetos, percebendo que não estava sozinha e estava em liberdade na estrada, era possível desenhar um exausto sorriso em minha face. Um encanto pela liberdade fugaz que eu faria de tudo para ser eterna para mim e meu povo.
A corrida continuava, os braços sempre cruzados. Apesar da minha destreza impar com meus olhos ardentes, uma certa ruiva de olhar opaco sabe que isso não é um dom compartilhado por meus pés. Mesmo calçados, estavam muidos com o esforço que essas dezenas de minutos traziam para seus pequenos - e pálidos - dedos que, a cada segundo, ganhavam mais um peso de presente.
Porém, lamento dizer, a dor não tem seu fim aqui: não está próxima de seu precipício mas sim, principio.
...
Boas horas se passaram, o sol já estava no alto: banhando meus cabelos, evaporando o suor dos seus fios aos poucos. Parei por um momento, não por desejo. Estava cansado e, sem escolha, caio de joelhos na grama verde. Minhas vestes, antes limpas com esmero graças aos esforços do chato do Kaneki em deixar minhas roupas boas para essa sessão de treinamento, se encontravam maculadas como nunca deveria estar. Sentir a grama, a natureza e vida percorrendo meus dedos soltos me arranca um pequeno gemido de raiva. A minha fraqueza me enjoava, me assustava em seu íntimo, pois foi ela (e minha covardia) que tirou minha única mãe de mim. Medusa.
Cedi as suplicas de minha carne, a dor que - nessa altura - era o verdadeiro imperador de minhas pernas. Sento e, de maneira fugaz, tiro meu calçado e o deixo jogado para trás. Liberto e permito meus pés respirarem por um segundo breve, menos de um minuto se passava e apenas um detalhe da cena captura minha atenção: os recentes cortes que esse treinamento fez em meus pés. Mais alguns para a coleção de tantos. Não importava, prisão ou Konhoa, amigos ou inimigos, todos cortaram minha carne em um momento. Me pergunto se ela também irá um dia, minha ruiva e princesa. A sacerdotisa Asami.
...
Poucos momentos depois me coloco a pé mais uma vez porém, agora não estou mais a mercê da segurança da terra. Subi, de maneira fugaz, a maior árvore que banhou meus olhos violeta. Num galho frágil me encontro, ele quase vacila com meus próprio peso. Assustadoramente similar com um papel contra o vento, lutando contra a inevitável queda que me espera.
De galho em galho meus dedos nus vão de árvore em árvore. Sempre reto, indo contra as normas do mundo. Meus braços, seguindo o costume arcaico, andavam cruzados atrás de minhas costas quentes. A pausa, o descansar, era um sonho que jamais se tornará a realidade. Era uma realidade negada a mim desde o nascimento.
Cada novo galho, cada novo salto sem descanso, significava mais um corte áspero em meus pés nus: mais uma cicatriz para a lista a cada ato que se fazia nesse mundo. Pois mais que meus lábios se mantivessem selados, vivos na mudez que foram criados para ser, a dor ainda estava lá: lá no canto junto das dezenas de cortes, dos gritos algozes que eu ignorava. A casa secundária é feita para servir e morrer nunca por si, mas por seus ditos mestres - e a eles nossa voz e nada era a mesma coisa.
Os galhos estavam marcados de vermelho e, ainda sim, diante da grandeza dessa paisagem, meu sangue era o mesmo que nada. Horas se passaram e o cessar era uma palavra que não existia em meu dicionário. O sol, agora o do meio dia, fazia eu pagar o peso pela teimosia. Estava quente, o suor me sufocava sem dó.
A cada salto que fazia uma fração de meu chakra e stamina se despedia de mim. Com um bom par de horas, minha respiração já estava ofegante e meu corpo flertando com a exaustão quando, no linear do principio de mais uma tarde a montanha, outrora distante, sorria para mim há alguns metros de distância.
...
O sangue dos cortes em meus pés maculava sem pensar duas vezes a natureza que me cercava: deixava um rastro que não me permitia mentir sobre o passado que acabou de sair do forno. Observo, em meio ao ranger dolorosamente alto de meus ossos, a montanha que se fazia a minha frente: era vasta, montadas por pedra mais velhas do que essa minha podre carne poderia conceber.
Em seguida, a tona de suspiros que escaparam da prisão fria que provou ser meus lábios, voltava minha atenção para minhas mãos magoadas. Elas não estavam, tal como o resto de meu corpo, tendo um dia muito agradável. Mover meus dedos, mesmo que minimante, era uma labuta digna dos deuses. O ato, por mais mero que seja, fazia-me contorcer em silêncio.
Entretanto, isso não impedia a realidade de seguir em frente. Colocando minhas mãos e pés de uma maneira apropriada, comecei a escalar a montanha. As primeiras três horas, apesar de penosos, haviam sido bem sucedidos. A ventania, com o intuito de manter o costume, estava forte e desafiando meu equilíbrio uma meia duzia de vezes.
O sangue fervia e a adrenalina, essa droga bem vinda, afastava a fadiga por tempo o suficiente para eu conseguir subir um pouco. Porém, antes que pudesse cantar vitória, minhas mãos suadas pagaram o pato e, por um instante efêmero, escorregaram diante o domínio de uma, entre tantas, que desenhavam minha trilha até o topo.
Um segundo se passou e lá estava eu, em uma queda direta para me esparramar no solo. Metros e mais metros era o que constituiria a fina linha que me distingue dos vivos e dos mortos. Toda a minha carne, por mais que espirasse vontade de viver, estava submersa demais em sua própria estafa para fazerem algo. Os membros, anestesiados em sua dor, mal conseguiam se debater em vão.
A queda estava cada vez mais próxima e o desmaio estava cada vez mais convidativo. As dores, aos poucos, ficavam no passado. O coração, outrora acelerado, estava acomodado. Ele havia aceitado o destino, o cair nos braços da morte e eu, sinceramente, não posso culpa-lo. Talvez, se morrer aqui... Talvez assim todos do Movimento que tiveram coragem e morreram com digna, consigam alguma satisfação ao ver a única que temeu e se escondeu ter o que merece. Entretanto, uma gentil mão me captura. Era Kaneki com suas asas de papel, como um anjo da guarda estava observando meu treinamento a distância e com carinho me salva do abismo. Do abraço da escuridão. O meu "pai" idiota estava lá para me resgatar novamente, ele sempre quer salvar o pássaro de asa quebrada mesmo quando ele é cheio de veneno... Mesmo que ele seja eu.
- Rize, você deveria ter esperado eu terminar minha pesquisa para irmos treinar juntos. Esse era o combinado.- Ele dizia com suavidade em sua voz, querendo me passar confiança, enquanto me colocava gentilmente no topo da montanha e reservava um bom tempo para cuidar dos meus ferimentos. Ele, apesar de tudo, estava preocupado. Secretamente desesperado e, no fundo, orgulhoso de eu ter conseguido sozinha. Orgulhoso de sua filha como meus pais biológicos jamais estiveram. Não o respondi, apenas rendi ao meu cansaço e cair na graça do sonos enquanto estava sob seus cuidados.


Fim do Treinamento


ATRIBUTO TREINADO:

CON: Por meio de um sistema de treinamento que consistiu em partes:
1. Corrida pela Floresta que cerca o Campo de Treinamento a pé por horas.
2. Continuação da Corrida, dessa vez saltando de árvore em árvore, sempre em linha reta.

Desculpe, foi a adaptação de um treinamento antigo. Não pude ter tempo de desenvolver algo melhor.
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Mensagem por Ilusionista Dom Ago 29, 2021 10:18 pm

Maquiavel Treinamento Individual IX

Maquiavel POV
- Eles estão demorando para me colocar em um Time, tenho que considerar a possibilidade de ter sido descoberto. De ter falhado em minha missão. - Sussurrava para meus próprios ouvidos solitários em meio a um medo - um medo de meu pai punir a mim, dar a mim muitas chicotas por isso. Aqui, só o canto dos pássaros são testemunhas de meus temores.
Agora, enquanto brincava com um uma Kunai entre meus dedos, estava na hora de testar uma novidade que peguei emprestado com Izumi, na verdade, uma novidade que ela me cedeu quase como se soubesse que eu precisava de algo para distrair a minha mente depois da "visita" de Ebern. Izumi era uma garota de cabelos rosa, uma das aprendizes de meu pai e a única Ferramenta Cientifica Ninja na A Organização. Inteligente, ela está infiltrada no Grupo Cientifico de Konhoa enquanto, em uma vida dupla, é a líder da célula de meu pai aqui.
- Acho que ter vivido com ela por quase dois anos, sob o mesmo teto e senhor, nos faz irmãos... Ou algo parecido com isso. - Dizia em mais um sussurro para mim mesmo, um sussurro indiferente enquanto segurava a Kunai com firmeza em minha mão esquerda. - Foco. Você precisa ter foco, lembre dos ensinamentos de seu senhor, Maquiavel.
Em um ato fugaz a Kunai salta graciosamente de meus dedos e a parte a toda até seu alvo. Ela, em questão, era metálica e cuidada com esmero. Parecia, aos meus olhos neutros e analíticos, um humanoide sem face feito de metal. Antes que eu pudesse clamar minha vitória entretanto, o objeto outrora estático se moveu no derradeiro segundo frustrando meus planos e fazendo valer o nome de minha colega de cabelos rosas longos como uma grande cientista. Foi ela que o programou.
- Rápido, sem limite de Stamina e emoções. Eficaz. Em soma, estava enfrentando tudo que ele quer que eu seja. - verbalizava de maneira fria e em volume baixo, já preparando com minha mão esquerda a próxima faca negra a ser lançada. - A mente de um robô ainda não é tão complexa quanto o cérebro humano, não ainda ao menos. Preciso descobrir como usar isso ao meu favor.
Minha respiração estava leve junto de toda minha frieza. O segundo tiro, seguido a tradição, foi esquivado pelo robô através de suas pernas velozes - muito além do que a carne humana é capaz. Por mais que a falha fervesse o meu sangue sem piedade, o avanço da ciência era algo que me fascinava. Era o que no que eu deveria me espalhar de acordo com King.
Continuei sacando em bolsos de minhas vestes essas pequenas facas negras, Kunai após Kunai que tocava brevemente os meus dedos. Inicialmente, era leve e habitual mas, ao ritmo que meus disparos cortavam - de maneira progressiva - o vento. O suor e dedos cansados, pelos vários llançamentos consecutivos e velozes que fazia, ao pouco pintava essa grama, essa natureza, de com meu suor. Meu sinal de que não só e nunca serei o que ele espera isso de mim. E Isso me assustava, isso era tudo que eu conhecia.
Mesmo com a dor, mesmo com os dedos cada vez mais trêmulos e esgotados, continuava disparar os projeteis na máquina que se movia astutamente. Horas se passaram, a lua usurpou o trono do sol e eu, como filha digna da teimosia, ali continuava. Já era a Kunai número trinta que errava o alvo, caia no meio das arvores: longe do meu alvo, dessa peça de sucada apática irmão de meus olhos idem.
Ofegante estava minha respiração, a paz havia me abandonado e apenas a exaustão em meus ossos restava como minha companheira. As mãos tremiam, há horas suplicando uma pausa - perversamente - negada. Entretanto, diferente dessa perfeição feita de aço perante meus olhos negros, eu tinha um limite: eu tinha um coração cansado, batendo em desespero.
Em um ato, sem fazer cerimônia, larguei mina derradeira faca negra no chão e me esbarrei no toque irritante dessa grama. Estava deitada, a testa suada e meus olhos - finalmente - abraçavam a escuridão. O baque do arco caído ao meu lado, junto das diversas flechas tombadas e espalhadas no cansaço, foi a derradeira gota de realidade antes de cair no mundo dos sonhos em pregos árduos.
Fim do Treinamento

ATRIBUTO TREINADO:
DES: Através do uso frequente do ato de lançar Kunais contra alvos em movimento. Desculpe, é uma adaptação de treino antigo. No plano original, Izumi apareceria em pessoa invés de ser apenas citava.

"Inspiração visual para Izumi:
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Mensagem por Ilusionista Dom Ago 29, 2021 10:32 pm

Asami Treinamento Individual XII

Estava um pouco cansada, irritada pela demora da academia em me colocar um time. Quem sabe, meu histórico em minha terra natal esteja pisando na consciência deles. Não posso os culpar, a única coisa que ainda mantém uma inocência em meu sorriso na frente das câmeras. Havia chegado no meio da floresta nessa altura do campeonato, a mesma que já me conhece: a mesma que, em suas profundezas, possui minha marca e destruição próxima do rio.
Curiosamente, é onde decidir sentar hoje: em sua beirada, apenas assistindo as ondas indo e voltando em uma paz que somente a natureza tem o luxo de possuir. Em minhas mãos brancas como neve seguram um livro grosso, filho da biblioteca central daqui. Aluguei-o por sete dias mas, modéstia a parte, só os tolos demorariam tanto.
Um breve esboço de sorriso domina meus lábios finos enquanto eu tirava o marcador de página do lugar, colocando-o soube a guarda da grama ao lado. Estava em seu inicio, o livro se chamava Princípios da Percepção para um Shinobi. A medida que passava suas páginas, as lia com esmero, percebia-as um pouco ásperas e amareladas, como se o próprio tempo esqueceu-se na beira da estante.
- Percepção é, grosso modo, a faculdade de nossa mente que dar significado aos estímulos que os sentidos recebem. Um Shinobi precisa ter uma percepção elevada pois, seja em uma missão ou batalha direta, conhecer (perceber) o ambiente que está corretamente pode salvá-lo de uma armadilha ou pior. - Sussurrava para meus ouvidos pálidos, era um nota mental do que achei mais importante. - Percepção, a manipulação da percepção do outro sobre sua figura e verdadeira natureza, são as armas principais de um Shinobi. Use e abuse de teatralidade.  
Aquilo me interessava, atiçava as trevas que se escondiam nas entranhas profundas de meu coração. Lembrava a mim o tempo que o teatro foi o conhecimento que salvou minha vida enquanto passava de cidade em cidade. Sempre fugindo deles, fugindo dos Arautos do Demônio. Recordava-me, ao passo de que minutos se transformaram em horas, minha infância ladina: quando, no escuro onde as câmeras não me possuíam, eu lia sobre uma arte de outrora. A arte de ser uma ninja. Céus, naquela época, meu maior receio era ser pega com a mão na massa por minha mãe... Ouvir seu sermão de que isso não colocava comida na mesa no fim do dia.
Eram tempos mais simples. Continuava lendo, explorando os mínimos caminhos desta obra.
-  Dominar a arte da percepção, não é só melhorar sua visão do ambiente mas, em seu nível mais avançado, dominar os atos certos que permitem parecer mais do que uma simples pessoa na percepção de seu inimigo. Se torna algo maior que um mero Homem. - Suspiro, as horas de leitura pesavam em meus olhos violeta. Não sou mais a mesma de seis anos atrás, meus sonhos foram em outra direção quando o conheci. - Contemplar o elo entre o objeto e o Homem é uma necessidade. O objeto que ele convive pode denunciar seus medos e desejos... Com o Reforço certo, esse elo pode ser modificado por terceiros.  
Sussurrava uma vez mais para mim mesma, memorizando os pontos chaves dessa narrativa. Passou horas, o sol que me recebeu já virou estrelas. Observo-as por um momento e, claro, também as invejo. Elas não precisam quebrar a cabeça com as nunciais de seu semelhante: domar seus lábios pois, no fim, uma palavra errada é o que separa o caos da guerra; sangue da paz.
Fecho o livro, cetenas de páginas lidas em um dia. Levantou-me e, sob a luz do luar, eu volto para minha casa. Volto para o teatro que todos nos chamamos, carinhosamente, de sociedade. Progresso.
Fim do Treinamento


ATRIBUTO TREINADO:

PER: Através da leitura noturna de um livro que trazia noções teóricas sobre o que é Percepção e seu papel na vida Shinobi.  Foi novamente uma adaptação de um treinamento antigo, desculpe. Originalmente seria um treinamento mais prático com a presença de Kaneki.
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Mensagem por Shinju Ter Ago 31, 2021 8:29 pm

!! Atualizado !!
Tive alguns problemas esses dias, ambas as semanas foram atualizadas



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Mensagem por Ilusionista Sáb Set 04, 2021 10:28 pm

Rize POV Treinamento Individual

Estava lá, pisando na grama no campo de treinamento que conheço a tanto tempo que começo a ficar entediada, eu queria o frescor de uma novidade. Eu desejava. O sol acordará faz algumas poucas horas. Na minha vida como serva a esta hora já estava limpando os banheiros ou fazendo o café dos nobres que nem um "obrigado" sabia sair de seus lábios. Com Kaneki é diferente, eu acordo (mesmo que cedo) e ele está fazendo um delicioso café da manhã para mim. Não como servo, não como obrigação mas, por gostar de mim. Por me amar como um pai. Isso aquece meu coração porém, também me assusta. Nunca tive isso, não sei como reagir. E, como resposta, sei apenas fazer uma cara fechada típica de adolescente.
Em um momento súbito um pouco de fumaça se fez e, com ela, meu sensei idiota apareceu. Em suas vestes escuras de sempre, uma escuridão que só era quebrada em seu guarda roupa pela faixa vermelha que Medusa lhe fez, um objeto que se tornou um símbolo orgulhoso de que seu amor transcende a vida e a morte em si. Um sorriso é com o que me recebe, um sorriso que contradiz de maneira perfeita seus olhos amarelos sempre sérios de um lobo. Sempre em vigília. Sem tirar o sorriso de seu rosto, seu orgulho e gratidão por ter a mim, a maldita rebelde Rize, como sua filha e aprendiz, ele cria (em um piscar) um bastão feito de Aço Negro. Um Bo, ele o tinha em suas mãos - era feito de sua própria "carne" afinal - e com ele começava a desenhar movimentos no ar. Movimentos belos e que esmanjavam destreza porém, mais do que isso, deixavam escrito que ele se divertia com aquilo. Mover seu Bo apenas por treino, apenas por arte, nunca em busca de sangue. Nunca em busca de machucar.
-  Exibido... - Dizia revirando os olhos, com um certo tom de falta de interesse em minha voz. Queria que minhas palavras soassem como se aquilo fosse tudo menos "maneiro". Mas, a verdade por trás da minha cara fechada? Achava incrível. O Bo trocava e dançava entre seus dedos em movimentos que meus olhos mal conseguiam registrar de tamanha era sua velocidade. Imaginar ele e Medusa lutando lado a lado, com esse amor que sempre escuto falar mas termo nunca vivenciar, era algo que eu fazia sem querer. Devem ter sido incríveis juntos... Eu sei que são. Quando Kaneki terminou a demonstração, meus braços se cruzavam e uma impaciência nascia em meu peito outrora nostálgico. Havia um desejo de ação latente em mim, uma necessidade por adrenalina. Uma necessidade de tê-la para não ter que me afogar na merda que é o mundo para pessoas como eu. Os secundários... os membros da Casa Secundária. - Tanta Firula... Corta essa! Vamos para parte boa, um Bo nem para cortar serve! Aposto que te atinge com minhas flechas antes que esse Bo idiota possa sequer tocar em mim.
- Assim o faça, com flechas ou Kunais, acerte-me antes que eu chegue em você. Boa sorte, minha aprendiz. - Ele me surpreendeu, fez meus olhos se arregalaram em uma alegria fugaz mas, real. Ele quase nunca aceita batalhas em seus treinos, prefere meditação, jogos e outras besteiras de Hippie. Dei alguns pulinhos antes de retomar minha pose habitual de "tanto faz". Ele apenas sorriu, agora timidamente, ele me adorava ver assim. Vivendo normalmente, sentindo a adolescência como deveria. Seu esboço de sorriso era como o de um pai silencioso mas, eternamente zeloso. Algo novo para mim, estranho que chega a arrepiar porém, era bom também.  De repente Kaneki desapareceu e apareceu a uns bons metros de mim, em uma distância ideal para que nosso desafio começasse.
Com dedos ageis preparo meu arco e monto minha primeira flecha, fixada nele. Fixada em meu mentor. Sabia que isso não ia feri-lo, nem de longo entretanto, não é sempre que ele me deixar abraçar minha paixão assim: minha doce adrenalina. Eu atira a flecha e ela corta o vento até ele, até meu alvo. Até Ishida. Porém, ele apenas mexe seu corpo para o lado e se esquiva sem nem mesmo se esforçar. Aquilo me irrita, esquenta a minha cabeça enquanto armo mais uma flecha em meu arco. Porém, ele já não estava mais lá. Estava se movendo em passos rápidos ao meu redor, quase não o conseguia ver com meus olhos azulados de mar. Tento acertá-lo sempre que o vejo por um segundo, disparo flechas e mais flechas em uma sequencia que não parece ter fim.
No desfecho no franesi, encontro muitas árvores machucadas por meus projeteis, mas nenhum sequer chegou próximo dele. Já havia gastado metade da minha aljava nisso, o suor em meus dedos já começava a fazer as flechas teimarem em escorregar do eixo. Isso me irritava, fazia meus lábios grossos e secos pregarem. A raiva subia em mim e, com ela, a adrenalina começa a me embriagar. Ligando o "foda-se" ativo meu Byakugan e preparo mais uma flecha para o disparo. Com a visão 360, foi fácil localiza-lo e disparar uma certeira flecha em sua direção... Ou assim pensava. Teimei em pensar. Com seu bastão de Aço Negro, em um ato de pura de pura destreza, ele defendeu a flecha com ele: a deixou caída na grama em alguns centímetros de seus pés.  
Sabendo que não adiantava correr ao meu redor enquanto estivesse com esses meus olhos albinos, Kaneki parou e começou a andar lentamente até mim. Havia ainda uns bons metros entre eu e ele, aproveitei isso ao meu favor. Abracei essa chance enquanto lançava flechas cada vez mais velozes e precisas em sua direção. Ainda tinha metade da aljava mas, esse fato, passou voando por mim enquanto cada vez mais flechas cortavam o vento em busca de Ishida. Ele, meu sensei, apenas rebatia cada projetil com seu bastão sem nem se esforçar. Quase como estivesse tirando sarro de mim, como a Casa Primária de meu clã sempre fez.
Ausente de flechas, larguei meu arco ao solo. Meus dedos já estavam ralado, um pouco pintados de sangue, devido ao meu esforço. Meu ultimo pensamento, por mais que eu soubesse que era uma mentira, moveu-me com certo ódio a pegar minhas Kunais e freneticamente lançar em Kanei sem pausa. Como se estivesse descontando tudo que sentia, continuava a lançar as facas que cortavam o vento agilmente e, ainda sim, não passavam por seu Bo. No desfecho, não sobrou nenhuma Kunai e apenas inúmeros ferimentos em minha mão. Ferimentos pela força descomunal que usei nos lançamentos, ferimentos que eu mesmo criei com meu ódio.
- Nunca subestime uma arma ou seu oponente. Nas mãos certas, o objeto que parece mais inofensivo se torna algo a ser temido e mortal. - Ele dizia a bater bem de leve em minha cabeça com o Bo. Não chegou a dor nem nada, ele me alcançou no fim das contas. Ele não era como meus antigos pais, como os nobres... O fracasso não era cobrado em chicotadas por ele. Kaneki somente desfez seu bastão e se ajoelhou carinhosamente em minha frente enquanto, com respeito e zelo, olhava as feridas em minhas mãos. Seus olhos de lobo se preocupavam comigo, por mais que nem sempre quisesse que isso fosse deixado de maneira tão óbvia. - Você fez bem, Rize. Mas não se pressione demais certo? Não deixo nenhuma pessoa  machuca-la, nem se essa pessoa for você mesma, certo? Vamos cuidar dessas feridas.
Fim do Treinamento

ATRIBUTO TREINADO:
DES: Prática com arco e flecha, além de disparo de Kunais, contra Kaneki.
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Mensagem por Ilusionista Dom Set 05, 2021 3:49 pm

Maquiavel Treinamento Individual XI

Meus olhos estão vedados, sei que estou no campo de treinamento pois, diante da carne machucada, sinto a grama a tocando. A grama suave era distinto do solo que outrora eu estava acostumado. Não era frio, sem vida mas sim, quente e jovial. Me lembrava um pouco a sacerdotisa e, esse pensamento ainda que fugaz, me rouba um tímido sorriso afogada em uma saudade.
Essa minha distração custa caro, esse meu pensamento rebelde, me faz ser acertado por uma lâmina em meu braço. Fazendo um corte de raspão. O sangue escorre, escuto pingar sob esse solo por alguns instantes que logo se perdem no tempo. Preciso me concentrar como fazia quando meu pai me levava para a sala escura. Assim o faço, como uma boa máquina baixo o programa e sigo suas instruções, respirando fundo antes de me focar no ambiente que me cerca por além da escuridão. Com a percepção centrada nos sinais que chegam em meus ouvidos solitários, noto que os passos que me tem como inimigos são pesados. Pesados demais para um mero homem. Ele esmaga a grama, as flores e os galhos em seu caminho sem piedade, quase como se os arrancasse da terra a cada nova pegada que fazia.
Ouvindo seu ranger, sua pesada forte, não foi exatamente complicado saber seu próximo movimento no xadrez. Em um ato digno de um samurai ele ergue sua espada contra mim e direciona um golpe certeiro ao meu coração. Escuto ela cortar o vento enquanto vinha em minha direção e, com isso, posso bloqueá-la com minha própria lâmina. Uma Espada de Cavaleiro original, uma das muitas relíquias presentes na coleção da família Jaavas.  Minha família. Usando o ouvido como guia e me concentrando tal faz um monge, percebo suas ofensivas e as bloqueio com perfeição. Lâmina contra lâmina, o bater do metal frio, era uma das poucas músicas que eu sabia a letra de cor.
Cada um dos seus golpes são pesados demais, sinto o vento que eles fazem bater violentamente contra minha carne sempre que os defendo. Ele é pesado, sua força certamente além do que ossos humanos podem gerar mas, o que me fez perceber sua real natureza era algo mais. A medida em que eu defendia e, sempre que achava uma brecha, atacava estava parecendo que ele estava - nos poucos minutos que essa dança se dava - se adptando ao meu estilo. Sua velocidade de ataque também aumentava gradativa, além dos limites da carne ela se tornava. Era sobre humana e me fazia soar para manter o ritmo com ele. Só podia ser uma coisa, só podia ser uma máquina de fato. O robô que eu deveria ser.
Um par de minutos nisso, nessa troca de ataques e defesas de nossas duas espadas, já estava pesando em meus dedos. A fadiga fazia eles tremer, escorregar, o maior pecado para um Jaavas: fazia errar um ataque ou outro. O folego era roubado de mim de maneira muito veloz, logo eu me via apenas indo lentamente para trás e inteiramente na defensiva. Deixando-o conduzir essa dança. Porém, algo me parou. Algo áspero apoiou minhas costas. Pelo tato, pelas suas qualidades ásperas e cortantes, sabia (percebia) que havia encontrado um tronco de árvore.
Respirei fundo, notando seu passo pesado chegando até mim pelo que ouvia e sua lâmina cortando o vento pelo barulho que desenhava nesta cena. Eu a deixei vim até senti-lo próximo de meu peito e, então, percebendo meu entorno, abaixei-me. O golpe, devido a tremenda força exercida pelo robô que me enfrentava, passou por mim e travou dentro do tronco de árvore. Ficando presa por um mero segundo nela, tudo que eu precisava. Com a técnica Instante, ainda vendado, apenas cortava a cabeça de meu oponente com um único alvo antes de guardar cuidadosamente minha espada em sua bainha.
- Anote, eles precisam melhorar a I.A. deles. O nível atual é por além de medíocre.   - Falava com uma voz, ironicamente, robótica enquanto tirava calmamente a venda que outrora coloquei na frente. A primeira visão que tive tinha cabelos em um tom rosa bem longos e olhos mais verdes do que essa natureza toda que me cerca. Era Izumi em seu traje vermelho, uma variante customizada de um traje padrão de A Organização. Essa cor não é a usual e significava que ela (a única mulher aceita no grupo em toda sua história) não ia ficar calada. Que ela faria mudanças, deixaria sua marca custe o que custar. Izumi anotava algo no Tablet que dançava em suas mãos habilidosas e, certamente, letais. -Vá direto ao ponto, por gentileza. Não me escolheu pois eu era o melhor para testar seu projeto, aqui na vila tem espadachins muito melhores para isso. Se fosse os "negócios oficiais" teria mandando o Corvo Mensageiro... Não, esse treino/teste foi uma desculpa para trazer aqui algo de interesse pessoal.
- Sempre perspicaz, Maquiavel. Nossa, eu não sabia que poderia falar tantas palavras de uma vez. Deve ser um novo recorde. - Ela brincava enquanto guardava seu Tablet e soltava um pequeno riso enquanto me zoava. Ela faz isso desde que vivemos um par de anos como irmãos na minha infância, ela tinha uma língua afiada que só pode ser comparado ao potencial de seu cérebro para ciência. Eu, na época, era sério e detestava essa brincadeira de "irmãos" enquanto ela adorava rir de minha cara fechada de "robô" perante a isso. E, bem, não mudamos. Após se divertir (meio carinhosamente) a minhas custas, ela pega meus braços e os observa para além de minhas mangás de clérigo. Isso me deixava desconfortável, com receio até, nunca gostei de toques. Era inverso a eles, a qualquer tipo... Há a não ser quando os dedos que dançam por minha carne eras os de Asami ou de minha falecida mãe. - Soube que o Corvo Mensageiro veio para ti ver, "testa-lo"... Isso significa tortura na maioria dos casos. Queria saber se ainda estaria chorando por isso no cantinho.  
Ela novamente, como uma figura de irmã, me zoava. Zombava de mim. Porém, para além dessa insolência típica que ela tinha comigo, podia perceber pelo seu olhar aflito que a preocupação era real.  A "arte milenar" que ele usou contra mim dos Mil cortes ainda havia deixado alguns cortes bem profundos em meus antebraços. Ao notar isso, ela largou minhas mãos ao ventos por alguns instantes enquanto procurava metodicamente algo em sua mochila. Parecia ser um spray mas, quando ela fez a menção de coloca-lo em minhas feridas, recuei. Não sabia o que era, seria tolo aceitar... Não, tinha algo mais nisso, nesse meu ato, e ela astuta sabia.      
- Você não confia em ninguém, segue bem o molde né? É um spray de espuma que acelera a regeneração. Relaxa, não sou capaz de matar o grande príncipe que vai herdar o trono e se casar com a sacerdotisa... Tenho melhores coisas para fazer. - Relutante, mas ouvindo a razão, cedi e deixei ela passar o material em minhas feridas que em alguns instantes estava desaparecidas. Ela fazia isso com zelo, como se realmente fosse uma irmã cuidando de seu irmão. Aquilo, o poder da ciência, era assustador ainda que eu mantivesse minha fachada de indiferente, aquilo fez meu sangue ferver com um pouco de temor. Após cuidar de mim, de maneira metódica e direta, ela guarda seu Spray e pede licença para recuperar a cabeça do robô para analises futuras. Enquanto ela colhia o que sobrava dela na grama, seus lábios soltavam palavras que deveriam ser insolentes mas, no fundo, navegam apenas em tristeza e arrependimento. - - Trate de seu mais rápido, você não teve a sorte de ser abençoado com um super corpo como o meu.... Você pode sentir esses golpes indo fundo. A dor.
Após recolher tudo ela vai indo para a floresta, pronta para se perder entre as árvores e os animais. Porém, antes, sua face muda para algo mais frio que eu próprio e dispara palavras de alerta para mim:
- Vim aqui para ver se tinha dado com os dentes sobre meu objetivo... Se falar alguma coisa, eu mesma torno sua amada sacerdotisa em meu próximo experimento... Vou começar pelos olhos, dizem que é a janela da alma né?  

Fim do Treinamento

ATRIBUTO TREINADO:
PER: Lutando a cegas, aperfeiçoando o sentindo da Audição e, em alguns momentos de sua luta, tato.
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Mensagem por Ilusionista Dom Set 05, 2021 8:00 pm

Asami Treinamento Individual XIII

Estava um pouco cansada, irritada pela demora da academia em me colocar um time. Quem sabe, meu histórico em minha terra natal esteja pisando na consciência deles. Não posso os culpar, a única coisa que ainda mantém uma inocência em meu sorriso na frente das câmeras. Havia chegado no meio da floresta nessa altura do campeonato, a mesma que já me conhece: a mesma que, em suas profundezas, possui minha marca e destruição próxima do rio.
Curiosamente, é onde decidir sentar hoje: em sua beirada, apenas assistindo as ondas indo e voltando em uma paz que somente a natureza tem o luxo de possuir. Em minhas mãos brancas como neve seguram um livro grosso, filho da biblioteca central daqui. Aluguei-o por sete dias mas, modéstia a parte, só os tolos demorariam tanto.
Um breve esboço de sorriso domina meus lábios finos enquanto eu tirava o marcador de página do lugar, colocando-o soube a guarda da grama ao lado. Estava em seu inicio, o livro se chamava Carisma no Mundo Shinobi. A medida que passava suas páginas, as lia com esmero, percebia-as um pouco ásperas e amareladas, como se o próprio tempo esqueceu-se na beira da estante.
- Em uma operação é importante ter um membro que é capaz de ser sociável e com o poder de tirar informações de maneira sutil de seus alvos. Influencia-los. Para isso, esses membros precisam dominar a arte do Carisma. A palavra Carisma significa "dom dado por Deus" e devido a isso geralmente é associado como algo natural.  - Sussurrava para meus ouvidos pálidos, era um nota mental do que achei mais importante. - Carisma é, entretanto, um atributo que pode ser treinado e aperfeiçoado. Carisma, em termos práticos, é a capacidade de encantar (ou persuadir) pessoas para que eles possam fazer aquilo que a pessoa carismática deseja sem parecer uma imposição mas sim, como se fosse algo vindo diretamente dos interesses deles.
Aquilo me interessava, atiçava as trevas que se escondiam nas entranhas profundas de meu coração. Lembrava a mim o tempo que o teatro foi o conhecimento que salvou minha vida enquanto passava de cidade em cidade. Sempre fugindo deles, fugindo dos Arautos do Demônio. Recordava-me, ao passo de que minutos se transformaram em horas, minha infância ladina: quando, no escuro onde as câmeras não me possuíam, eu lia sobre uma arte de outrora. A arte de ser uma ninja. Céus, naquela época, meu maior receio era ser pega com a mão na massa por minha mãe... Ouvir seu sermão de que isso não colocava comida na mesa no fim do dia.
Eram tempos mais simples. Continuava lendo, explorando os mínimos caminhos desta obra.
-  Ter controle de sua linguagem corporal é uma forma de controlar sua capacidade de ser carismático - entender como cada gesto minímo envia uma determinada mensagem ao inconsciente da pessoa que pode ser boa ou ruim é um caminho para aumentar essa capacidade.   - Suspiro, as horas de leitura pesavam em meus olhos violeta. Não sou mais a mesma de seis anos atrás, meus sonhos foram em outra direção quando o conheci. - Contemplar o elo entre o objeto e o Homem é uma necessidade. O objeto que ele convive pode denunciar seus medos e desejos... Com o Reforço certo, esse elo pode ser modificado por terceiros.  
Sussurrava uma vez mais para mim mesma, memorizando os pontos chaves dessa narrativa. Passou horas, o sol que me recebeu já virou estrelas. Observo-as por um momento e, claro, também as invejo. Elas não precisam quebrar a cabeça com as nunciais de seu semelhante: domar seus lábios pois, no fim, uma palavra errada é o que separa o caos da guerra; sangue da paz.
Fecho o livro, centenas de páginas lidas em um dia. Levantou-me e, sob a luz do luar, eu volto para minha casa. Volto para o teatro que todos nos chamamos, carinhosamente, de sociedade. Progresso.
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ATRIBUTO TREINADO:
CARISMA: Através de uma leitura sobre a teoria sobre o que é o carisma, como aperfeiçoa-lo e sua importância no mundo Shinobi. Foi novamente uma adaptação de um treinamento antigo, desculpe. Originalmente seria um treinamento mais ainda teórico sobre a área, porém, teria mais uma dinâmica de aula/conversa sobre isso com Kaneki.
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Mensagem por Shinju Qui Set 09, 2021 8:55 pm

!! Atualizado !!



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Mensagem por Ilusionista Sáb Set 11, 2021 8:52 pm

Maquiavel Treinamento Individual

Ao nascer do sol eu já estava lá, nesse campo de treinamento tão distinto - tão vivo - se comparado ao meu lugar anterior. A Sala de treinamento de Kiri, era fria como um cadáver. Aqui, é o oposto. É estranho, é quente como o toque da sacerdotisa em minha pele. Tê-la em meus pensamentos faz ecoar o que era proibido de eu possuir, faz ecoar um sentimento. Saudade, amor... Tudo que não cabe a um ninja, tudo que o leva ao erro. Era isso que tanto aprendi e, no fim dessa odisseia, era isso que eu fiz. Afoguei eles no maior abismo que existia em minha alma e, calmamente, montei um tabuleiro em meio a grama que me cercava, Montei o xadrez, o jogo, que me afastaria desses "pensamentos proibidos" por horas a fio.
Sentei ao lado desse tabuleiro de uma forma que pudesse visualizar os dois "times" de peças igualmente. Como os grandes mestres desse jogo, me esforcei para visualizar em minha mente todas as jogadas, todos os cenários, que poderiam acontecer para cada um desses "times". Não demorou muito para eu colocar meu cérebro para funcionar e, ao meio do silêncio e solidão dessa manhã, minha mente conseguia enxergar que eram cercas de 1300 aberturas possíveis para cada um dos lados. Mais de 1000 movimentos, estratégias, cabiam e este jogo mal começou. Minha mente entrou em confusão por um momento, afundou-se em um dor silenciosa, quando o número de cenários que nasciam em seu campo eram demais... Eram o que me afundavam em uma intensa tempestade de dados.
Por um instante pensei em parar, em recuar diante das possibilidades... Aceitar que não importava o quanto eu treinasse, eu nunca seria capaz de atingir o raciocínio perfeito de uma máquina. Entretanto, quando essa possibilidade ousou a tocar minha consciência, senti a sombra pesada de meu pai voando em meus ombros. Sussurrando que isso não era permitido, que eu não tinha essa liberdade. Nenhuma liberdade de fato. Isso me moveu, ainda que por medo e quase como se estivesse em programação, para continuar. Respirei fundo, quase como se estivesse meditando, e aos poucos voltei a minha concentração. Quando ela veio, domando a tempestade que outrora se fez em minha mente, as aberturas de xadrez - a capacidade de visualizar os próximos movimentos deste tabuleiro - se tornou claro para mim.
Os minutos se passavam, e as peças dos dois lados eu começava a mover delicadamente com meus dedos pálidos. Estava lutando contra mim mesmo, antecipando meus próprios movimentos e estratégias como meio de aguçar mais minha capacidade de raciocínio. Era um exercício difícil, que me fizera suar internamente enquanto tentava "passar a perna" em mim mesmo e reconhecer as fraquezas em minhas próprias táticas de jogo. Os minutos se tornavam horas facilmente, e diversos cenários de tabuleiro corriam em minha mente enquanto dezenas (talvez centenas) de partidas começavam e terminam em horas a fio.
A tarde abriu-se e eu continuava a jogar contra mim mesmo, vendo várias estratégias sendo montadas em minha cabeça e outras diversas existindo no próprio tabuleiro. O sol me tirava a força, me fazia suar de fato como um porco e meus dedos, já cansados de mover peças quase sem parar - quase como uma máquina de carne e osso -  as peças desse jogo de xadrez. Percebendo que não posso lutar contra fadiga, que meu próprio Raciocínio já estava se encontrando esgotado, comecei a guardar as peças e desmontar meu pequeno tabuleiro de xadrez.
- Já se passou o tempo que jogávamos por isso, não é mãe? - Sussurrava para meus ouvidos solitários enquanto me levantava e colocava meu "jogo de xadrez móvel" calmamente enquanto me preparava para ir almoçar e então, recomeçar esse treino mental novamente.  

ATRIBUTO TREINADO:
RAC: Através de jogar Xadrez consigo mesmo - esse treino foi inspirado nos grandes mestres de xadrez que costumam jogar sozinhos para poder reconhecer suas próprias fraquezas em suas jogadas e capacidade de "prever" movimentos.  É minha primeira tentativa de treino neste estilo, agradeço se levar isso em consideração. É um treino experimental. Sugestões são bem vindas!
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Mensagem por Ilusionista Sáb Set 11, 2021 9:15 pm

Asami Treinamento Individual

Asami POV
Estava um pouco cansada, a reclusa dos superiores há me colocar em um time acabava por me tirar um pouco do sério, ainda que isso não escapa das amarras de minha face sorridente. A floresta estava cheia de vida, coelhos e pássaros me rodeavam como de costume. Eles tinham algo que eu invejo desde que me entendo como um gente, um espirito livre das correntes do destino. No fim do dia, toda a minha vida parecia se resumir a essa breve - porém sonora - palavra.
É bom um pouco desta paz, quando fui pegar o livro de hoje para estudo - Carisma: Uma Arte da Politica .O livro, alugado da biblioteca e que agora repousava em minhas mãos cuidadas com esmero, era grosso e guardava para si uma aparência longe de ser agradável: o cheiro de mofo era agressivo, fazendo meus pequenos espirros uma sifônia frequente.
A capa, não querendo ficar muito para trás, parecia devorada para algum animal de tão rasgada e sem cor que estava: era quase impossível saber o nome da obra em uma primeira visita. Com um pouco de esperança, folheio as primeiras páginas com a delicadeza de uma princesa rebelde. Porém, o conto de fadas logo termina pois, a tinta destas folhas se perderam em meio aos séculos.
Ler isso seria algo penoso, mas, entre a teimosia estupida e a coragem, me recusava a ceder. Passei as primeiras horas tentando decifrar as poucas palavras legíveis, quase como se fosse um quebra cabeça de milhões de peças. Letra por letra, folha por folha, eu desenhava as frases perdidas em minha cabeça.
- O Carisma não nasce na fala sem limites, mas de uma bom escuta. Escute seu alvo, escute a pessoa, e ela o verá como confiável mais facilmente - mais naturalmente. O carisma apenas pode se desenvolver em um terreno onde há confiança. .
Sussurrava para mim mesma em um suspiro de cansaço, aquele foi meu sucesso em meio a este enigma arcaico. Mais horas se passaram, o dia se tornou tarde em um piscar de olhos. Passando de dezenas para  centenas de páginas, tentando decifrar - com as poucas palavras que restam - o significado de cada frase.
- O carisma pode ser algo natural, um dom mas, também pode ser desenvolvido. Se deseja ser visto como uma pessoa carismática, Ajude a pessoa antes de pedir algo. Mostre disposição, mostre amizade e ela o verá como um aliado. Lembre-se, o carisma não é apenas uma questão de ser - é, sobretudo, o parecer ser.
Eu concordava com isso mas, a dor de cabeça de tentar decifrar os fragmentos batia em meus ouvidos como se fossem diversos papéis explosivos acionados diante de meus portais. Eu apenas arrastava-me para a próxima página, torcendo para aquela ser a derradeira. Porém, sejamos sinceros, a sorte não gosta de sorrir para mim: o Sino preso em minha orelha era a prova viva disso.
A tormenta morava em minha cabeça e a leitura, antes veloz, parecia algo mais penoso que treinar combate físico. As palavras pareciam me sufocar, deixar-me tonta. Isso me faz ser uma estranha para mim mesma entretanto, ainda sim, continuava a ler movida por um teimosia que não cabia nem em meus próprios lábios. Perdida entre frases - letras - incompletas, mal percebi que o sol deu lugar as estrelas no céu.
- Mesmo aquele que tem o carisma em sua natureza e o treina devidamente, pode colocar tudo a perder escolher - falando - a palavra que não devia. Uma vez perdido a postura de confiança (e carisma) com uma pessoa, é difícil reconquista-lo. Então, se quer ser carismático, manter seus aliados e criar novos, deve escolher suas palavras com astúcia.  
Fechei o livro após decifrar a ultima frase, de maneira bruta e anormal. Colocando-o no colo, percebo seu peso em minhas pernas. Porém, no mar da fadiga, essa ondulação não faria diferença e acabei por cair em um sono profundo.
Fim do Treinamento
 

ATRIBUTO TREINADO:

- CARISMA: Através de duas maneiras: leitura de uma obra sobre os fundamentos teóricos do ato de ser carismático, do carisma em si. Foi uma adaptação de um treinamento antigo, desculpe. Além da leitura - e talvez dialogo - não me veem muito a mente como treinar esse atributo. Sugestões são sempre bem vindas.
Ilusionista
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